Não lembro a última vez que usei isto aqui, o que significa dizer que faz tempo o suficiente para perder o jeito.
É estranho como as coisas são: Como o costume é uma parte integrante de tudo que fazemos, e ainda assim é tão fácil tirá-lo da equação, relegando-o à uma posição de bastidores. Num mundo em que a memória muscular faz toda a diferença, e o segundo colocado é mensurado em milésimos de segundo, não tem espaço para o desconhecido: A prática à exaustão é o segredo do sucesso mais que o talento, e quando chega o inevitável momento em que o resultado final não é mais o melhor resultado possível, há um problema. A aposentadoria é uma vergonha não porque os louros prévios perderam seu valor, mas porque o passado não gera interesse. continue lendo »
Creio que já falei disso antes: Abrir mão das coisas. Não me refiro ao batidíssimo “se o ama, deixe-o ir” e nem do “ame-o ou deixe-o” do nosso BêÉrre, mas aquela coisa de abrir mão de uma ideia só porque você não colocou tempo e dedicação o suficiente nela. Tenho quase certeza que já falei disso antes, mas até onde me lembro, falei no meio de piadas ruins e brincadeiras idiotas… Hoje não vai ser diferente, só ligeiramente mais sério.
Por falta de assunto tive uma ideia interessante nem tanto assim: Escrever é o tipo de coisa que gente pra caralho faz, e não poderia ser diferente, sendo o jeito mais fácil, rápido e prático de documentar alguma coisa, mas que comumente adquire ares de grandiosidade sem muito motivo pra isso. Tendo em vista de que a grande maioria do que é escrito com intuito de ser lido por outras pessoas (Textos como este aqui, por exemplo, ao oposto de listas de compras ou recados do telefone – textos querem transmitir um pensamento ou ideia ao invés de ser um memorando), resolvi compartilhar com vocês as maiores dificuldades atuais na minha escrita.
Em palavras muito mais práticas e agradáveis de se ler (Mas que não preenchem o espaço do parágrafo introdutório do texto): Já que eu passo tempo escrevendo coisas que outras pessoas leem pppfffffff, posso muito bem compartilhar também o que eu escrevo e sei que não serve nem mesmo pra ser chamado de porcaria. continue lendo »
É a primeira vez em muito tempo que uso isto aqui, e é por isso que as coisas saem escritas erradas. É falta de costume, mas acertá-las é apenas uma questão de prática e memória. E reconfigurar as travas da máquina. Isto é, se eu lembrar como se faz isso. E parece que deu certo. continue lendo »
Eu não tenho nada. De verdade. Eu não tenho assunto. Não tenho um tema ao qual dedicar um texto, não tenho do que reclamar ou debater ou mostrar. Nada. E já faz um tempo, como creio que deu para notar. Eu não estou feliz com isso porque bem, eu tenho uma quantidade mínima para escrever pra isso aqui (Quantidade mínima que não atinjo há meses) e porque eu gosto de escrever. Eu quero escrever. Só não tenho sobre o que escrever.
Desde que entrei no Bacon falei várias vezes de temas relacionado à escrita em si: Falta de inspiração, falta de tempo, preguiça, bloqueio, cansaço, internet com problema. Quase esgotei o tema, provavelmente. Ou melhor, acho que vou fazer isto agora. continue lendo »
Diferentemente dessa gente bem sucedida e as celebridades da internet de meu deus eu nunca fui uma criança prodígio. Não escrevia livros aos quatro anos de idade, não fazia referências à RubikKubrick aos sete e definitivamente não tocava a música do caminhão de gás, de trás pra frente, na sanfona aos nove. Isso é um jeito meio chique de se dizer que eu era uma criança normal: Fui pra escola pra aprender a tocar instrumentos, fui pra escola pra aprender ler e fui pra escola aprender que foda-se aquela porra de cubo.
Mas neste final de semana eu resolvi dar uma lida numas paradas que eu escrevi uns anos atrás. continue lendo »
Estou pensando em escrever um livro. Será, obviamente, inédito, jogando com as emoções dos leitores, ora fazendo-os ficar ao lado do mocinho, ora ao lado do vilão. E vai ter a mulher, é claro, dividida entre seus sentimentos e seus deveres, lutando para não cair nas garras de uma vida sem emoção… Quero uma ajuda, então vamos lá.
Ler é um troço monótono e repetitivo por si só: Você abre o livro, revista ou o que quer que seja, prende os olhos lá na primeira linha e passa para a linha de baixo quando acabou a primeira; repete isso até o final da página, a vira, e começa de novo, folha após folha, até o final do livro. A graça de ler está no quê se lê, não na leitura em si, e isso é um daqueles problemas irrelevantes pra gigantesca maioria da população e que alguém oi, prazer tem que fazer alguma coisa sobre isso.
E aí está você, encarando a página em branco. É, é foda. Uma das partes mais irritantes da “síndrome da página em branco” (Ou qualquer outro nome que você der), pelo menos pra mim, são as tentativas que acabam logo depois de começarem. Vocês sabem, aquelas frases ou linhas randômicas, que pareceram legais quando você pensou nelas mas ficaram uma porcaria quando você as escreveu.
A putaria me ensinou que, não importa como, quando, o quê, porquê e onde, sempre haverá o quem. Em outras palavras, sempre haverá a demanda, e, por consequência, há de se suprir a necessidade. O problema é justamente quando não há com quê suprir a demanda, ou, talvez ainda pior, quando há, mas a qualidade é mais baixa que preço de boquete de desdentada. E é por isso que vou lhes ensinar a resolver a coisa toda.