Na minha última ida aos cinemas percebi uma coisa preocupantemente chata: TODOS os filmes em cartaz eram dublados. E investigando o fato, constatei que isso está se tornando a regra: Mais cópias dubladas do que legendadas nas salas de cinema Brasil afora. A simples preguiça de ler dos “usuários” dos cinemas predomina. Preferem a comodidade de assistir a um filme que não os obrigue a praticar o que não aprenderam na alfabetização. Em geral eu nunca encontrei alguém que tivesse o hábito da leitura e reclamasse de legendas. Infelizmente, são estes espectadores medíocres e preguiçosos que estão sendo levados em consideração pelas distribuidoras. Nunca fui muito de querer impor meus pontos de vista (Com exceção aos meus gostos, mas isso é outra história) e como sempre existe quem discorde, vou responder todas a suas críticas antes que vocês as façam. Então vamos lá:
Vai dizer que você sabia que todas essas vozes eram desse cara?
Se tem uma coisa que gosto muito em desenhos animados é a dublagem. Durante muitos anos, o Brasil foi referência no mercado de dublagem, inclusive sendo elogiado em todo o mundo por conta da qualidade de seu trabalho, principalmente em desenhos animados.
Aliás, breve história, o primeiro filme dublado no Brasil foi a animação Branca de Neve e os Sete Anões, em 1938, nos estúdios da Cinelab, em seguida vieram os outros clássicos da própria Disney, como Pinóquio, Dumbo e Bambi. O responsável por tudo isso foi Carlos de la Riva, dono do maior estúdio de dublagem da América Latina, a Delart. De la Riva foi o primeiro técnico de áudio a trabalhar com dublagem no Brasil.
Como podem ver, a história da dublagem no Brasil, começou justamente nos desenhos animados. E, hoje, o único vício que ainda não perdi, foi justamente não ver desenhos legendados. Para falar a verdade, quando posso, assisto às duas versões, dublada e legendada.