Escravo terceirizado #6
So, do you really think that this is life? To be born, study your whole life thinking about a promissed future, with the promissed happiness that you know that you’ll never get?
So, do you really think that this is life? To be born, study your whole life thinking about a promissed future, with the promissed happiness that you know that you’ll never get?
“Mas que merda de futuro sem-graça vão nos deixar”, foi o que eu disse outro dia. Aquela gente do século passado, eles é que sabiam viver. Meu pai, que viu boa parte do século vinte e agora está vendo o vinte e um é que me conta: Carros, discos, máquinas. Tudo politicamente incorreto hoje, isso que eu gosto. Eu cheguei atrasado e nasci no final de tudo isso aí. Não dá pra fazer nada quanto à isso. Enfim. continue lendo »
olhava no espelho.
via o que via, e percebia
o quê, não sabia.
E, mais uma vez, temos um texto babaca do Smith sendo recomendado aqui. No blog dele, que agora chama Literatura Monocromática, e trava meu Firefox.
Por que, agora, ele faz poesia. Que meigo.
Quer ver o resto? Pega, Rex!
Meu corpo age fisiologicamente como se nada estivesse acontecendo, reação precedendo a ação. Carne e espírito desvinculados, vivendo o mesmo momento. Estou desidratado, cansado e com insônia. Meus pensamentos impedem o sono, e contrariam minha vontade de dormir. Minha mente está doente, com uma dor de cabeça que não se manifesta no corpo, só na idéia. A dor é uma lembrança constante de estar vivo, me dá preguiça. Um turbilhão de idéias fica indo e vindo rápido demais para que eu consiga entendê-los, devagar o suficiente pra me incomodar.
Parece até a seleção do Dunga, hein? Quer ler o resto? Cricae.
Não sei se vocês notaram, mas essa terça está totalmente literária aqui no Bacon. E eu continuo tentando ampliar a cultura de vocês. Sem trocadilhos, por favor.
A luz azulada da tevê refletia na parede da sala do micro-cômodo onde vivia. Os canais conseguiam ser separadamente, tão desinteressantes quanto o todo. O cigarro que pendia em sua mão apagou no filtro, não se daria nem o trabalho de jogá-lo no cinzeiro. Sirenes soavam ao longe mostrando que pelo menos alguém estava se divertindo essa noite.
Alguém tá se divertindo essa noite, e não é no Bacon. Ou seja, vá ler o resto.
Pois bem, mesmo sabendo que 99% de vocês não viu esse post aqui, eu vou continuar a avisar vocês quando o autor-antes-conhecido-como-Smith atualizar a bagaça dele.
O esquema é simples: Eu pego o primeiro parágrafo [Ou parte dele, puta que pariu, ô nego pra fazer paragrafo grande!], colo aqui pra vocês, e se vocês gostarem, vão lá e leiam.
Acordou segundos antes de o despertador tocar, a rotina o acostumara mal, manter o despertador funcionando era quase uma formalidade. Levantou-se com a má vontade habitual de segunda-feira, apesar de o calendário acusar uma sexta, o peso das cervejas da noite anterior latejava em suas têmporas.
Gostou? Se vira pra ler o resto.
Já passavam das cinco, chovia. Dessa vez não esquecera o guarda-chuva, mas não quisera abri-lo. O trem nunca demorara tanto, era o que pensava todo dia no mesmo horário. A estação estava vazia, a não ser por um casal de passageiros sem rosto que pareciam não se preocupar com o frio e o atraso habitual. Um ruído metálico nos trilhos anunciou finalmente a chegada da viagem de volta para casa, neste momento dava para sentir o ar eletrizar-se, ou assim pensara.
Leu o textículo ae? Reconheceu o estilo? Claro que não. Ou pelo menos não deveria. Alguém ae lembra do Smith, que escrevia pro AOE? Então, o puto se recusa a ingressar no Bacon, sabe-se lá porque cargas d’água, e fez um blog. Mas como eu sou parceiro, conforme ele publicar textos [E me avisar, já que eu não vou ler mesmo], eu vou indicar procês aqui, beleza? Beleza.
São pequenos contos, vai lá e confere. Por enquanto, só tem dois: O último que ele botou no AOE e esse que eu copiei o trecho, inédito. Clica no link e se vira com o resto, mermão.
Infelizmente não é um texto turístico sobre Assis, essa pequena cidade italiana. E também não é sobre o Chiquinho. O Assis a que me refiro é o Machado. Queria fazer um trocadilho infame agora, mas perdi essa aula na faculdade.
E deixemos de enrolação. continue lendo »
Perdi o último trem da noite. Desci correndo as escadas da estação e ele já acelerava e guinchava pelos trilhos de ferro.
De repente senti Medo. As luzes frias piscavam, a estação tremia com o movimento do trem se afastando.
Por algum motivo eu não gritei. Sentia vontade de passar por aquela pequena porta eletrônica, com metade da minha altura, que dava acesso aos trilhos. Biquei a trava e engatinhei pela passagem, entrando num pequeno corredor de concreto, medindo uns dois metros de altura e vinte de comprimento. No final, podia ver uma porta de madeira gasta, uma placa de aço na porta, como a indicação de algum gabinete.
Me aproximei. “Fevereiro”. Girei a maçaneta antiga de trinco e entrei.
Um amplo corredor, as mesmas luzes frias, em menor quantidade, piscavam, impedindo que eu visse o comprimento do lugar. Nas paredes laterais, altas prateleiras, com uma infinidade de pequenas caixas estreitas, coloridas. Conseguia ouvir pequenos guinchos de ferro ecoando.
Andei, imaginando haver alguma passagem no final do corredor.
Ao fim das prateleiras, encontrei uma bifurcação.
Sempre estive vivendo no Agora. Numa era de velocidade crescente, a única presença do futuro é a Aposentadoria Privada & a Pressão Familiar para um casamento. Claro que minha família é antiquada. Conheço casos em que só há aposentadoria. A velocidade dos trens, das motos e das pessoas pelas passarelas suspensas era a Velocidade de meus batimentos cardíacos, do ar entrando pelo meu corpo, o próprio ritmo de minhas células morrendo e se separando em mitoses infinitas.
Ao fim de cada bifurcação, o início de um novo corredor de prateleiras. À esquerda e à direita, o fim de outras prateleiras, indicando outras bifurcações. Algumas escadas que levavam a níveis superiores exatamente iguais aos anteriores, com luzes frias piscando e pulsando ao ritmo distante dos guinchos de ferro. Tinha um cheiro de Passado, onde eu não sentia o ritmo frenético do ar e a passagem rápida do Tempo.
Afirmam que a culpa é dos Celulares, Rádios, Televisões e Internet. Algo a ver com uma ressonância permanente na Terra, que aumenta vertiginosamente de acordo com a Interferência. Num labirinto catalogado, onde embrulhos nunca iguais desfilavam pelos meus olhos, todas as ressonâncias Congelavam, todas as mitoses Congelavam, todos os cheiros e cores e respirações Congelavam. Encontrei a Paz.