A ficção científica e o futuro (Nem tão) utópico de Jornada nas Estrelas
Séries e filmes são, por definição, entretenimento. E o ato de entreter pode ser (E é, geralmente) entendido como o ato de não perturbar o espectador com questões difíceis. Se não fosse assim, um debate científico ou político seria considerado entretenimento puro. Mas o momento de se distrair é justamente a ocasião pra se distanciar do que pesa na mente e relaxar. E, no que nos interessa para o texto de hoje, a ficção científica foi para o cinema e a televisão com esse mesmo propósito natural de todo entretenimento que é nos distanciar da dificuldade diária de viver e nos dar breves períodos de tranquilidade despreocupada. Mas em algum ponto da história da indústria de entretenimento, começamos a dosar a realidade e todas as suas questões difíceis com o irreal, com o fictício; talvez essa mistura tenha sempre existido, quem sabe. De um jeito ou de outro, o que saiu foi algo ainda mais poderoso, algo que não nos desliga da realidade, mas que nos convida a pensar nela, nos inspira – e termina por nos fazer pensar em nós mesmos. Mas ainda: Às vezes podemos refletir até sobre nosso futuro. Vem comigo.