Dado que eu tenho uma alergia foda ao serumano, é claro que é só uma questão de tempo até eu me irritar com uma galera que acha que TV gringa é o ó do borogodó: Vá para a casa do caralho, meu jovem, e aproveita e tira a bunda desse seu sofa aí porque nem NBC, CBS, CW, WASDABC, BBC, ITV ou Fox são nem um pouco melhores que a Record ou o SBT ou a Globo. Aliás, Hulu, Netflix, Amazon Prime e todo o resto também são uma bosta. A realidade aqui é uma só, e o quanto antes cê entender isso, melhor: Cê tá assistindo TV. Tê Vê. A mesma bosta que passa Faustão e Programa da Sabrina, só que em inglês. E isso passa longe para caralho de ser motivo de orgulho.
Pessoas gostam de se afirmar perante os outros. Não só gostam, como têm necessidade. Bater no peito e gritar pro mundo como é orgulhoso de ser quem é, de ter personalidade forte e resistir a modinhas, críticas e outros pormenores, cês sabem. Longe de criticar, acho super válido que vocês se amem e se valorizem e se achem lindos, feia mesmo é a sociedade, mas tem uma coisinha que anda me irritando pacas nesse tantão de amor próprio: A mania de grandeza. A onda de eu sou bom, o resto é ruim hahaha.
E o Facebook só piora isso. Antigamente, a galera pensava e falava, hoje em dia, nego pensa e posta, sem tempo de filtrar a informação pra ver se falou merda.
MANO, como cês são espertos! PS.: Só pra constar, a resposta é 74.
Após três décadas de isolamento nos picos tibetanos emergi, barbudo, magrelo e fedendo, mas cheguei por fim à uma conclusão que mudará suas vidas e os rumos do mundo. Senhores, eu TENHO a pergunta definitiva para a vida, o universo e tudo mais!
Mentira, nem tenho, mas as três décadas são verdade. continue lendo »
A definição de Fan-Film do Wikipédia é a seguinte: “produções amadoras relacionadas a uma obra existente (não necessariamente outro filme), criado por fãs.”
“Produções amadoras” é um termo bastante genérico para esse tipo de filme, uma vez que muitos são feitos por produtores de Hollywood apenas parar mostrar seu potencial. Mas não é o caso desse filme. O Maior Fan-Film de Todos os Tempos é sem dúvida um filme extremamente amador. Daqueles feitos por amigos bem no estilo Batiman – Feira da Fruta.
O Bolinha debizou a coluna e, porra, é nessas horas em que eu sou o estagiário. O cara diz estar com caxumba, acho que essa eu ainda não tinha ouvido aqui. Disse até ter ATESTADO!
Pois bem, esse é o terceiro texto desta coluna, que nasceu da Otaku é a MÃE!. Como esse nome era bem específico, decidimos deixá-lo pra uma coluna só para cultura japonesa – ela está em transição, e já nessa segunda traz um tema mais… otáco. Então, a Papo Animado sim é uma coluna sobre desenhos animados. Noobs.
Pois bem, em minha coluna de música, eu costumo usar MUITOS vídeos do youtube com vídeos de bandas – O RLY? Porém, nem sempre eu encontro o vídeo original, e me deparo com algo assim:
Sim, Yu Yu Hakusho + DBZ ao som de Damage Inc., do Metallica. É muito do caralho encontrar um desenho que você curte ao lado de uma sonzeira que você também curte. E é descaralhante ver que um fã TRABALHOU nas cenas do desenho, fazendo REALMENTE um vídeo-clipe. Como esse do Cowboy Bebop ao lado de Song for the Deaf, do QOTSA:
E sim, chega de animes. Falemos sobre desenho de VERDADE, agora.
Acho que um dos vídeos mais criativos que eu já vi foi esse:
Simpsons, Troublemaker do Weezer. A música é uma merda, mas o clipe é muito bem feito. Esse desenho tem MUITOS episódios, mas não é muito trabalhoso encontrar Homer e Bart em encrenca – trabalhoso mesmo é deixar a bagaça assim, perfeita. Então, basta ter um som relevante e mandar ver. Não tem como Simpsons dar errado, enfim. Olha que lindo:
Você só ouve Simple Plan na coluna do Bolinha, falaí. Vai um My Chemical Romance também?
Invasor Zim é o desenho mais espetacular de todos os tempos, é FATO. O Gir é quase 30 comprimidos de BENFLOGIN. Sério, chega a ser alucinante pensar em que som usar como base pra um clipe com trechos do desenho. MUITAS cenas cairiam como uma luva em trechos de muitas músicas, até porque o Gir dança em quase todos os episódios. E como as coisas podem melhorar de vez? I’M A SCATMAN!
John Scatman é sempre relevante, véi. E olha o trampo que esse cara teve pra fazer esse vídeo. O cara simplesmente sincronizou a bagaça de uma forma em que o desenho entrou completamente no clima do som.
Eu sinceramente acho que esse tipo de coisa merecia um DESTAQUE. Sei lá, é um lance que merece não só respeito, mas admiração. Cadê a MTV pra investir nesses caras? Cadê o BOM DIA & CIA pra investir nesses caras? Deve ser por ISSO que não investem:
Bom, minha intenção foi realmente trazer algum tipo de destaque pros putos, além de compartilhar isso com vocês E tapar buraco. Como eu costumo fazer em muitas colunas, deixo os comentários para vocês indicarem mais vídeos. Semana que vem o Bolinha volta. Sem ração, mas volta.
Estamos em pleno século XXI (Ou vocês ainda não notaram que vivemos em plataformas flutuantes e nosso carros voam ao invés de tocar o chão?), era da informação. Qualquer zé ninguém entra na internet e se torna “famoso” com um blog (Sabe? Alguns até crescem e criam sites, mas continuam com alma de blogueiro), fotolog, yogurt ou similar. Logo, fica fácil a “convivência” entre fãs do mundo inteiro, a maioria só reclamando ou babando na SUPER-NOVIDADE (Geralmente uma pequena atualização apenas para ganhar dinheiro, savvy?) da semana da banda, seja o “novo” single com apenas UMA música inédita ou a nova versão (Em torno da 14ª, 15ª) daquela revista em quadrinhos famosa com… Duas páginas a mais de comentários só por R$99,99! Algo que esses fãs fazem é trocar entre si idéias de como melhorar o produto. TODO fã é assim, não tá contente com o que tem.
O culpado de muita porcaria…
E são esses fãs que criaram o conceito de “universo expandido”. Ou quase. Vamos lá pra época em que Star Trek (Saúde!) fazia a cabeça de um bando de gente que achava entender de ficção científica e que ficaram encucados porque o Kirk SEMPRE rasgava a camiseta (Aliás, alguns BABAVAM por isso… Morram, fracos). Nessa época, em paralelo com a série, saíram alguns livros com histórias que “complementavam” o universo de Jornada nas Estrelas (Se não sacou, a tradução do nome, gafanhoto). Essas histórias eram escritas por gente que não trabalhava no roteiro da série, mas que eram entendidos do assunto. O fato se repetiu com Star Wars e chegou a fazer tanto sucesso que QUASE foi adaptado pra filmes… Pena que o Lucas não é fã da série e fez a nova trilogia. A força não estava com ele. Certo… E depois de dois parágrafos de enrolação dessa explicação toda, aonde quero chegar? Na internet, se não percebeu. O caso é: Com o advento da globalização e da facilidade de você se comunicar, alguns fãs partiram pra ofensiva (Leiam-se milhares) e passaram a eles mesmos escreverem essas histórias complementares. E assim surgiu a fanfic, sigla de Fan Fiction, ou ficção de fã em inglês, e que significa toda aquela história feita por fã baseada em algum universo. Obviamente, os otakus, versão internacional de gente ligada na tomada que assiste animês e lê mangás, não deixaram de entrar no rolo.
E assim temos o Universo Expandido: Histórias escritas por fãs, que invadiram a internet. O site Fanfiction.net, reduto em inglês da galera que acha que escreve, tem mais de 100.000 textos SÓ NA PARTE ANIMÊ/MANGÁ. Sentiu o drama? “Tá, Black, mas tu escreve e tá reclamando?”, você me pergunta, pequeno gafanhoto. SIM! Eu estou protestando. A minha reclamação não é quanto ao enorme fluxo de histórias que a gente vê serem postadas nesse troço (Tá, isso assusta, mas se qualquer um escreve aqui, não é de se estranhar) e sim quanto à qualidade. Tipo, se você não infringe as regras, credita o autor original do baguio e tem o mínimo rigor de escrita, você pode publicar, com certeza. Mas e aí, você escreve uma coisa que não agrada a ninguém e depois faz o quê? Chora? FRACO! Fazer favor de se entregar para o Piratão te fazer passar pela prancha.
TINHA que ter Star Trek no meio!
Se quer escrever, aprenda as três grandes leis do “Universo Expandido”: Jamais cobre comentários positivos (Se ainda não entendeu, dá uma olhada no tipo de comentário que o théo recebe…), não queira fama e principalmente: Não enche o saco pra todo mundo ler porque nem todo mundo gosta. Sou hipócrita? Possível. Eu também escrevo, orra, sei como é complicado. Não quero dizer que você não deva fazer, mas se você é fã do negócio, tenta manter o nível. E isso que estou falando só de universo expandido e não de Universo Alternativo, o irmão gêmeo mais feio do UE. Nesse você não só reescreve a história como quiser, como pode até mesmo alterar os personagens. Não era mais fácil escrever uma história nova? Não utilizem Hollywood como referência, pelo bem de nossas almas (E de nossos olhos). Já é um saco aceitar coisas como Mulher-Gato a cada ano, aceitar a cada dia alguém destruindo o que a gente gosta é pedir pra morrer. E se eu escrevo mal, falem mesmo! Só por favor não esqueçam de colocar a corda em volta do pescoço antes de sair.
Sabem, autógrafos em livros não passam de rabiscos feitos pelo autor da obra que por um grande acaso você tem. Só que não é um simples rabisco, ele é, dependendo do tipo de livro e do estilo do autor, uma das coisas mais gratificantes para uma pessoa que acumula livros, seja porque quer ou porque coleciona.
No momento que escrevo isso, acabo de perder a chance de ter minha edição de Curva de rio sujo de Joca Reines Terron autografada. Numa tarde que ele esteve em uma livraria em Curitiba, tentei ir pra casa e pegar o meu livro, mas quando voltei, não tinha mais nada lá.
Isso que lhes contei seria o meu primeiro livro autografado. Podem falar que é um autor desconhecido, que ninguém dá a mínima, o que pode ser verdade, mas se eu tivesse conseguido essa coluna teria um tom diferente.
Enfim, um autógrafo é a prova de que você teve algum contato com o autor, uma chance de falar com ele, discutir sua opinião sobre o livro e tirar algumas dúvidas, caso tenha tido durante a leitura. Mas é claro, isso se você chegou a ver o autor, não comprou sua edição no sebo mais próximo. Algumas livrarias fazem tardes de autógrafos com autores consagrados, proporcionando ao leitor uma chance de os conhecer.
Todos os livros publicados têm algumas páginas em branco logo no início, vocês já devem ter percebido. Uma delas leva apenas o título do livro e a página seguinte tem outras informações como o nome do autor, edição, tradutor, essas coisas. Essa primeira página está lá exatamente para esse motivo, um autógrafo, uma dedicatória. Claro que não é muitas pessoas que sabem disso e cometem a CAGADA de escrever uma dedicatória na mesma página que o autor fez seus agradecimentos, uma coisa terrível, afinal, se a pessoa quiser vender o livro, ou rasgar a página, terá que arrancar uma das páginas do meio do caderno do livro, o que pode fazer com que outras páginas caiam.
Bom, essa primeira página é aquela com mais espaço, mais do que o suficiente para escrever o que se deseja, isso se o autor não for muito prolixo e encher a página com mais texto, o que torna a dedicatória mais extensa que o próprio livro. Apesar de não ser possuidor de nenhum livro autografado, eu já vi muitos por aí. Um deles, o que eu achei uma coisa de louco, consistia em escrever uma dedicatória gigante, usando toda a primeira página com uma letra mínima que, quando vi na hora, tive dúvidas que foi escrita a mão. Outras tentam ser engraçadinhas, com o autor tentando fazer piada e pouco caso de sua obra ou do leitor, como aquela que diz o seguinte: “obrigado por diminuir o encalhe”.
Entrei em contato com alguns autores para descobrir como eles distribuem suas assinaturas, mas só apenas um deles respondeu meus e-mails. Perguntei a Domingos Pellegrini como que são seus autógrafos, se ele muda para cada um, ou se tem algum detalhe diferente, e a resposta dele você encontra abaixo:
há tempo deixei de quebrar a cabeça com autógrafos, simplesmente escrevo:
A Fulano(a),
com o afeto do
Pellegrini
Mas sempre rabisco um desenho: um coração, encimado por um sol nascente, de forma que a parte superior do coração fica parecendo dois montes, com o sol nascendo entre eles. É minha marca visual.
Caso algum autor mais responda, vou editando aqui.
Mas uma coisa é certa, autógrafos, por mais idiotas que pareçam, dão um valor diferente aos livros. Seja sentimental ou dando valor maior aos livros, que depois de algum tempo podem atingir valores muito altos, como esse aqui. Um dia espero ter algo desse valor em minha prateleira, mas enquanto isso, só fico com raiva por perder as oportunidades…
Seja como distração habitual, compulsão obsessiva ou até mesmo uma esporádica forma de rivalidade entre amigos, não há aquele que nunca teve contato com o mundo virtual dos games, tão fascinante e encantador.
E, convenhamos, drasticamente ou não, os games realmente têm grande parcela de influência na vida, não só dos jovens, mas de todo mundo que é fascinado por essa maravilha tecnológica – que evolui mais do que qualquer outra forma de entretenimento doméstico. Questionável é, entretanto, a proporção dessa influência na vida dos apaixonados pelo mundo dos desafios digitais.
Sempre que eu via reportagens sobre a influência de jogos de violência nas atitudes dos jovens, me perguntava: Será mesmo que aquele americano esquisito entrou atirando em todo mundo na escola só porque jogou muito Grand Theft Auto?! Será que o cara que passou no Fantástico seqüestrou o outro só pelos pontos no GunBound?! Será que aquela história de orkut do menino que matou e cortou as pernas do vizinho por causa do Tibia é verdade?!
Ah! Claro que não… Se fosse assim, toda minha geração, da década de 80, que cansou de jogar Pacman no Atari 5200, estaria correndo em salas escuras, ouvindo músicas eletrônicas repetitivas e comendo pílulas mágicas que nos dão super poderes…
Ironias e frases manjadas á parte, estamos na sétima geração de videogames, numa disputa alucinante de mercado entre a Sony, a Microsoft e a Nintendo, em meio a milhares de lançamentos de títulos para PC`s, vídeo games portáteis, joguinhos de celular, emuladores, mini-games-brindes-de-lanchonetes e jogos virtuais em Java e Flash – até minha TV a cabo tem um canal com jogos de 4 bits – me encontro, mais do que nunca, deparado com uma imensidão de formas de me tirar a atenção.
Sim, me tirar – e bastante – a atenção. Desconfio que essa seja a maior influência que o videogame tem na minha vida: um poder mágico e incontrolável de, em certos momentos, fazer com que minhas atenções, meus sentidos, minhas percepções e minha massa cinzenta se voltem, única e exclusivamente, a ele.
Quase sempre, durante o tempo de ócio pós almoço, escondido, do computador do serviço, eu entro na internet para investigar qual o próximo lançamento para o Playstation 2 que eu vou comprar. Ou então, durante o trabalho, divido a atenção com algum joguinho do tipo “saia da sala usando um alfinete, uma bíblia e uma fita cassete”. Não é diferente na hora da aula. Vez ou outra, eu to vidrado, com o celular na mão, tentando bater o record de algum jogo de nave, wakeboard, ping pong… E, não é difícil eu me pegar pensando, desligado do mundo, qualquer hora do dia, em como eu passar daquela fase difícil quando chegar em casa.
Nesses meus 20 anos, quando lembro da minha infância, adolescência e pseudo vida adulta, cronológica e sinceramente, a divido entre o Atari, o Super Nintendo, o Nintendo 64 e Playstation 2. Todo natal, dias das crianças, aniversário e primeiros salários tiveram os mesmos destinos. E foram esses os consoles que dediquei (e dedico) muitas horas a fio do meu tempo.
Não tinha consciência disso quando era criança, mas, quando jogo videogame me sinto em uma dimensão nova, longe dos problemas cotidianos. Me tele-transporto de corpo e alma, para a aventura dos pixels e polígonos, que me fazem esquecer, pelo menos por alguns instantes, o mundo não virtual. É a minha terapia, o meu divã, a minha fórmula anti-stress da rotina diária massacrante.
A geração de plataformas de entretenimento que nasceu com o Xbox 360, Wii e PS3 tem uma potência inimaginável para um videogame. Ao observar a apresentação dos próximos games, é difícil acreditar que este tipo de desempenho esteja tão perto de nós. Lembro quando eu era criança e ficava imaginando como seriam os jogos de videogame no futuro. Eu dentro do game, imagens reais com uma interatividade completa, elementos que reproduziriam meus movimentos no jogo… Isso está muito mais perto do que nós imaginamos… E é emocionante poder acompanhar essa evolução, de um pequeno console como o Atari á uma grande máquina de entretenimento doméstico, que une computador, dvd, som, karaokê e, claro, videogame.
É sobre esse fantástico mundo que conversaremos nessa coluna. Espero que vocês gostem do papo e qualquer coisa prosopopeio@atoouefeito.com.br. Abraços e até a próxima quinta.