Devoção
Quando Carlos passou a namorar Ana, também passou a entregar a ela o que havia de melhor em si mesmo; em pouco tempo, de tanto que fazia, pelo tempo e pelos pensamentos que direcionava à sua amada, praticamente orbitava em torno dela. Por isso, não é exagero poético dizer que ela era seu Sol. Grande erro. E não se pode pôr toda a culpa sobre os ombros de Carlos por desconhecer certos atributos da alma humana e, em particular, da alma feminina. Não que ele não tenha culpa, ele tem. Só que pessoas não vêm com manuais de instruções – o que seria especialmente útil com as mulheres. Agora, devemos perguntar: Qual afinal é essa culpa que Carlos inadivertidamente e em parte carrega? Em que grande erro poderia incorrer uma criatura que faz de seu amor “sua vida, a comida, a bedida”, como diz um velho samba? continue lendo »