Não, você não está louco, o mundo não está acabando e eu não estou sob a mira de uma arma. Este é um texto sobre funk. É isso mesmo. Ou você achou que depois do Bacon Frito se render ao BBB, à Fazenda e ao UFC, nós não iríamos escrever um texto elogioso sobre um cantor de funk? Ah, quanta inocência. continue lendo »
Guilty pleasures, isso é comigo mesmo. Meus amigos já dizem que mau gosto é meu nome do meio. Quando o Jo propôs a elaboração de uma lista das músicas que ilustram nosso péssimo gosto musical, eu tive algumas dificuldades. Não para escolher as músicas, mas sim para identificá-las como ruins. Afinal, todas estão no meu iPhone e eu garanto que umas três estão entre as 25 mais tocadas. Ao contrário da maioria das pessoas, eu não sinto a mínima vergonha quando o fone despluga e todo mundo percebe que eu tô ouvindo Nsync, ou de relembrar, em público, o show do Fagner em que chamei ele de gostoso (Agosto ta aí, me aguarda Raimundo!).
Tendo em vista meu histórico e a completa inabilidade de discernir o que é bom e o que é ruim, pedi ajuda dos universitários meus amigos e cheguei a um desrespeitável top 6. Simbora! continue lendo »
“ARGH, MEU DEUS, FUNK NÃÃÃÃÃO!!!” Podem parar com o chilique, que eu sei que lá pelos anos 90, entre Gerasambas, Molejões e Sowetos, alguém da tua família curtia uma Furacão 2000. É, e eu sei que quando você ouve, por alguma ironia do destino, as músicas que tocavam nessa era de Mãe Loira e Pai Moreno, temos que ter respeito, você fica todo(a) felizinho(a). Então lê o texto aí e relembre a época em que o funk era bom. E se você é juvenil, bem, se você é juvenil você pode sair daqui. Agora, amprifica o som e se prepara pro meu karatê 97, DJ!
WhoMadeWho acha que sim.
Com baixos funkeados, riffs dançantes e repetitivos, e o melhor da bateria pra você se mexer na pista, o trio dinamarquês vem fazendo uma empolgante e bem-feita mistura.
Pois deveria.
Imagine baterias dançantes de discopunk, misturadas com riffs de guitarra empolgantes do pós-punk, por cima de percussões de samba, de funk e até de danças africanas, e um baixo sintetizado de electro.
Tudo isso cantado com o timbre da Beyoncé.
E ainda adicione muita cor, muita maquiagem, muito brilho e muita pelúcia.
Pois é. Você deveria conhece Ebony Bones.
Nós, que temos bom gosto (eu e mais uns três leitores dessa coluna), costumamos não dar ouvidos – literalmente – àquelas músicas feitas apenas para dança ou para fazer alguma gostosa fazer sucesso. Porém, estamos errados ao ignorarmos isso, afinal, esse fato também faz parte da evolução musical pessoal de cada um. É quando você aprende a ouvir a música com os olhos.
A Dança do Bumbum é absolutamente clássica, fato. Infelizmente não temos escolha quando os vizinhos escutam essas músicas em uma altura absurda, então, TODOS NÓS temos essa letra de cor. AGORA MEXE, VAI!
Tomaí um COMPILADO de clássicos do grupo, véi.
Grupos como o É o Tchan são para lançar gostosas E fazer gostosas dançarem, espetacular. Ou seja: Os caras têm um público alvo bem extenso, e obviamente somos nós, homens, quem agradecemos. Aliás, não agradecemos tanto assim, a escolha do Jacaré foi infeliz demais.
Essas músicas têm ritmo, animam a galera e infelizmente as letras grudam nas nossas cabeças como qualquer outra letra imbecil por aí. Mas enfim, é compreensível ver o povão vibrando com esse tipo de som, afinal, pelo ritmo E sonoridade, o axé pode ser considerado música. Agora, “Funk” não é música nem fodendo.
É claro que todo o mérito do sucesso da Dança do Créu é da bunda da Mulher Melancia, mas ainda assim essa “letra” causa um certo… impacto para as massas. A boa é que, como todo funk, essa merda já está acabando. Mais sobre a dança do créu aqui.
No início da carreira, a Carla Perez não tinha lá uma bunda fenomenal. Com o passar do tempo, a… tecnologia permitiu o contrário. As bundas de Sheila Carvalho e Sheila Mello marcaram mais, pelo menos pra mim. As playboys devem ajudar nesse ponto de vista também, é claro.
Mais crássico? Na boquinha da garrafa!
Eu discordo quando dizem que o Brasil é o país da bunda, sou CONTRA o “Funk” e acho que o Axé pode sim trazer novas experiências para a nação heterossexual do mundo inteiro. Não vejo problema nenhum em mulheres dançando, sério. Eu até incentivo a minha. Duas vezes. Você vê algum problema em alguém querer ver a namorada dançando o créu?
Apesar de odiar “Funk”, eu não me contradisse: Aquela “música” não sai da bunda da Mulher Melancia.
Mais vídeo, Rebolea, ó que beleza:
Enfim, como música, o Axé realmente é uma cultura inútil. Agora, em volta daquilo, o Axé é arte. Os exemplos de dançarinas são infinitos, acho que citar É o Tchan é mais feliz, tendo em vista que eles davam mais destaque às dançarinas, apesar do Jacaré. Pois bem, as dançarinas estão ali para animar, literalmente, certo? Mas nem sempre elas estão ali para compensar uma música ruim. Então, falando nisso, compensemos esta coluna com algo de qualidade sonora e visual:
Pretty Fly (For A White Guy) é um puta som bacana, e as dançarinas desse clipe realçam ainda mais este fato. Pena que elas aparecem pouco.
Tem também o vídeo clássico da minazinha dançando Harder Better Faster Stronger, do Daft Punk:
Aliás, música eletrônica sempre rende umas danças loucas, mas isso foge do nosso foco atual. Ainda assim, pertinente citar o vídeo acima, convenhamos. Daft Punk rendendo boas dançarinas.
Mas é óbvio que as melhores dançarinas de todas ainda estão por vir. PROBOOOOOOOOOOOOT!
Semana que vem é hora de analisar as dançarinas que FAZEM “música”, véi!
Primeiro o cara prepara uma versão funk da música É Proibido Fumar para seu show de fim de ano, o que é absurdamente perturbador. Agora o cara solta essa pérola:
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o cantor está querendo ir a um baile funk para assistir um show do Furacão 2000, no Rio de Janeiro.
Batutinha, produtor de Roberto Carlos, planeja levar o artista ao baile usando um disfarce.
No tradicional show de fim de ano, o rei vai apresentar a versão nova do hit. O show está previsto para ir ao ar dia 16 de dezembro.
Após um choque de piadas, meu cérebro voltou a funcionar e eu comecei a pensar sério sobre este fato. Como é que um cara que há tempos não quer mais saber da fruta pode “ir pro funk”? E… disfarce? Seria a revolução no funk? Depois da feira da fruta, a comunhão das freiras? Disfarce? Roberto Carlos seria a… mulher hóstia?
O mundo é movido por mau gosto, simplicidade e prazer. Eu poderia dizer que o mundo é Funk. Essa de “dançar conforme a música” diz muito sobre o mundo: Não é uma música, mas pode ser comparado a um estilo musical que te redireciona ao sentido da vida terrestre: Mau gosto, simplicidade e prazer. Parece complexo, e deveria ser mesmo. Estamos falando do sentido da vida, porra.
Mas eu explico: Não EXISTE música no Funk. É sempre a mesma coisa, sempre a mesma batida e sempre a mesma… coisa chamada de “cantor”. Sério, o Olga canta melhor que qualquer funkeiro.
Mas não é só o théo mais uma vez criticando um estilo musical. Não, é fato. Bailes Funk se resumem á putaria e outras coisas que não vêm ao caso agora. Ninguém gosta de Funk porque acha a música “bonitinha”, “agradável” ou “recordativa”. Gosta porque é “banal”, “engraçada” ou “excitante”. Quando você passa na rua e ouve Funk tocando em algum bar onde as pessoas se encontram SENTADAS, ali tem alguma coisa errada. Vai ver é só um aquecimento. NINGUÉM escuta Funk por prazer auditivo.
É claro que nem todo Funk é assim. Há outros tipos de Funk, como aquele do Claudinho & Bochecha que, ao menos, tinha letra e ritmos diferentes. “Controlo o calendário sem utilizar as mãos”. Cara, comparado ao Funk PANCADÃO, isso aí é filosofia. Enfim, os caras comoviam as garotinhas com suas letras melosas e ritmos relativamente variados. O Funk que estamos analisando agora é aquele que tem como letra “PARAPAPAPAPAPAPAPAPA! PARAPAPAPAPAPAPAPAPAPA! PAPARAPAPARAPAPARAPA TIBUM! (?) PARAPAPAPAPAPAPARAPAPA!”, por exemplo.
Num baile funk, ninguém quer saber da música. Só querem ter certeza de que eles PERMANECEM vivos e encoxando/levando uma encoxada de alguém. Poderia estar tocando Toy Dolls lá. Se bem que, obviamente, a batida influencia muito. Além das letras banais. Fazer o quê se o povo sente tesão com isso?
É claro que podemos agradecer á criatividade de uns, e até mesmo coragem, ao misturarem o Funk a outros estilos. Assim nasceu o gênero Funk Metal, que também é chamado de Funk Rock. Mas não liguem para o que dizem pra você por aí. É a batida do Funk com o Metal. É… sensacional.
Faith no More, Epic. Clássico pra CACETE. Se liga na batida. Te lembra algo? É o Funk convertido para Metal, cara. ISSO que é reciclagem. E eu enrabaria alguém na boa ao som de Faith no More.
Red Hot Chili Peppers, Give it Away. Outro clássico, e talvez o clipe mais perturbador da banda.
Por que não citar também Spin Doctors, com Two Princess? Tá, a música é chata, mas é só pra esclarecer porque resolveram tirar o “Metal” do “Funk” um dia. GAH!
Voltando ao normal: Janes Addiction, Stop.
Aí você vê MÚSICA. Não falo de gostos, você pode achar esses sons uma merda. Falo de… música, mesmo. Enfim, você já deve ter entendido. Na próxima coluna, talvez, TALVEZ, vou fazer uma lista com alguns sons e bandas… excitantes. Sem correr o risco de levar uma bala perdida ou pegar uma DST.