Li uma webcomic muito foda lá no Projeto Webcoisas que tem tudo a ver com alguns noobs que eu encontro por aí falando de jogos. Taí pra vocês.
Dêem uma olhada lá que tem mais tiras boas. Saindo mais dessa série aqui eu provavelmente avise vocês e as coloque aqui, já que vocês são muito preguiçosos pra procurar sozinhos.
Atenção:Essa é mais uma coluna safada e calhorda, onde uso palavras de baixo calão e imagens que sua mãe pode achar ofensivas pra você. Se você é menor de idade ou meio veado mesmo, vaza AGORA.
Mulheres que jogam vídeo-game
E aí bando de frangos? Queria dizer pra vocês que nesta semana MULHERES estão ocupando minha cabeça, como vocês devem ter percebido pela coluna que eu roubei do Piratão. Ocupando minha cabeça mais do que o normal, digo. Algo acontece no mundo, e elas estão mexendo comigo excessivamente nos últimos dias.
Então, a fim de exorcizar os demônios que me assombram, continuarei falando sobre elas também na minha coluna semanal de games. Se você não gosta de mulher, hoje você se fodeu. Aliás, se você não gosta de mulher você já se fodeu faz tempo.
Mulheres nos games são um fenômeno relativamente recente. Até mais ou menos uma década atrás, o jogador típico tinha esse perfil:
Orra mano, usei o gordinho DE NOVO. Cês não cansam de dar risada dele não?
Tá bom, eu ia falar de mulher. Prometo que essa éfoi a única foto horrenda do texto, ok?
Não sei identificar exatamente o momento onde as mulheres resolveram sair do armário e pegar no joystick (ah vai, eu tinha que fazer essa piada cretina, você sabe disso tanto quanto eu). Não é que elas não jogassem antes, mas é que, sei lá, é como se fosse uma atividade eminentemente masculina. Manja futebol? Hoje em dia é comum futebol feminino; tem mundial e tudo o mais, e nós temos a melhor jogadora do mundo. Mas você lembra exatamente quando isso começou a se tornar comum? Quando as mulheres começaram a se sentir á vontade pra chutar bola, formar time e serem levadas á sério como jogadoras? Então, é mais ou menos o mesmo fenômeno esquisito que ocorreu nos games.
Eu não sei como ou quando foi que aconteceu, só sei que é legal bagarai ter um monte de mulher gostosa por aí pegando no manche, acariciando o controle e balançando o wiimote (você achou que meu estoque de piadas cretinas tinha acabado? Fala sério). Olha lá como mulher nos games é legal cara:
O quê? Estou ouvindo vozes tanga de alguns de vocês… podem falar mais alto por favor? Como assim “isso não acontece na vida real”?. Como assim “essa não é uma jogadora de verdade, é só uma modelo contratada pra tirar a roupa e diminuir ainda mais a posição da mulher perante os jogadores homens”?
Bom, talvez vocês tenham razão. Devo confessar que isso aí não acontece todo dia na minha casa. Ok, nunca aconteceu, pode ser que a parada seja de mentira e tals. Vocês curtem estragar minhas fantasias né?
Mas tudo bem, eu sou um cientista dos games e preciso considerar a hipótese de erro. Vamos fazer o seguinte então: vou descolar uma gostosa que joga de verdade e a gente vai perguntar pra ela, ok?
Atillah: Bel, declara aí alguma coisa espontânea sobre mulheres que jogam vídeo-game. Bel: Mulheres que jogam vídeo-game sabem segurar melhor um joystick.
RÍ, é por isso que eu gosto da Bel; ela entende minhas piadas cretinas. A Bel é pirata pra caralho. Cês viram como eu e ela estamos sintonizados? Senti que o lance tava rendendo e me aproveitei da boa-vontade da Bel no msn:
Atillah: Bel, você daria pra um cara que te convidasse pra jogar vídeo-game? Atillah: (Seja espontânea na sua resposta, mas saiba que isso vai pra minha coluna) Bel: Isso depende. Eu perguntaria: “que jogo?”. Dependendo do jogo, eu daria. Atillah: Sério? Atillah: e… qual jogo? Bel: HAHAHAHAHAHAH Atillah: Minha coluna vai ficar óTIMA, graças á você. Bel: … você falou sério quanto ao “qual jogo?”? Atillah: óBVIO. Vai que eu tenho o jogo porra. Bel: Eu daria NO ATO se ele falasse “God of War”. “Shadow of Colossus” eu ia pensar no caso, porque nunca joguei mas morro de vontade. Bel: Mas daí eu realmente vou querer jogar antes de qualquer coisa. Atillah: Hahahaha, isso tá cada vez melhor. Atillah: E se você tivesse lá, jogando Shadow of the Colossus, e o cara começa a fungar na sua nuca e colocar a mão na sua cintura, isso é permitido? Bel diz: Depende também. Se eu tivesse numa fase MUITO BOA, quase matando um monstrão, ele meio que certamente ia levar uma cotovelada. Mas se fosse um pedaço chatinho, de boa. Atillah: Então dá pro cara ficar te sarrando, desde que não atrapalhe o jogo? Bel: Exatamente. Portanto, nada de carícias que provoquem arrepios, pois poderia atrapalhar minha jogabilidade. Bel: Mas, claro, uma hora a gente cansa do joystick que só vibra, né? Atillah: E tipo assim Bel… o que te faria dar um pause? Bel diz: Uma só palavra: línguanopescoço. Atillah: Obrigado Bel, você abrilhantou minha coluna de uma forma que seria impossível sem sua presença.
Taí putos. Peguei uma jogadora “da vida real” pra vocês. Tão vendo como as coisas mudam com o tempo? Esse negócio de dizer que vídeo-game “é coisa pra criança” definitivamente ficou pra trás. Vocês que não jogam, ou que jogam pouco, ficaram pra trás. Agora quem come as mulheres são os nerds que conseguem zerar Devil May Cry no Hard.
É claro que se pode argumentar que nerds feias também jogam, mas eu nunca vi isso. Sério. Desconheço. Acho que as feias têm vergonha de jogar porque sabem que hoje em dia os gamers são todos uns garanhões como eu. As pessoas feias vivem no mundo real, e todo mundo que é quente tá jogando vídeo-game. Olha essa mina cara:
Eu não sei no mundo de vocês como é, mas no meu mundo todas as jogadoras são como essa aí. Taí a Bel que não me deixa mentir sozinho.
Como eu sempre digo: joguem mais, porque vocês jogam pouco, seus motherfuckers. Se vocês jogarem mais, quem sabe um dia vocês comem alguém. Aliás, isso explica porque o Théo não gosta de God of War. Orra peguei pesado agora. E tudo isso na mesma semana que o cara foi homenageado com a nossa trilogia. Só tem puto nesse site mesmo. Mais uma gamer girl, pra finalizar bem essa coluna:
Olá pimpolhos. Nosso assunto de hoje é o VÍCIO. Deveríamos ter tratado desse assunto na semana passada, mas como vocês puderam acompanhar, eu estava por demais comovido pela idiotice congênita de Guitar Hero na sua versão DS, e simplesmente não consegui deixar de comentar aquele vídeo promocional do jogo.
Então, para tratar de forma mais eficiente do nosso tema de hoje, vamos começar prestando atenção nestas palavras esclarecedoras, proferidas por um piçiquiatra americano:
“Like other addicts, users experience cravings, urges, withdrawal and tolerance, requiring more and better equipment and software, or more and more hours online… people can lose all track of time or neglect “basic drives,” like eating or sleeping. Relapse rates are high and some people may need psychoactive medications or hospitalization.”
…que eu vou fazer o favor de traduzir pra vocês:
“Assim como no caso de outros viciados, os usuários (de games) sofrem sintomas de abstinência, e venderiam suas próprias mães pra comprar novos jogos, periféricos, consoles ou pagar mais um mês da sua conta de WOW. Existem casos de nego simplesmente ESQUECER da vida e de geral, ignorando inclusive necessidades básicas como cagar, dormir, comer e zoar os mais fracos que você. Mesmo quando nego aparentemente consegue largar do God of War, isso é apenas temporário e o vício acaba voltando de forma PIOR (God of War 2), sendo que em alguns casos você precisa encher o fdp de tranqüilizantes, analgésicos e laxantes. Em casos extremos pode ser necessário amarrar o puto na maca e ficar dando choques na bunda dele até que ele diga que NUNCA MAIS vai jogar Cooking Mama.”
Ok, então, basicamente, o bom doutor está dizendo que vídeo-games podem viciar.
Ah, SÉRIO que jogo vicia? Qual de vocês putos já não sabia disso? Que atire o primeiro joystick aquele que nunca ficou HORAS em cima do mesmo jogo, que já não passou madrugadas no Civilization pulando turnos com a tecla espaço, coletando mais ouro e madeira em Age of Empires pra entupir o canto do cenário de exércitos, fazendo level grinding com seu personagem de World of Warcraft, insistindo em derrotar o último chefe no Super Mario, apesar de nem você nem seu primo conseguirem acertar a hora do pulo e os dois já tão morrendo de fome e praticamente se mijando na frente da televisão mas sair dali sem vencer o Bowser antes seria um atestado de derrota e ninguém quer realmente passar pela fase toda de novo, não é mesmo?
Vício? Fala sério. Todos nós aqui já estamos perdidos.
O problema pra mim não é o Dr. Einstein lá em cima querer provar que vídeo-games são viciantes. Tentar provar isso é uma completa perda de tempo, já que qualquer atividade que te gratifica com freqüência (como os jogos fazem) tem potencial pra viciar. Quando uma coisa é boa/legal/gostosa, você simplesmente não quer parar nunca de fazer aquilo, a não ser que você tenha algo ainda mais legal pra fazer. Exemplo:
O jogo tá bom, mas vou dar um save e desligar o PS2 pra ir no boteco tomar todas e dar risadas com o bando de vagabundos que eu chamo de amigos.
Ou então quando a punição/consequência por continuar fazendo aquilo que você gosta se torna insuportável. Exemplo:
Caguei na calça porque não consigo largar o Donkey Kong. O jogo é legal, mas acho que é hora de parar e dar uma passada no banheiro.
Então voltamos para aquela discussão que eu já introduzi em vocês antes, sobre se pensar no que exatamente é considerado prazeroso ou punitivo por certas pessoas. Se o cara aceita na boa ficar cagado só pra continuar jogando, ou se ele acha pouco atraente a idéia de largar o jogo pra ter interações com seres humanos reais, aí eu concordo com o Dr. Sherlock lá em cima: esse cara tem pobremas.
Porque, afinal, você não deveria estar ok com a idéia de ficar cagado, entende? Não é só a questão da sujeira e do cheiro, mas também o fato de que pode causar assaduras e tal. É uma questão de saúde e gestão financeira. Gastar uma grana com Hipoglós só pra ficar jogando não faz sentido. Mas é claro que se qualquer um de vocês tirar uma partida de Street Fighter comigo, vocês vão precisar de MUITO Hipoglós, já que vocês vão levar tanto no rabo que vão ter que jogar de pé pelo resto da vida.
E, se lhe parece mais interessante continuar movendo esse bando de pixels coloridos na tela do que ter interações REAIS com pessoas é porque você provavelmente não tem amigos que sejam mais interessantes do que uma televisão ligada. Desculpa aí, mas você precisa de novos amigos. Você precisa conhecer pessoas e, talvez, abaixar a calcinha de alguma delas de vez em quando. Mas cuidado, porque travestis também usam calcinhas, ok? Na vida real as pessoas não têm uma tag em cima da cabeça, identificando o seu nome, level e gênero sexual. Mas a idéia é boa.
Olha que FOFO os chapéuzinhos de sims deles! (Get a Life, motherfuckers)
Eu me perdi nas divagações. Vamos concluir: o grande problema da questão é querer identificar o vício em jogos como se fosse um vício NOVO, um sinal dos tempos modernos. NÃO É. O doutor quer incluir o vício em jogo como uma doença nova, mas o próprio DSM-IV (Um Manual da área médica e psicológica, que lista transtornos mentais) que o doutor lá cita na matéria original já inclui o transtorno “Jogo Patológico”, que serve perfeitamente para diagnosticar qualquer tipo de vício. Vício em games é só um TIPO de vício, não algo á parte, demonizado, cria do apocalipse e prova definitiva da degradação dos valores morais. Cara, eu odeio essa propaganda anti vídeo-game que esses putos gostam de fazer. É sempre assim. Se o puto catou uma escopeta e passou GERAL no colégio e ele por acaso jogava Doom, foi culpa do jogo. Não, não tem nada a ver com a questão o fato dele já ser doente desde criancinha, ser zoado e tomar cuecão da galera no colégio todo santo dia, ter um pai ausente, uma mãe viciada em anfetaminas e ter sido enrabado pelo avô dos 8 aos 12 anos. A culpa é do Doom. Foi o Doom que viciou o desgraçado em violência e MANDOU ele passar geral no jogo e na vida real.
Se você é viciado em jogo, você tem um problema. Se você é viciado em álcool, você tem um problema. Se você é viciado em jujubas, você tem um problema. Mas seu problema é VOCÊ MESMO, seu bosta. Pare de culpar os malditos vídeo-games ou as jujubas e vá procurar outras formas de dar sentido á sua vida. Existem milhares de outras coisas interessantes pra se fazer pelo mundo além dessa atividade na qual você escolheu gastar 12 horas do seu dia. E, caso não consiga largar dos games, arranje outra forma de se matar que não seja cair babando na frente do computador por falência múltipla dos órgãos. Os vídeo-games não precisam de mais propaganda negativa do que já têm atualmente. Noob.