Uma questão que ronda a minha mente há muitos, muitos anos é uma de consistência: O quanto valem sua opinião e posicionamento como cidadão frente ao seu trabalho na sociedade?
Já expandindo a pergunta, tem limite entre a pessoa e sua obra? Há a necessidade de separação entre ações particulares e ações públicas? O quanto realmente importa o posicionamento político, econômico e social de uma pessoa, se o trabalho que ela faz, o trampo dela, diretamente vai de encontro aos seus próprios posicionamentos? Dá pra separar trabalho e sociedade?
Em algum momento dos anos 2000, humoristas tornaram-se grandes celebridades. Existem dois grandes marcos feitos por humoristas neste novo milênio, a piada de Rafinha Bastos com a cantora grávida e o surgimento e a consolidação de Marcelo Adnet como O humorista da galerinha. Confesso que sou mais fã do Rafinha do que do Adnet. Primeiro porque o acho mais engraçado e segundo porque o acho mais corajoso. Marcelo Adnet, por mais que tenha cu para fazer uma esquete mais arriscada, quando questionado sobre o limite do humor ou qualquer coisa do gênero, fica em cima do muro, enquanto Rafinha já chega com a Miley Cyrus no colo, derrubando o muro e insultando a mãe do entrevistador. Mas ok, o Adnet ser rebelde na MTV é fácil, quero ver o Adnet ser rebelde na Globo. OK, deixa pra lá.
“…ATÉ AQUI EU VINHA TOLERANDO DEMOCRATICAMENTE O CONTEÚDO DESTE PROGRAMA…”
Agora eu tenho certeza que a Globo está revezando em novela das 9 boa e novela das 9 ruim. Se não bastasse Em Família ser um saco, a novela teve pouquíssima audiência e precisou cortar muitos episódios pra acabar logo com o tormento dos telespectadores, o que a transformou na novela mais mal terminada da história da televisão brasileira, superando até mesmo o final de Salve Jorge. Mas ok, vamos deixar a caganeira de lado e voltemos ao banquete.
Por um instante pensei que fosse a Nanda Costa de turbante, mas depois vi que era apenas a Regina Duarte com um cabelo bizarro.
Então né, tá tendo Copa. Não que seja uma grande surpresa, mas é bom deixar marcado aqui (Mais uma vez) que engajamento político é a puta que pariu. E como todos sabemos, quem está na chuva é pra se molhar, então mergulhemos de vez no maior evento esportivo do mundo e no cu das senhoras suas mães.
Já ocorreu à vocês que, em algum momento do futuro, pode ser que não tenhamos mais a Rede Globo? Pois é, pode acontecer. Claro que há empresas com centenas de anos, mas ei, tudo acaba, cedo ou tarde. E se a Globo acabar lá por 2050? Quero dizer, você estará velho, careca, provavelmente usando fraldas, mas ainda vai estar aqui… E aí?
Eu não sei se isso já foi dito em algum outro texto que escrevi, mas eu moro em Petrópolis e diferentemente do que dizem por aí, não, ela não é uma cidade divertida. Ela mal é uma cidade pra dizer a verdade, mas por incrível que pareça ela tem uma área rural e por mais que a internet chegue aqui, TV por assinatura é uma incógnita completa. Ou talvez as pessoas apenas levem muito a sério o que o Lima Duarte ou o Sérgio Reis dizem. Enfim, eu tenho que passar a mão no toco e agradecer por ter uma antena parabólica com mais de 30 canais.
Se alguém me parasse na rua meses atrás dizendo que viu o futuro da televisão e que a Globo ia colocar no ar séries como O Dentista Mascarado e Pé na Cova, além de correr do maluco, eu não ia acreditar. Sério Globo, WTF? continue lendo »
Vários programas de TV, nada de útil sendo acrescentado a sua vida e mesmo assim você insiste em ser mais inteligente por não assistir BBB. Tá, uma amiga disse que comparar BBB com séries é igual comparar revista de fofoca com livros best sellers. Mas porra, isso tem fundamento? Bom, eu não sei vocês, mas eu assisti a maioria dos BBBs nesses 11 anos de programa e continuo conseguindo ler e escrever. Aí eu não sei se eu que sou especial ou o resto da galera que é burra, porque pelo medo que os intelectuais tem do programa, ele deve causar algum dano irreversível. E antes que vocês venham correndo com a piada, sim, são 11 anos, já que o programa estreou em 2002 e no mesmo ano teve 2 edições.
A televisão aberta é uma parada interessante nos dias de hoje. Ela teoricamente atende todos os tipos de pessoas: Os idiotas, os inteligentes, os analfabetos funcionais, os críticos, etc, etc. Nessa necessidade, as grandes emissoras carecem, portanto, de analisar seu público; elas precisam saber o que colocar no ar, o que vai dar audiência e, mais importante, por que vai dar audiência. Dependendo da conclusão, um grupo pode ser considerado mais importante pros negócios. Vem comigo… continue lendo »
Não se vocês estão lembrados, mas semana passada era Natal, e Ano Novo também. Procede a informação? A questão é que parece que geral esqueceu que acabamos de passar por datas que são (Ou deveriam ser) compartilhadas com a família, que servem pra refletir, despertar algum sentimento bom, essas coisas que a gente aprende quando criança, sabe? Então. E esse descaso, pode-se dizer, com as datas começou com a própria programação de final de ano da nossa querida Rede Globo. Nada contra, eu mesma pouco quis saber dos especiais, mas isso porque eles costumavam ter um significado. Era a época que eu, e acredito que a maioria de vocês, tirava pra se permitir ficar mimimi e reunido na sala vendo um monte de besteirol emocional. Não dá pra fingir que a família brasileira se reúne em frente à televisão pra viver experiências juntas, já que o dia-a-dia não permite que o contato seja maior. E é na frente da tela da TV que a maior parte dos brasileiros se permite sentir e experimentar sensações que serão vivenciadas por tantos outros conhecidos. Uma coisa tipo senso comum, sentimento comum que a gente compartilha nessas datas, sabe? Praticamente um “no final do ano tá liberado ser sentimental e ninguém vai rir de você”.