Semana passada comecei a ouvir o primeiro álbum de uma banda chamada Highway, que veio por acaso com os arquivos passados por um amigo. É hard rock bem cru, provavelmente uma banda que não tinha feito muito sucesso, ou pelo menos em começo de carreira. Bem, como bom usuário da internet, fui pesquisar pra saber mais sobre eles. E qual não foi minha surpresa quando notei que o que eu estava fazendo era praticamente procurar por fotos que provem a existência de marcianos. É. Vem comigo pra entender. continue lendo »
Uma sensação interessante é achar uma banda boa, gostar dela e inclusive ter ciúmes. Você começa a agir com a certeza que ela é sua, por tê-la salvo do ostracismo, e é provável que sinta um incômodo bem lá no fundo dos rins se vir alguém ouvindo. A graça está em perguntar -“Conhece tal banda?” e ouvir um sonoro “não”. Melhor ainda se for um silêncio seguido de -“…não, nunca ouvi falar”. Depois de regozijar no seu profundo conhecimento musical (?) também é uma ótima sensação iluminar aquela mente desafortunada e falar sobre a banda. Aliás, já ouviram falar em Dust? É, foi o que eu pensei. continue lendo »
Em 1964 na cidade de Jacksonville, Flórida, cinco amigos se juntaram e resolveram fazer jams sessions numa barraca no quintal de casa. Eram eles: Bob Burns (Bateria), Gary Rossington (Guitarra), Ronnie Van Zant (Vocal), Allen Collins (Guitarra) e Larry Junstrom (Baixo). O primeiro nome escolhido pelo quinteto foi My Backyard, seguido de vários outros como Noble Five, Wildcats, Sons of Satan, Conqueror Worm, e One Percent. Cada show que faziam, levavam uma a vaia e resolviam mudar o nome da banda. Um dia, Ronnie resolveu anunciar a banda como Lynyrd Skynyrd, um anagrama para Leonard Skinner, treinador da escola que pegava no pé dos caras por eles serem cabeludos. Essa foi a bem humorada maneira que eles encontraram de homenagear o babaca. Por acaso, eles não foram tão vaiados nesse dia e esse foi o nome que ficou.
A nossa visão do que é rock hoje, no mui gracioso ano de 2011, depende basicamente de três décadas. Os anos 50 deram luz ao rock, os anos 60 fizeram ele ir em direção à puberdade e fazer suas primeiras patacoadas, os anos 70… Bem, nos anos 70 ele chegou na adolescência de vez e começou a fazer merda sem parar. Brincadeiras à parte, a primeira década do rock realmente foi inocente. Pros padrões atuais, claro. As duas décadas que se seguiram evoluíram o estilo. Até eu sei que não dava pra ficar parado, em, sei lá, 1959. Já falei – com certa dificuldade – de muita coisa que aconteceu nos anos 60 e agora avanço pra década seguinte. Aproveitem: Foi a última década onde a qualidade ainda teve bastante espaço.
Cara, esqueça tudo o que você sabe sobre música. Esqueça tudo o que eu falo sobre música. Ou seja, INDIE não existe. Confesso que senti uma certa alegria ao dizer essa última frase, mas logo fiquei deprimido: Indie existe sim. Enfim, esqueça tudo isso. Vamos falar de Rock.
O Rock é um estilo musical que tira qualquer um do sério. Qualquer um. Basta escolher as bandas certas, e, acredite, elas são muitas. Porém, você deve esquecer o que foi feito de meados dos anos 90 pra cá, basicamente. Concentre-se nos clássicos. Ouça música. Se for pra não ouvir os sons que eu vou passar, dê o fora. Frango.
AC/DC
For Those About To Rock (We Salute You)
Começando bem, benzendo a coluna com o hino do Rock. Para aqueles que são do Rock, nós saudamos vocês. Talvez você possa ser uma tanguinha fresca que diz “AIN, OLHA ESSA VOZ QI TOUSCA!”, e eu o mandaria direto para a puta que a pariu. A voz casa perfeitamente com o som, e Rock é isso: É empolgação. Você sabe que está ouvindo Rock quando você não se importa com a voz do vocalista. Aliás, melhor: Você sabe que o Rock está em VOCÊ.
Whole Lotta Rosie
Um bocado de Rosie. Exatamente: O som é uma “homenagem” a uma GORDINHA. Sensacional. Dançante. EMPOLGANTE. O AC/DC é conhecido por ter uma carreira com músicas idênticas, porém únicas. Os caras tiveram a manha de fazer, durante anos, o mesmo estilo, mudando pouca coisa em cada música; o suficiente pra cada uma ser uma viagem diferente. A melhor banda de todos os tempos, sem dúvida alguma.
Deep Purple
Burn
Só clássico por aqui, cara. Deep Purple é uma banda e tanto, você devia ouvir mais. Esse som é uma obra prima, convenhamos. Não gosto muito dessa versão, prefiro a gravada em estúdio. De qualquer forma, esse som, enfim, essa banda proporciona uma viagem sonora das melhores.
Black Sabbath
Paranoid
Esse som fez parte da trilha sonora da minha vida, uma vez. Devia fazer da sua, também. Eu considero a época do Black Sabbath com Ozzy a melhor, mas isso vai de cada um; não é isso que vamos discutir aqui. A idéia é provar á vocês que vocês deviam ouvir mais Rock. Então, ouçam. Viagem.
Querem algo mais contemporâneo?
Faith no More
Digging the Grave
Esse nem é o melhor som da banda, mas é mais contemporâneo. É essa a idéia. O som é meio Foo Fighters, aliás, outra boa dica pra você. Mas não é pra ouvir sempre, se é que você me entende. Não considero esses sons como ROCK, mas como “bacanas”. Rock é algo muito forte. MUITO forte. Não é pra qualquer um.
Mais uma que você deve conhecer:
Nirvana
Lithium
Pode pegar a discografia da banda numa boa e ouvir quanto quiser. É uma boa para… iniciantes. Afinal, há muito mais além de Nirvana, que é uma banda que agrada adolescentes, em sua maioria. Em sua maioria. A banda ainda me agrada, mas não deve ser tão louvada como ela é.
Kyuss
Green Machine
Stoner Rock eu sempre recomendei e sempre vou recomendar com todas as forças. E esse som é meu favorito. É simplesmente sensacional. Rock, cara. Você está em outro mundo, em um mundo completamente empolgante e diferente de qualquer coisa que você já tenha visto. É o mundo que você deveria frequentar todos os dias. É o mundo que deveria ser a sua casa.
Dead Kennedys
California Uber Alles
É o mundo onde você goza sem fazer sujeira. É o mundo onde você pega um cd do Dead Kennedys com uma mão, coloca a outra no peito e acompanha as preces de Jello Biafra. É um mundo sem pecado.
Voivod
The Getaway
É o mundo que tem apenas uma regra: Aumentar o som no máximo, porque seus tímpanos estão aí para sangrar ouvindo Voivod, por exemplo. Um mundo em que os vizinhos ficam felizes por você estar escutando música alta. Um mundo onde você pára as pessoas na rua, chama-as para um bate cabeça e elas te trazem cerveja. O mundo em que deus tem uma corrente presa ao bolso de suas calças jeans, e está entre nós. Cantando. Tocando guitarra.
Thin Lizzy
Whiskey in the Jar
O mundo que vê o racismo como algo inexistente, o mundo que tem Thin Lizzy como um de seus deuses. Deuses esses que não fazem questão de religiões. Neste mundo, só há uma crença: Ela se chama empolgação. Ela está no seu peito, ela explode quando o Rock começa. E quem disse que, nesse mundo, o Rock acaba? Você vive uma explosão contínua.
Motörhead
Ace Of Spades
Nunca esteve nesse mundo? Ficou afim? Você devia ouvir mais Rock.