Tiago está sentado em frente ao computador há duas horas agora. Não faz nada a não ser atualizar o Facebook e dar uma olhada rápida no Twitter. Ele sabe que devia estar fazendo alguma coisa de útil agora, mas não consegue, simplesmente porque está entediado demais para se concentrar em algo que seja útil. continue lendo »
Não havia dor, esforço ou nada assim. Só toda adrenalina do seu corpo sendo despejada nas pernas. O verdadeiro instinto de sobrevivência que só queria colocar distância entre Nando e o desconhecido que, doze segundos atrás, havia levantado a camiseta com estampa do Seu Madruga e mostrado algo metálico, preto e sujo na cintura. Nando não se achava um sujeito dado a medos. Até tinha ajudado num parto de emergência, quando tinha apenas 14 anos. Foi num acampamento. Enquanto todos seus amigos desejavam constantemente entrar entre as pernas de alguma mulher, ele viu algo sair. continue lendo »
– Então… Agora há pouco eu estava andando, vindo aqui pra sua casa, quando alguém se aproximou de mim. Um sujeito estranho. Sobretudo preto, cabelo bem penteado, me cumprimentou tirando o chapéu, carregando uma coisa que parecia uma câmera. Parecia, sei lá, um fotógrafo dos anos 50. Ele parou perto de mim ali na rua, ali na esquina, é. Perto da padaria. Lembrando agora, eu não o achei suspeito sabe. Só era esquisito. Tinha uma coisa nos olhos, que não dava pra ver muito bem. O chapéu e a luz do poste não ajudavam. Tinha gente na padaria, não achei também que fosse nenhum perigo.
A mulher parou, olhando pro rosto do namorado enquanto ele narrava os tais fatos. Não se aliviou, e a história estranha pedia questões: -Assim, na chuva? continue lendo »
Tenho certeza absoluta que todos vocês conhecem ao menos uma obra de Charles Dickens, mas está na hora de vocês conhecerem um pouco mais sobre o autor… Aliás, é uma vergonha vocês não conhecerem o cara.
Sabe aquelas estórias (Ou seriam “histórias”?) que velhos estranham nos contam no crepitar da lareira, à meia-noite? Pois é, H.P. Lovecraft não chegou nos seus 90 anos (Aparentando uns 318…), mas definitivamente farão vocês inúteis terem pesadelos e se borrarem enquanto dormem.
Smith tá de volta, criançada, com um inspirado conto de esperança e boaventura pra esse ano novo que se inicia.
Seu primeiro emprego: entregador de pizza. Estava com dezesseis anos, dirigindo uma Honda CG Fan 125 cortando pelas ruelas do morro da tijuca do Rio de Janeiro levando as pizzas que custavam R$ 9,99. A polícia municipal tinha mais com o que se preocupar do que parar moleques de dezesseis anos que dirigem motos roubadas fazendo bicos para tentar ajudar os pais em casa. Por uma nota de dez reais, vários dos moradores da favela do Borel garantiam o jantar de sua família pedindo uma pizza grande.
Dessa vez, temos revelações profundas e bombásticas [E não, eu não sou o Nelson Rubens].
Vamos começar com um pequeno exercício de lógica.
Se você perder uma perna em, digamos, um acidente de carro, você substitui ela por uma prótese, claro, ainda quer andar por aí fazendo coisas aleatórias que todo mundo faz. Você pode pensar pelo lado estético, e achar que fica feio, mas pelo menos é útil. Pelo lado bom, mosquitos não vão mais te incomodar, pelo menos não nessa perna. Em nenhum momento você vai achar que deixou de ser uma pessoa. Não por perder uma perna.
Um dia como qualquer outro, trabalho, faculdade, uma dose de café e um cigarro. Inevitavelmente, a maioria de nossos dias passam em conjunto. Você não se lembra de dias em separado, mas aos pares, nada diferente acontece. Mesmo que tenham algumas mudanças no roteiro de última hora, nada que comprometa o final irritante. Nada que faça você conseguir diferenciar a ontem de hoje.
E, mais uma vez, o Smith viajando. Dessa vez não nas dorgas, aparentemente.
Quer ler o resto? Cê já deve saber o caminho, não?
Caminhando por aí, no meio da multidão, comecei a olhar ao redor. No começo, os rostos eram muito confusos, não conseguia perceber muito bem o quê era o quê, e me sentia diferente, único. Acelera o tempo, as pessoas passam mais rápido, e eu fico só observando.
E eu não sei mais o que escrever nessa porra, então vão lá ler o resto, porra.