Aron Ralston gosta de passar seu tempo livre nas montanhas do Utah, escalando-as, mergulhando nos pequenos lagos e se sentindo livre, podendo fazer tudo o que quer, chamando o lugar de sua segunda casa. Para se sentir mais livre ainda, Aron costuma evitar que seus amigos e familiares saibam onde ele passa esses finais de semana. Em mais um final de semana nas rochosas montanhas do Utah, Aron acaba ficando preso numa fenda, com uma enorme e pesada rocha prendendo seu braço contra a parede. Ele não pode ser resgatado, já que está numa região completamente isolada e não avisou ninguém onde iria. E ele passará lá as 127 Horas do título do filme, que é baseado em uma história real.
Se você não conhece a história de Aron Rolston, fuja de todas as sinopses e até dos trailers. Sério. É até desastrado grande parte da imprensa e da divulgação do filme já contar inclusive o final e o clímax do longa. Pode-se defendê-los apenas pelo fato ter ocorrido há pouco tempo, em 2003, e muitos podem conhecer ou se lembrar de tal história, mas grande parte do público não conhece a história de Aron Rolston, portanto esse erro poderia ter sido facilmente evitado. continue lendo »
Em O Discurso do Rei um jovem rei relutante assume o trono depois que seu irmão, Edward, abdica. Considerado incapaz de governar por conta de uma gagueira nervosa, o monarca despreparado precisa reencontrar sua voz com a ajuda do “terapeuta da fala” Lionel Logue e levar o país ao combate contra os alemães na Segunda Guerra Mundial.
Quando eu assisti pela primeira vez o trailer de O Discurso do Rei, uma certeza me veio a mente: É um típico “Oscar bait” (Filme feito com intenção de conseguir diversas indicações em premiações, principalmente o Oscar). É um filme de época, com a 2ª Guerra Mundial de fundo, regido pelo sotaque britânico, sobre a realeza, sobre superação, com um protagonista “falso-frágil” carismático, interpretado por um ator que já merece o prêmio há algum tempo, com um personagem coadjuvante “mentor-excêntrico” vivido por um ator consagrado e uma personagem coadjuvante no melhor estilo “mulher forte que suporta o marido” (Assim como é Amy Adams, também indicada, em O Vencedor) na pele de uma atriz que também já cobra seu prêmio. Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter, reespectivamente.
Assistam o trailer e tirem suas próprias conclusões.
O Oscar está chegando e com toda a pouca animação que o cerca, vamos dizer que você tomou uma decisão: Vou colocar alguns carecas dourados na minha prateleira. Ótimo. Agora só falta planejar. É claro que se você quiser um prêmio de áudio, visual ou relativo a edição, a escolha parece simples: Avatar Um filme de ficção científica com muitas cenas de ação. Mas você não quer isso. Você quer a nata, o prêmio de Melhor Filme. Então… Qual gênero escolher? continue lendo »
O Vencedor acompanha Mickey Ward, uma eterna promessa do boxe que nunca vinga. É treinado pelo problemático meio-irmão Dicky Ecklund, ex-boxeador, mas que acabou com a carreira por causa do vício em crack. E é agenciado pela mãe, que não possui estrutura nenhuma para tal atividade – nem estrutura emocional. Os dois acabam, mesmo que não intencionalmente, atrapalhando a carreira de Mickey, que começa a ser aconselhado por sua namorada, Charlene, a largar os dois e encarar a carreira de maneira mais profissional, para, enfim, deixar de ser uma promessa e se tornar uma realidade no mundo do boxe. Baseado em uma história real.
O filme do diretor David O. Russel (Aquele que fez Três Reis) foi moldado para o Oscar: Uma abordagem típica de filmes aclamados pela Academia; apuro técnico imenso; belas atuações; história de superação (Até certo ponto) e a data em que foi lançado, pouco antes da temporada de premiações de Associações e Sindicatos. Mas apesar desse preconceito que há com esses filmes, a verdade é que a maioria consiste em excelentes longas. O que é o que acontece aqui, com O Vencedor, que justifica e merece cada uma das suas sete indicações ao Oscar. continue lendo »
Remake americano do excepcional filme sueco Deixa Ela Entrar. Um jovem garoto, Owen, de 12 anos, mora com a mãe e vive uma vida solitária: Não tem amigos e, na escola, é alvo dos valentões da turma. Uma noite, enquanto estava ao pátio do prédio que mora, Owen conhece sua nova vizinha: Abby. Também por ser solitária por natureza, Abby se interessa e se aproxima de Owen, que finalmente ganha uma amiga. Só que Abby não tem os 12 anos que aparenta ter; tem bem mais. E precisa de sangue para poder sobreviver.
Uma justiça tem que ser feita com esse Deixe-me Entrar: Achar que ele seria superior ao original sueco é ingenuidade ou até confiança extrema. Se conseguisse ser melhor que o sueco, estaria em absolutamente todas as categorias do Oscar esse ano. Mas exatamente por ter um nível tão alto, mesmo o remake sendo inferior, ainda é um grande filme e funciona muito bem, com um ou outro deslize, que não afetam de maneira fatal o longa americano. E tem, talvez, a atriz mirim mais promissora no cenário atual de Hollywood. continue lendo »
O filme conta a história de um homem que vive uma queda livre emocional. Em sua viagem em busca de redenção, a escuridão ilumina o seu caminho. Conectado ao outro mundo, Uxbal é um trágico herói e pai de dois filhos que, ao sentir o perigo iminente da morte, batalha contra uma dura realidade e um destino que o impede de perdoar, perdoar-se, por amor e para sempre.
Vamos direto ao que interessa. Sim, a intepretação de Javier Barden mereceu a palma de ouro e uma (Cotada, mas improvável) indicação ao Oscar, não seria nenhum absurdo. Ele carrega 2h30 de filme nas costas. Ou melhor, ele carrega o filme de 2h30 nas costas. Não que o filme seja ruim – pelo contrário, ele é de grande qualidade, roteiro relativamente sólido e direção adequada. Seu grande problema? Contar uma história que conhecemos de trás pra frente. O que é uma frase irônica, se você assistiu a obra. continue lendo »
O filme conta três histórias: George, que vive em São Francisco, nos EUA, e é um ex-médium, tem o poder de se comunicar com o mundo dos mortos, mas considera tal habilidade uma maldição, por isso largou o negócio e agora vive uma vida monótona: Trabalha em uma fábrica, não tem amigos e mora sozinho; Marie é uma jornalista francesa, que estava na Tailândia na época do tsunami e passou por uma experiência de quase morte, o que a fez conseguir ver o mundo dos mortos e, ao voltar para a França, decide investigar mais essa experiência; e na Inglaterra, onde vivem os gêmeos Marcus e Jason, que têm uma mãe viciada, mas fazem de tudo para ajudá-la, até o dia em que Jason morre atropelado e Marcus vai atrás de alguém que possa fazê-lo entrar em contato com o irmão morto.
Apesar de parecer filme baseado em alguma ideia do Chico Xavier, é do Clint Eastwood. Sim, é dele mesmo. E o roteiro é do Peter Morgan, que escreveu Frost/Nixon e A Rainha. Mas aqui os dois se perdem. E se perdem feio. Eu poderia dizer que o ruim do filme é a ideia de ter vida pós-morte, mas não é isso, pois o único tipo de filme que tem compromisso com a verdade são os documentários. O pior do filme é abusar de fórmulas batidas, de diálogos bregas e pouco inspirados, de situações absurdas e das relações interpersonagens completamente artificiais. E a convergência das três histórias ainda é a cereja do bolo de erros do filme. continue lendo »
É… eu andei meio sumido. Vocês sabem como é fim de período, provas, trabalhos, seminários e etc. E ainda por cima eu ainda peguei um segundo semestre tumultuadíssimo no trabalho. Mas eu não ia deixar uma data tão especial como o natal passar em branco aqui no Bacon, então preparei o texto mais importante que eu já escrevi aqui, para comemorar essa data. Alguém tem alguma ideia do filme que será abordado? [Nota da editora: Posso tentar? Será esse aí que você mencionou no título. Será? Será? O que eu ganho?]
Achei esse filme na locadora e resolvi assistir. Na verdade, já tinha visto uma parte dele uma vez na Globo, acho, e simpatizei no mesmo instante. Deve ser a ambientação, a época em que se passa, sei lá. Gosto de filmes que mostrem coisas antigas. Enfim.