Primeiro volume da trilogia Millenius, de Stieg Larsson, um autor que eu ja falei a algumas semanas atrás, nessa coluna. Mas digo uma coisa. Ignore o que diz a orelha do livro, ignore as críticas citadas na contracapa, ignore ainda o nome dos capitulos, ignore, se preferir, até o que irei escrever aqui, pois o livro é bem mais do que parece ser. continue lendo »
Ano passado, rolou pela internet a lenda de um artista porto-riquenho (A saber, Guillermo Habacuc Vargas) que, como obra de arte, havia exposto um cachorro vivo, amarrado a uma corda, no meio de uma bienal.
Escrito com comida de cachorro, colada na parede atrás do animal, aparecia a frase “Você é o que você lê” e o cão, teria, teoricamente, ficado preso até morrer de fome.
Ignorando a crítica à crueldade do autor (Blá blá blá, direitos dos animais etc), a idéia de se ter a morte exibida para milhares de espectadores é algo deveras tentador, especialmente num ambiente “limpo”, “elevado” e “enriquecedor”, como uma bienal de arte.
Além disso, o artista afirma que, apesar dos inúmeros protestos virtuais, nenhum dos visitantes do evento fez Qualquer esforço para alimentar ou soltar o animal. continue lendo »
Numa época em que o modismo vampírico está tão em alta na literatura, certas obras, mesmo não sendo tão boas por si só, acabam tendo uma grande importância no mercado literato como um todo.
Acho que a valorização dos chupadores de sangue nunca foi tão alta como agora, mesmo na época em que Entrevista com Vampiro e Rainha dos Condenados (além do resto da família Anne Rice) era hype. continue lendo »
Um clássico pouco conhecido.
Mikhail Bulgakov, um escritor russo que presenciou a revolução e o regime Stalinista, tornou-se um dos maiores nomes da literatura européia do século XX justamente por seu maior e mais trabalhoso romance: O Mestre e Margarita.
Enquanto vemos proliferar por aí trilogias, quadrilogias e sextologias de romances históricos, mostrando de forma heróica a Roma Antiga, Gengis Khan e outras figuras e lugares de forma completamente infantilizada, ainda encontramos pérolas da literatura que ousam pela inventividade e inventam através da ousadia.
A Pirâmide é justamente um desses livros. Um romance que nada tem de histórico, mas possui toda a força de uma boa crítica política, eternamente atual.
Ismail Kadaré, para quem não sabe, é um escritor albanês conhecido pelo livro Abril Despedaçado (que teve, inclusive, adaptação para o cinema). A maioria de seus romances se passa na Albânia, seja na idade média, seja no século XX, quando o país passava por um arrasador regime comunista.
Com exceção dA Pirâmide….aparentemente. continue lendo »
Um clássico.
Um hipotético bombardeio nuclear atinge a Inglaterra e um grupo de crianças de vários colégios é metido num avião, enviado para longe.
O avião é atingido no fogo cruzado, e cai em uma ilha deserta do pacífico, com a morte do piloto e dos professores.
A partir daí, começa a luta de simples garotos (entre 12 e 6 anos) para se estruturar em uma sociedade minimamente racional e sobreviver até o resgate. continue lendo »
Imagino que todos os que frequentam (agora sem trema) este site já tenham jogado D&D na vida ou, pelo menos, tenham jogado algum RPG de computador. Para quem teve esta magnífica experiência de transportar-se como um besta para uma realidade paralela, deve saber como os anões tem fama de serem ávidos por ouro. Entretanto, ficar cavando em busca desse metal precioso é cansativo e chato, pois o ouro que se extrai das minas não oferece nada mais do que status. Já o ouro que jazia nas profundezas do Reno oferecia poder inigualável àquele que o possuísse.
Esse foi um livro que eu me arrependi de ter comprado cinco minutos depois de ter entregue a grana pra tia da banquinha, na Feira do Livro em 2007. Achei que “repugnante” seria o mínimo xingamento por um livro semi-romanceado baseado na história da França, na época de 1314 a 1328, onde tudo era uma porquice extrema. Mas tudo bem, já tinha pagado e o único remédio era ler. continue lendo »
John Rain, personagem do Autor Barry Eisler volta para mais uma nova aventura. Escrever isso aqui, para mim é estranho, porque eu não conhecia o autor nem o personagem, mas desde já virei fã. Não espere uma critica imparcial aqui, ok?
John rain é um assassino profissional. Cuidadoso, atento, mortal. Seus métodos de matar são efetivos e sua maneira de agir é o que manteve ele vivo até hoje. Mas tudo isso pode acabar, quando a informação de que Midori, uma mulher que ele havia conhecido alguns anos antes, tem um filho dele.
Indeciso entre deixar tudo para trás e se dedicar a seu filho, ele resolve fechar todas as portas que poderiam impedir seu fim de carreira.
Mas como nada é perfeito, na cola de Midori está um político, chefe de alguma daquelas facções japonesas que nunca lembro o nome, que está com ela sob observação, só esperando ele se aproximar…
E acredite, ele se aproxima.
Isso é um bom resumo do livro, mas isso não diz metade do que acontece nele. Como deixar de falar de Dox e seu humor um pouco deslocado para um atirador de elite? E Delilah com suas habilidades tão boas ou superiores a de John Rain?
Eu, como um aficcionado por objetos cortantes como facas e espadas, descobri umas boas coisas sobre esses objetos tão interessantes. Além de ter especificações de modelos das armas, o livro é bem dedicado a explicar um pouco de técnicas com elas, locais para esconder, enfim, tudo que pode servir algum dia se você pretende esconder uma faca ou alguma outra coisa.
O personagem é protagonista de outros livros, dos quais agora me dedicarei a ir atrás para ter mais informações e para quem sabe, ser que nem ele quando crescer…
Mentira, nem quero ser.
O último Assassino
The Last Assassin Ano de Edição: Estados Unidos: 2006/ Brasil: 2008 Autor: Barry Eisler Número de Páginas: 292 Editora:Rocco
Livros que contam histórias de mortos e fantasmas existem por aí aos montes, mas entre todos esses, é difícil achar um que presta. Esse aqui que irei falar um pouco agora é um pouco diferente, pois a história que ele conta é narrada por um fantasma.
Tudo começa com uma morte, a morte de Bibi Chen, uma especialista em antigüidades, poucos dias antes de partir em uma viagem para um lugar chamado Birmânia. Mas apesar de ela estar morta, isso não significa que ela não irá nessa viagem junto de seus amigos. A história toda é contada pelos olhos de Bibi Chen, que com uma visão irônica e bem-humorada dos fatos descreve seus amigos, partes da viagem, seus planejamentos e de como eles são estragados durante o trajeto, conta um pouco de seu passado e as interações de cada um de seus amigos entre eles, que apesar de se conhecerem a algum tempo, nessa viagem mostram um traço de suas personalidades que nunca tinha tomado a atenção dela quando estava viva. Com alguns… poderes que só fantasmas ou seres desencarnados possuem, ela revela muito mais do que os próprios amigos sabem de si mesmos, uma beleza.
O livro é meio longo (444 páginas) mas a leitura é leve, flui de maneira suave e com facilidade. Apesar de ter algumas palavras difíceis de entender, como a parte das rezas dos Zertosiôs, não oferece dificuldades, nada que um pouco de costume não facilite a leitura ainda mais.
Pra terminar, só um aviso: Apesar de ser um livro longo, os fatos e descrições que ele tem se assemelham muito a livros de turismo ou históricos, dando muita ênfase a descrições de paisagens e ambientas. Se você não é chegado a isso, pode ser que o livro não seja lá tão legal para você.
as Redes da Ilusão
Saving Fish From Drowning Ano de Edição: Estados Unidos: 2005 / Brasil: 2008 Autor: Amy Tan Número de Páginas: 444 Editora:Editora Rocco