Uma questão que ronda a minha mente há muitos, muitos anos é uma de consistência: O quanto valem sua opinião e posicionamento como cidadão frente ao seu trabalho na sociedade?
Já expandindo a pergunta, tem limite entre a pessoa e sua obra? Há a necessidade de separação entre ações particulares e ações públicas? O quanto realmente importa o posicionamento político, econômico e social de uma pessoa, se o trabalho que ela faz, o trampo dela, diretamente vai de encontro aos seus próprios posicionamentos? Dá pra separar trabalho e sociedade?
A primeira é o conjunto de regras que dita (Sim, dita) os parâmetros que uma sociedade específica deve seguir. A segunda é a possibilidade de tornar pública qualquer pronunciação (Aqui não em sentido glamouroso – meu deus, que palavra feia!) sobre qualquer assunto. É claro que as duas coisas juntas não funcionam propriamente.
Aí, semana passada eu resolvi assistir pela primeira vez V de Vingança. Sim, eu sou a mina que leva anos pra ser convencida a ver filmes que não despertam a atenção. Mas nada contra, hein? Enfim. Eu dei play no filme, e acabou que eu achei ele muito, muito bom. A violência sanguinária que eu esperava encontrar (E que era o motivo pra eu não querer ver, me julguem) não aconteceu. Mas uma violência moral, sim. Como? Explico.