Eu estava nesse momento fazendo uma resenha sobre o álbum Know Your Exit, da minha nova banda favorita Vivian Darkbloom, lançado em 2012. Mas eu precisei parar e transformar em um CDS. Não porque é mais fácil, ou curto, mas porque a proposta da música homônima é MUITO FODA e precisava de uma atenção especial. Então prestem atenção aqui, tá?
O grupo, que já tinha um material instrumental prévio, se reuniu com pessoas de todo o mundo para finalizar o trabalho. No vídeo (Que não é exatamente um clipe), eles mostram como aproveitaram as contribuições dos fãs em seu processo criativo. No website, eles explicam que, para participar, não era necessária qualquer experiência musical. Bastava enviar algumas gravações — com falas, cantos, palmas, o que fosse — ou participar através do Twitter com depoimentos. A partir daí compuseram, de fato, letra e música. Pelo resultado vemos que, se faltava expertise musical, havia muito coração. continue lendo »
Há 10 anos, Honest Mistake, da banda norte-americana The Bravery, tocava em rigorosamente todas as pistas alternativas do Rio de Janeiro. Não é fanfic indie, é a mais pura verdade. Eu ainda era menor de idade, mas eu vi! Estava lá e foi lindo.
Relembrei essa pérola na reprodução automática do You Tube, entre um sucesso do The Ataris e outro do Queens of The Stone Age, que não têm muito a ver entre si, mas quem liga? Se o som é bom, a gente não questiona. É cabeça pra um lado e corpinho pro outro, mores! continue lendo »
A gente está acostumado a ver (E ouvir) infinitos cantores e grupos musicais fazendo mil versões de músicas, adaptações, apropriações, etc, etc, etc. Vide toda a carreira de Sandy e Junior (Imortal, Em Cada Sonho, No Fundo do Coração, Tô Ligado em Você e vou parar por aqui, porque quero terminar esse texto hoje), e nosso querido Latino, né? Mas nada disso é ilegal, imoral e não engorda (?), já que tudo é feito com permissão e devidas autorizações. Não se questiona a falta de criatividade, e sim a legalidade da coisa. E tá tudo ok.
O que não tá ok foi o que o cantor belga (Eu disse BELGA, não brega) Gotye fez. Sabe quem é Gotye?
Uma das bandas que mais me influenciaram quando resolvi tentar ser músico (E não consegui, claro) foi o Sonic Youth. As guitarras desencontradas, as afinações excêntricas e sem noção, a microfonia, o noise, ali tinha tudo que um bom (E um péssimo) guitarrista deveria saber. Veja aqui comentada disco a disco a discografia desta banda, que vai deixar saudades, seja pela originalidade ou pelas músicas inesquecíveis.
Algumas bandas surgem por acidente, ou como as pessoas dizem: “Era o destino”. O MGMT (Abreviação do antigo nome, The Management) foi formado em 2005 por Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden, dois amigos que dividiam um apê no bairro do Brooklyn em Nova York. Pelo que eles mesmos contam, os dois não estavam tentando montar uma banda, estavam apenas curtindo um som e tentando mostrar um ao outro como deveriam ser as músicas tocadas na época. Eles gravaram o primeiro disco por causa dos apelos de amigos, que escutavam as composições dos dois e imploravam para ter em mãos um disco. Logo surgiu o EP Time to Pretend, e eles sairam em turnê como banda de abertura da banda indie Of Montreal (Que apesar do nome não é canadense).
Hardcore Will Never Die, But You Will, sétimo disco do fodástico grupo instrumental escocês Mogwai, foi lançado a algum tempo, mas só agora vem chamando a atenção. Mogwai é o tipo de banda post-rock instrumental que, diferente das que fazem um som parecido com o deles (Como Sigur Rós, Mono, God is an Astrounaut e Godspeed You! Black Emperor), aposta para o lado divertido da coisa, colocando nomes curiosos nas faixas e no título do álbum.
Após 7 anos sem lançar um álbum próprio (O último foi um B-Sides & Rarities em 2007, que levou esse mesmo nome), o novo disco do Cake (Freqüentemente escrito CAKE, em maiúsculas) vazou. A banda que é mais lembrada pela versão folk divertida da música I Will Survive (Garanto que você já ouviu essa e se perguntou: Quem diabos está cantando?) e por músicas incríveis como Never There e Short Skirt/Long Jacket. Depois de regravar também a ótima Perhaps, Perhaps da Doris Day, eles atacaram com um cover inteligentíssimo do Frank Sinatra (No disco anterior tinham mandado muito bem com uma música em homenagem a Voz). No disco B Sides & Rarities já tinham outros covers, como War Pigs, do Black Sabbath e Never Gonna Give You Up, do Barry White, então vê-los dando um passinho a frente com novas músicas é sempre bom.
Eu faço parte do clube que fala que toda banda nasce indie. Afinal, ninguém pluga a guitarra no amplificador e ganha um patrocínio assim, de uma hora pra outra. Algumas bandas nem patrocínio conseguem, e não deixam de ser indies. Se bem que isso é um pouco impossível. Se a MTV exibiu um show, certa vez, aquilo conta como patrocínio. E, na realidade, eu não tenho nada contra bandas indies. Existem bandas indies boas e bandas indies ruins, assim como em cada um dos ramos da árvre do rock. Não me perguntem das boas, que eu conheço bem poucas. Mas as que eu conheço valem a pena. O foda é que todo vocalista de banda indie parece ter aids combinado com o gene da Olívia Palito. Até os negos que passam fome na África têm mais o que comer do que eles.
Nao tenho nada contra bandas indies. Agora, indies são um saco. Eles nem têm banda, na maioria das vezes, mas pagam pau pra tudo que vem dos EUA e UK. Inclusive, eles são poliglotas. Eles misturam o português e inglês na mesma frase por pensarem que isso adiciona algum valor à merda que tão falando. Usam o Flickr direto, comentando sobre iluminação, foco e composição nas fotos alheias, sem ao menos saberem o que isso é. Se você não gostar das bandas que eles chupam, aí eles ficam putinhos. Bandas indies são independentes. Indies são DEPENDENTES – do pai, mãe e da vontade de assumirem um gosto superior aos demais. Criados a leite com pêra, não aguentam cinco minutos de porrada comigo. continue lendo »
Não mudei de seção, até mesmo porque não tenho muita competência para escrever sobre música. Afinal, meu gosto musical não é dos melhores. Mas, devido a minha constante paixão por essa banda, e de te tanto encher a paciência do Pizurk, num certo dia, ele me lança a frase: “Porque você não para de falar e escreve um texto sobre Love of Lesbian logo?” Ai, pensei, estou de férias, sem nada de muito útil para fazer, porque não? E antes que alguém faça aquela piadinha, não, não são lésbicas que tocam, ok? continue lendo »
Uma coisa que sempre me atormentou – e com certeza a vocês também – é a indefinição dos estilos, pós-fatídicadécadadedoismil. Antes, era tudo mais fácil. Aquele cara de jaqueta? É punk ou rocker! Aquele cheio de acessórios que acendem no escuro? É um clubber, na certa. E o sujeito de cabelo sujo e camisa de flanela? Deve ser um grunge, ué. continue lendo »