A partir de hoje começo um especial sobre os clássicos do horror no cinema. Falarei sobre Lobisomens, Aliens, Crepúsculo, Vampiros, Múmias, Zumbis e outros seres que habitam nossa imaginação. Para dar início ao assunto, resolvi escolher o nicho mais cinematográfico dentre todos os pertencentes dessa rica mitologia: Os Slashers – assassinos, geralmente fantasiados, matando pessoas aleatoriamente das mais diversas formas para a satisfação dos adolescentes do público. Como esse tipo de filme tem um público pequeno, porém fiel, os produtores geralmente trabalham com baixíssimos orçamentos, resultando (Porém não sendo desculpa) em roteiro, direção e atuações fraquíssimas – beirando ao cômico. Engana-se porém, quem pensa que essa “quase indústria a parte” não atinge (Ou atingiu) o mainstream. E são sobre aqueles que conseguiram, que eu vou falar hoje. continue lendo »
Um casal (interpretado Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg) devastado pela morte de seu único filho se muda para uma cabana isolada na floresta Éden, onde coisas estranhas e obscuras começam a acontecer.
A mulher é uma intelectual escritora que não consegue se livrar do sentimento de culpa pela morte do filho, e ele, um psicanalista, tenta exercer seu meio de trabalho para ajudar a esposa.
Antes de mais nada: Filme pra maior de dezoito anos. Com razão. Sabe porque? A primeira cena mostra o casal principal [E únicos atores que tem seus nomes nos créditos/não são figurantes] trepando. Fodendo. Metendo. No sentido mais literal da palavra. Inclusive, tem um close de um saco, em determinado momento. E por mais que seja um close curto, é um close. De um saco. Velho e enrugado. Balançando pra lá e pra cá. Em câmera lenta.
A vida da ambiciosa Christine Brown vai bem até que uma misteriosa senhora aparece no banco em que ela trabalha para implorar por uma extensão do empréstimo de sua casa. Quando Christine nega o pedido e despeja a idosa, ela lança a maldição da Lâmia sobre a jovem, transformando sua vida em um pesadelo. Assombrada por um espírito maligno e desacreditada por um namorado cético, Christine recorre ao vidente Rham Jas para salvar sua alma da condenação eterna. O médium a coloca em um caminho frenético para reverter o feitiço e a leva à única mulher que pode ajudá-la, a vidente Shaun San Dena. Enquanto as forças do mal ganham terreno, Christine precisa encarar o impensável: até onde ela irá para se livrar da maldição?continue lendo »
Quando um dos filhos do casal Campbell é diagnosticado com câncer toda a família tem que mudar para uma casa mais perto da clinica onde Matt fará seu tratamento. Á medida que o tempo passa o comportamento do rapaz muda radicalmente e todos passam a presenciar várias atividades paranormais na casa. Pesquisando o passado dos moradores da casa eles descobrem que a casa foi um centro de pesquisas que procurava muito mais que contatos com espíritos. Agora sob constante opressão eles terão que responder a pergunta: – por que eles ainda estão entre nós? Baseado em uma história real este filme nos levará a acreditar no inacreditável!continue lendo »
A repórter de TV Angela Vidal e seu câmera são designados á passar o turno da noite num Corpo de Bombeiros de Los Angeles. Uma chamada de emergência de rotina os leva a um pequeno prédio de apartamentos onde eles encontram policiais atendendo a um chamado a respeito de gritos horripilantes em um dos apartamentos. Eles logo descobrem que uma mulher morando no prédio foi infectada por algo desconhecido. Após alguns dos residentes serem ferozmente atacados, eles tentam escapar com a equipe do noticiário, mas descobrem que o Centro de Controle de Doenças colocou o prédio sob quarentena. O acesso à telefones, internet, televisores e celulares foram cortados e os oficiais responsáveis não informam nada àqueles que estão do lado de dentro. Quando a quarentena finalmente é suspensa, a única evidência do que aconteceu ali é a fita da equipe do noticiário.continue lendo »
Olha só: fazia MESES que eu não botava um filme novo nessa seção, desde “El Orfanato” . Sabem por que isso acontece? Porque só tem filme de bosta por aí.
Sério, meu. Semana passada eu tava vendo o novo Indiana Jones e dormi na primeira cena de briga. Filme chato da porra. Eu simplesmente não tenho mais saco pra esses filmes com cena de carro batendo, perseguição de carro, carro voando, carro mergulhando ou carro virando nave espacial. Coisa chata do carái.
Devido à minha falta de paciência, acabo me envolvendo mais com filmes fora do esquemão hollywoodiano. Não que eu eu só goste de filmes alternativos, longe disso. Aliás, o especialista em cinema europeu aqui é o Pizurk, o Estagiário especialmente enviado para todos os filmes cabeça que o théo não quer assistir.
Portanto, é com extrema satisfação que após este hiato de meses, hoje trago a vocês:
[Rec] (2007)
Cara, eu simplesmente amo a sensação de pegar um filme completamente sem expectativas e ser surpreendido por ele. [Rec] é um filme que começa devagar, parecendo mais uma bostinha na linha de Cloverfield, com aquele lance de fazer o filme com uma câmera só e sempre do ponto de vista de quem está filmando. E dá-lhe correria pra tudo que é lado.
Essa moda toda começou com a Bruxa de Blair (lembram?), que foi totalmente emocionante na época. Lógico que, pra variar, o hype matou o filme. Mas como já faz ANOS que eu não assisto trailer de filme me salvei e pude assistir a parada de forma neutra, me divertindo pra cacete com o negócio dos adolescentes perdidos na floresta.
Desde a Bruxa de Blair, essa fórmula de filme em primeira pessoa foi aperfeiçoada e acho que agora estamos num ponto estável, onde os filmes são feitos sem pretensão e deixando espaço para o lado mais criativo dos diretores. Isso gera experiências interessantes ocasionalmente, principalmente nos gêneros “suspense” e “horror”.
A maior qualidade de [Rec] é o seu ritmo. Ao invés de virar tudo de cabeça pra baixo DO NADA, o filme vai se construindo devagarinho, com a história passando do tédio total inicial (totalmente intencional) até te levar a se encolher na poltrona com o final. Normalmente os filmes vão me dando sono conforme vão se aproximando do fim. Com [Rec] aconteceu o contrário: comecei a assistir numa madrugada aí, pensando em só assistir o começo e ir dormir pra ver o resto no outro dia. Foi impossível parar depois dos primeiros 20 minutos.
“Meu, a gente vaisifudê nesse filme. Filma tudo aí, vlw.”
Também contribui muito a simplicidade do ambiente onde foi filmado; tudo se passa em dois ou três andares de um prédio pequeno, onde só mora gente boçal. Como os cenários se repetem com frequência é muito fácil acreditar e entrar no clima do filme, e você começa a se sentir parte daquele ambiente.
E eu realmente espero que você consiga “se entregar” para o filme, porque essa imersão é justamente o que vai te dar a maior diversão na sequência final. Os caras abusam do maior clichê do mundo para filmes de horror: sequências com luz apagada, onde os protagonistas precisam fugir da porra do lugar sem ver pra onde estão indo. Mas, puta merda, em [Rec] isso funciona que é uma maravilha.
Ah sim, vou dar um spoilerzinho final pra convencê-los a assistir [Rec]:
Boo!
É FILME DE ZUMBI, MANO!!
Não preciso dizer mais nada.
(Aviso aos desavisados: aparentemente [Rec] foi refilmado para o mercado americano como “Quarantine”. Não sejam otários e corram atrás do filme certo.)
Stephen King.
Só esse nome já lhe causa arrepios e faz suas bolas ficarem do tamanho de ervilhas. Autor consagrado como o McDonalds da literatura (é lixo puro sem nenhum conteúdo saudável, porém delicioso e irresistível) e autor de clássicos do terror, como O Iluminado, Carrie – A Estranha, Christine, Cujo e Cemitério Maldito, cujas adaptações para o cinema preenchiam minhas tardes pré-adolescentes ao assistir o Cine Trash da Band.
Ele não é genial, ele não é subjetivo, ele não é lírico, ele não é um artista das palavras, mas vai saber narrar gostoso assim lá na PQP. Eu sou uma leitora cujos olhos brilham para clássicos como Madame Bovary, O Vermelho e o Negro e A Divina Comédia, mas eu seria hipócrita se não admitisse que devoro todos os livros do King que caem em minhas mãos.
Como eu disse, você NUNCA vai encontrar um escritor com uma habilidade narrativa tão afiada como a dele. Não é reflexivo, nem crítico e muito menos bonito, mas acredite: você vai curtir. Eu não poderia escolher outro autor para resenhar nessa sexta-feira 13.
Tendo confessado meu affair com Mr. King, posso começar a falar sobre Desespero sem parecer uma admiradora sem cérebro. Aliás, antes de começar a resenhar o livro em si, quero dizer que existe uma adaptação cinematográfica desta obra. Quer uma dica? Não assista. Os livros do Stephen King são uma uva se lidos e uma merda se assistidos. As excessões disso são á Espera de Um Milagre; que não é uma estória de horror, apesar de um forte elemento sobrenatural na trama e 1408, adaptação muito bem feita de um conto. Cemitério Maldito e Carrie (os filmes) eu adoro de paixão mas não são bons, eu é que sou trash.
Enfim, vamos ao Desespero:
Xerife:Você tem o direito de permanecer calado. Qualquer coisa que você disser poderá ser usada contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Eu vou matar vocês. Se você não puder pagar um advogado, um defensor lhe será indicado. Você compreende seus direitos?
(Foi nessa parte do livro, bem no comecinho da narrativa, que os cabelinhos do meu braço se arrepiaram pela primeira vez. Eu também não entendi, só sei que gostei demais da sutil mensagem camuflada na Lei Miranda).
Desespero é uma pequena e abandonada cidade em Nevada, para onde um grupo de pessoas aleatórias – um escritor de meia-idade rebelde, uma família de pai, mãe e dois filhos pequenos, um casal moderninho de Nova Iorque etc. – são levadas após serem paradas na estrada pelo xerife Collie Entragian. Existem uns três personagens fortemente carismáticos nesse livro, o que acaba se tornando um dos grandes trunfos da obra. Dá até dó de saber que eles possivelmente morrerão (eu disse possivelmente). Maldito King sádico e sem coração!
Os viajantes logo percebem o comportamento bizarro e esquisito do xerife. O detalhe sórdido é que a cidade está literalmente abandonada porque o xerife Entragian… ah, não, não dá. Não vou contar a trama para vocês, vai estragar grande parte do prazer de acompanhar a narrativa. Só sei que tudo converge para uma apocalíptica batalha entre o bem e o mal, que falando assim parece tosca e nonsense, mas vale muito á pena você ver como as coisas caminham para esse rumo.
Essa é uma obra que contém imagens perturbadoras, do tipo que chegaram a invadir meus sonhos. Acredite se quiser: enquanto eu lia esse livro, tive dois pesadelos pavorosos envolvendo um ou mais elementos da trama. A minha sorte é que eu gosto de pesadelos e ok, admito que sou uma pessoa facilmente impressionável.
Stephen King é perito em descrever cenas, sentimentos, sensações e reações, geralmente ignorando a minha avidez pelos próximos movimentos das personagens, causando assim sensações fortes no leitor (inclusive fazendo meu braço arrepiar mais de uma vez). O livro peca, como toda obra de King, por parecer meio estúpido se descontextualizado e analisado á luz da lógica. Mas eu te garanto longas horas de prazer com Desespero. Uau, que frase sádica mais sexy…
Enfim, recomendo que você se arme com seus colhões e vá ler esse livro AGORA.
Desespero
Desperation Ano de Edição: 1996 Autor: Stephen King Número de Páginas: 540 Editora: Objetiva