Como vocês deveriam saber, mas não sabem porque ainda acham que o Rio é a capital da República (Ou pior, acham que São Paulo manda alguma coisa), no próximo dia 21 Brasília completa 50 anos. Sim, até sua mãe é mais velha que a minha cidade. Em meio a comemorações, com direito a shows de artistas que vêm a cidade uma vez a cada semana trimestre, como os Paralamas do Sucesso, e outros que simplesmente não deveriam vir nunca, como Bruno e Marrone e um tal Luan Santana, tive uma boa descoberta na procura de um tema pro retorno das férias da Primeira Fila.
Na procura “Brasília + Cinema”, uma amiga acabou me falando de um lugar que eu não sei por que cargas d’água nunca tinha ouvido falar antes. É um cinema. É um bar. É um café. Tudo junto no que foi eleito pelo Guinness Book como o menor cinema do mundo, agora em 2010. Tem capacidade pra somente 18 pessoas, que se acomodam em cadeiras na frente de uma telinha que não passa nada além de clássicos. Depois das 2 sessões diárias, que podem ser regadas a pipoca com whisky, o espectador pode sentar com vários PIMBA’s* bêbados e discutir o filme. Ou falar sobre o quanto rapazes Rockabilly deveriam sair de onde se escondem, tanto faz. continue lendo »
Uiara: E se eu dissesse que a cena de musical mais incrível e aclamada do mundo nem é a melhor do filme que leva o nome dela? E melhor, as músicas são o pano de fundo perfeito pra contar como o som foi inserido no cinema. Não por acaso Gene Kelly serviu de inspiração até pra Malcon McDowell em Laranja Mecânica. Cantando na Chuva é insuperável no título de melhor musical de todos os tempos. continue lendo »
Pedro: Se Tropa de Elite fosse um filme americano ele muito provavelmente passaria batido pelas terras brasileiras: seria somente mais um (ótimo) filme de ação. Porém este é um dos casos em que a estrutura transforma uma obra em algo muito maior: Tropa de Elite se tornou um fenômeno de proporções colossais. Capitão Nascimento (Wagner Moura) se tornou um ícone e milhares de expressões foram incorporadas ao vocabulário de todos os brasileiros
Uiara: O cinéfilo. O mendigo. O playboy. O traficante. Classe A. Classe B. Classe J. O nerd. O porra-louca. O padeiro. O William Bonner. Sua mãe. Qualquer brasileiro sabe citar ao menos 1 frase desse filme. Raramente isso acontece com o cinema nacional, convenhamos. É também dos poucos que adquiriram sucesso na telona mesmo depois da onda de pirataria que o tornou famoso. A história é original para a terra tupiniquim por ser a primeira vez que vemos a questão do tóchico pelo lado da polícia e que no fim das contas divide a culpa do tráfico (e da violência, consequentemente) da forma certa: ninguém é santo e todos são vítimas. continue lendo »