Qualquer um que goste de livros adora comprar livros, isso é fato. Não tem como resistir ao doce aroma de um livro que nunca foi aberto, mas na hora de comprar, o que é melhor? Comprar numa livraria é mais garantido que comprar via internet? Esse post não vai resolver a questão, mas leia mesmo assim. continue lendo »
Seguinte, quando você conhece uma pessoa por algum tempo (Ou pouco tempo… depende do quanto a pessoa fala), você pode dizer do que a pessoa gosta, o que ela come, o que ouve e o que pensa sobre um monte de coisa. É natural portanto que quando sabemos o gosto literário de alguém nosso conhecimento em relação à pessoa cresce muito. Ou não… continue lendo »
Estava andando por um shopping aqui em Curitiba quando me deparo com uma barraquinha de mágicas bem no meio do lugar. Curioso como sou, parei para dar uma olhada naquelas coisas que eu nunca conseguiria fazer. Um dos balconistas/atendentes/seja lá o que for estava fazendo uma mágica simples, que consistia em fazer uma bolinha sumir de suas mãos ao passar a outra mão por cima. Vi umas 5 ou 6 vezes, tentando entender como que era feito, mas nada de conseguir entender. Já desistindo de olhar aquilo, vou embora e pego a escada rolante que seguia por trás da barraquinha, onde vejo o real segredo, o momento em que o truque é feito, onde realmente a mágica acontece.
E por que contei isso que, à primeira vista, parece não ter nenhum sentido? A sensação de ter descoberto o que acontecia de verdade, a verdadeira mágica, o que estava sendo escondido me fez lembrar de algumas coisas relacionadas à literatura. Se bem que tudo me faz lembrar de algum livro, mas isso é outra coisa.
A coisa que mais ficou na minha cabeça foi aquele momento em que você realmente conhece a cara de seu autor preferido. Muito tempo antes de autores terem suas fotos colocadas nas orelhas dos livros, aliás, muito tempo antes de existirem orelhas em livros, ver a face de quem escrevia seus livros preferidos era algo muito difícil. Sem internet, com acesso a quase nada que pudesse ajudar na pesquisa, isso normalmente ficava só na imaginação dos leitores. Mas estou falando como um velho, que coisa.
Hoje em dia, saber quem escreve aqueles livros que você paga um pau está só ao alcance de uma busca no google. Ainda me lembro muito tempo atrás, quando tinha lido alguns livros de Stephen King e fiquei a imaginar como poderia ser o autor. A imagem que eu havia criado na cabeça era algo como um cara estranho, com olheiras, corcunda cabelo comprido e uma cara que seria impossível de se marcar por muito tempo. Pois é, quando realmente vi a foto dele, fiquei triste e feliz ao mesmo tempo de saber que uma pessoa como eu imaginava não existia.
“As pessoas ficam desapontadas com minha aparência. Dizem:’Você não é um monstro'”.
E tenho que concordar com essa frase.
Outro que me impressionou muito, pelo fato de que ele consegue ser a verdadeira imagem de seus personagens, foi o autor de On the road, Jack Kerouac:
“Se a moderação é um defeito, a indiferença é um crime”
Podem dizer que os escritos dele são realmente inspirados no que acontecia com ele e tudo o mais, mas nem ligo, isso só faz aumentar ainda mais a imagem que tenho dele e de seus personagens.
Mas é claro, não são só autores que me fazem ficar imaginando como eles seriam. Já na época das orelhas dos livros, comprei o livro 100 Escovadas antes de ir para a cama, que tinha numa de suas abas laterais a foto da autora, coisa essa que eu achei muito foda, ainda mais quando terminei de ler o livro, que alguns acham um lixo e outros algo bom, mas o que não é assim?
A foto em questão era a seguinte:
Acho que foi por aí que comecei a realmente ter uma tara por italianas, mas novamente isso é outra coisa. Bom, não há nada mais que eu possa falar sobre ela, até porque nem precisa. Em todo caso, vou deixar mais uma imagem dela só pra… sei lá, não precisa de motivo.
Existem muitos outros autores que me fizeram ficar pensando em como eles seriam, mas a galeria é muito grande, vou deixar só esses três aí pra dar exemplo. Não precisa de mais do que isso, não é?
Algumas semanas atrás eu fui a uma livraria com uma amiga e estávamos lá, olhando os livros, quando ela me chama a atenção pra um detalhe que eu nunca tinha percebido, mas que ali, naquele momento, foi o equivalente a jogar uma lista telefônica na minha cara, porque eu nunca tinha me atentado para esse fato. Olhando a capa de alguns livros de autores lado a lado, dava para perceber algumas semelhanças entre elas, algo que identificava quem era o autor do livro mesmo que de forma remota, algo quase subliminar. Os livros em questão eram os de Markus Zusak, aqueles que alguns de vocês já devem estar cansados de ouvir falar, mas que mesmo assim, tenho que admitir, valem a pena ser lidos.
Mas sem falar da história deles, vamos às capas de uma vez. Primeiro, vamos ao A Menina que Roubava Livros, com sua capa com uma imagem muito das estranhas:
Guarda-chuva vermelho, legal…
É uma bela capa, incomum, e que chama a atenção em uma livraria por algum motivo desconhecido. Mas agora que já coloquei essa capa, vamos agora a segunda imagem, a do livro Eu sou o Mensageiro:
me lembra um guardanapo
Olhou? Tá, até aquele momento, a única coisa que poderia se assemelhar nos dois livros era apenas o autor, mas ao colocar os dois lado a lado dá pra perceber muitas semelhanças entre eles, como a cor predominante da capa, a maneira que a diagramação da fonte é colocada, a mesma fonte em ambos os livros, essas coisas. Deixo bem claro que o conteúdo deles não é o que está em discussão aqui, não adiantaria nada, no fim das contas.
Para aquelas pessoas que quase nunca se lembram o nome dos autores dos livros, essa é uma boa maneira de saber que aquele outro volume pode ter sido escrito pelo mesmo autor. Tá certo que isso não é algo que se percebe assim tão facilmente, mas esse exemplo que usei é algo que foi realmente difícil de se perceber. E já que fiz uma coisa que nunca faço, que é usar imagens, vou colocar mais duas capas para tentar ilustrar melhor o que quero falar. Acredito que esses são mais visíveis, nem sei porque não os usei primeiro, mas agora já foi. O exemplo seguinte é a capa do O caçador de Pipas:
A pipa do vovô não sobe mais…
Sem comentar sobre essa capa, vou passar direto para a próxima a ser comparada, o A cidade do sol:
Horizonte…
Mais fácil, não é? Esses dois livros escritos por Khaled Housseini têm as capas semelhantes também, algo que pode ser mais notado porque elas tem ao menos cores iguais, tendo como o principal na foto delas o céu, com algum elemento que desvia a atenção do título. A fonte pra variar, é a mesma nos dois títulos, o que me faz lembrar que a fonte de capas é sempre a mesma, como se fosse um padrão usar aquela ali, a fonte que não sei o nome.
Bom, sendo pra ajudar ou não, essas semelhanças estão ali, prontas para serem percebidas por algum leitor atento e desocupado o suficiente para tal atividade. Termino por aqui e qualquer semelhança é proposital…