Muito bem, hoje farei mais um daqueles lances que já fiz antes com outros jogos indie. Lembram do Jogo mais depressivo do mundo? Ok, então cês já sabem como funciona; PRIMEIRO vocês baixam e jogam o joguim, e DEPOIS, pra não estragar o impacto do jogo, vocês lêem as minhas impressões sobre o mesmo.
A bola da vez é EDMUND (clica aqui pra baixar), um jogo com uma história linear, mas com um tema não muito comum nos games. Leia meus comentários sobre o jogo depois da figura. E só pra lembrar de novo: NÃO jogue se você é um imbecil ou não possui um mínimo de flexibilidade mental para ver significados além das imagens e pixels que pululam na sua cara.
Ah sim, pra te ajudar: os comandos são as teclas do direcional e as teclas Z e X.
Até bem pouco tempo atrás, de “Indie” eu só tinha ouvido falar da música e mesmo assim sem entender muito bem o que era.
Indie made in Brazil
Segundo o Wikipedia, o termo Indie é uma abreviação (no diminutivo) de independent que se aplica na indústria de artes e performance, para os músicos, produtores e artistas que ainda não tem contratos de press and distribution e lançam os seus projetos independentemente.
E eu que pensava que era um estilo próprio. Vivendo e aprendendo.
WhoMadeWho acha que sim.
Com baixos funkeados, riffs dançantes e repetitivos, e o melhor da bateria pra você se mexer na pista, o trio dinamarquês vem fazendo uma empolgante e bem-feita mistura.
Não sei dizer se poucos ou muitos se importam por rótulos musicais. Eu os considero algo “normal”, até, não costumo dar PITI quando uma banda de Reggae é chamada de “banda de Rock”, por exemplo. E você? Enfim, vou comentar três rótulos. Começando pelo pior.
INDIE
Cara, todo mundo sabe que “Indie” é a definição para “Banda Independente”. Indie não é um estilo musical. Porém, agora todo mundo acha que Indie é Rock Alternativo; então, quem sou eu pra discordar? Eu quero que esses caras se matem, mesmo. Mas enfim, isso é bem óbvio, mas as pessoas interpretam a palavra “Indie” de outra forma. Talvez cada um interprete de uma forma. Eu interpreto como um insulto, por exemplo. Mas é apenas a definição (ou, na pior das hipóteses, uma GÍRIA) de “independente”. Hoje em dia é definição de mau gosto, mas quem liga? Enfim, isso existe desde 1980, por isso eu digo “hoje em dia”. Astronautas é uma banda Indie, cara. E os caras são sensacionais.
Não é estilo musical. Se fosse, essa banda do CARÍI seria tão ruim quanto… isso:
POP
Taí outra coisa óbvia: Pop vem de “Popular”. Uma vez eu tive que ouvir que Pop vem de “explosão”. “POP!”, manja? Vão explodir no inferno. Enfim, pop não é (só) isso:
[imagine aqui um vídeo do Back Street Boys]
Mas é isso também:
O Pop é o oposto do Indie, tendo em vista que o Indie é… underground. Compare Astronautas com Foo Fighters, em termos de fãs espalhados pelo mundo. 1 a cada 500 fãs de Foo Fighters, por exemplo, vai saber quem DIABOS é Astronautas. E todos os fãs de Astronautas sabem quem é Foo Fighters.
Essas explicações são tão óbvias que eu fico até com vergonha de publicar essa coluna. Então, vamos complicar as coisas.
GRUNGE
Grunge nunca foi e nunca será um estilo musical, assim como os dois citados acima. O Grunge, em tese, é um aglomerado de bandas de Punk, Hardcore, Stoner e Metal Alternativo. O Grunge e o Indie caminhavam lado a lado, mas o Grunge se tornou bem sucedido comercialmente. Você vê muitas bandas undergrounds nesse gênero, mas também vê bandas que explodiram. Pearl Jam (Rock Alternativo) e Nirvana (Metal Alternativo) são exemplos disso. E, matando a pau: Se Grunge é um estilo musical, como pode ter duas bandas tão distintas assim?
É claro que o Grunge marca um “padrão”: Música crua e, muitas vezes, gritada. Letras depressivas. Isso define o Grunge, e até mesmo a maneira de se vestir (o lado superficial, pelo menos pra mim). Grunge é um movimento que carrega diversos gêneros musicais; ao contrário do Punk, que carrega bandas… Punk. Simples. É certo você falar “banda Grunge”, mas é errado falar “bandas que tocam Grunge”.
Inclusive, vocês deviam ouvir mais bandas Grunge. Alice in Chains (Metal Alternativo), Would:
Então, já faz um certo tempinho que o século 21 começou, mas isso é outra história. Não, não vou comentar ano por ano, pro seu desespero. Vou apenas citar algumas coisas de certa… relevância. Ou seja, você não vai achar nada que preste por aqui, vai embora.
1 + 1 = ISSO Só PODE DAR ERRADO.
O século não começou nada bem pro Rock, tendo em vista que a maioria (pra não dizer todas) das bandas que marcaram o estilo já não existiam mais. E, as que existiam, mudaram a formação, o estilo, a sexualidade, enfim. Com o passar dos anos, algumas surpresas, como a junção de Chris Cornel com a banda Rage Against The Machine, sem o vocalista, formando a banda Audioslave – que na época prometia. Convenhamos, o primeiro álbum da banda até surpreendeu, trazendo um som relativamente diferente do que ambas as bandas faziam. E não parou por aí: O vocalista da banda Stone Temple Pilots se juntou á Slash e cia, formando a banda Velvet Revolver, fazendo uma sonzeira do caraleo. Época de renovações no Rock, eu diria que todo mundo meio que se perdeu no meio da bagunça que a MTV ajudou a criar.
FRACASSOS.
Falando em MTV, o New Metal foi o estilo musical mais deprimente da história, se falando em rock. Não pelo som em si, mas por muitas bandas que quebraram a cara com isso. Quem não lembra da “parceria” entre Limp Bizkit e Metallica? As bandas queriam REVOLUCIONAR, ou algo do tipo. Quando Fred Durst, vocalista do Limp Bizkit, viu que os caras do Metallica estavam gravando seus novos sons sem solos, decidiu tirar todos os solos que se encontravam nas músicas do novo álbum de sua banda, que já estava pronto. A parceria não era bem pra revolucionar. “Nosso novo disco está MUITO PESADO!” – Era o que Fred Durst vivia dizendo. No fim, só uma faixa do álbum inteiro era realmente pesada. E, como assim, não era pra revolucionar? Metallica e Limp Bizkit quiseram ver quem fazia o pior álbum, e o Metallica só perdeu porque eles são bons até quando fazem merda. E Linkin Park com Jay-Z?
ESPERANÇAS, E NÃO ESTAMOS FALANDO DAS NOVELAS DA GLOBO.
The Strokes, The Darkness, Kings Of Leon… cresciam bandas promissoras, que receberam o clássico apoio da mídia, que lança a banda pra todo mundo ouvir até enjoar e depois nunca mais toca no assunto. Mas, é claro, Strokes continuou forte, mas perdeu pelo menos metade da força com seu último álbum, inovando. Não se pode inovar quando se está na mídia. E outra, The Hives voltando pra deixar todo mundo no chinelo, e anunciando o fim da banda após o lançamendo do… terceiro álbum. Mais tarde – leia HOJE -, os caras deixam de lado a idéia e começam a gravar um álbum novo, como se nada tivesse acontecido. Mas aconteceu sim, o Rock está uma porcaria e seria INJUSTO se vocês terminassem agora.
UMA NOVA HISTóRIA, RECOMEÇOS E VELHAS HISTóRIAS.
Por falar em bandas voltando, pra não enterrar o Rock de vez, a banda Queens Of The Stone Age chamou Dave Grohl pra lançar o álbum que entrou pra história: Songs For The Deaf. Um dos mais elogiados por quem entende do assunto. E, por falar em Dave Grohl, Foo Fighters não parou e se manteve sempre na linha, mantendo o respeito e o bom som de sempre. E dia 25 de Setembro os caras lançam seu álbum novo, que promete trazer “peso”, se é que você me entende. Dave Grohl já mostrou que sabe o que é peso quando juntou alguns metaleiros pra lançar a banda Probot, outra bem elogiada, mas que poderia ter se saído melhor. Mas essas bandas nunca pararam, assim como Ozzy Osbourne, que lançou uma OBRA PRIMA nesse ano, ainda preciso ouvir o álbum novo desse cara. Quem voltou mesmo foi o Smashing Pumpkins, trazendo um single sensacional e um álbum digno de voltar pra ficar. Outra que tá voltando é o Alice in Chains, agora sem o vocalista, claro – O cara morreu, né. Será que essa volta vai ser boa? Não seria bem uma volta, os caras se uniram umas vezes pra fazer uns shows, mas nunca mais gravaram um álbum. Agora vão. Outra boa foi a gravação do Acústico MTV Ultraje a Rigor. Os caras derrubaram essa de que a MTV estraga as bandas, fazendo um acústico sensacional e que até hoje eu não me conformo de ter conseguido colocar meu nome na lista do povo que iria assistir ás gravações e não ter ido.
ASSUNTOS QUE NÃO DEVERIAM SER DISCUTIDOS.
Guns n’ Roses voltou depois de um bom tempo, trazendo um som… fraco, provando que o Slash carregava a banda. Sandy & Junior gravaram um acústico para celebrar o fim da dupla, e eu só citei isso aqui porque ninguém vai ler um parágrafo que comece com Guns n’ Roses. Aproveitando isso, vamos falar de uma cena que cresceu muito nesses tempos: Indie. Strokes e Franz Ferdinand, a princípio, eram as bandas que todo mundo gostava. Depois foram surgindo Arctic Monkeys, The Killers, Magic Numbers, Kaiser Chiefs, enfim, uma enorme quantidade de bandas que seguiam o padrão “New Rock”. O Indie acabou virando também um estilo musical pra muitos, mas isso é um fato para ser ignorado. Considerados os salvadores do Rock, considero as bandas Indie a prova que o Rock já não tem mais salvação.
POLÊMICA.
Outra coisa que podemos comparar ao New Metal em termos de medíocre, é a cena Emo, que conseguiu fracassar mais lindamente que o New Metal. Os emos simplesmente foram os novos Judeus dessa década, acho que essa é a melhor frase pra se resumir o que aconteceu. Imagine um lugar com um monte de gente com uma coisa estranha na cabeça, roupas esquisitas, pessoas chorando e morrendo, passando fome, enfim. Não, não é um campo de concentração feito por nazistas pra “armazenar” Judeus, é um show Emo. O fracasso foi pelo fato de que os seguidores do movimento eram alvo de um preconceito COMPARÍVEL ao da segunda guerra mundial. Em relação ao som, a idéia era ser um fracasso, mesmo, senão não seria Emo. RÍÍÍ, SACOU?! Ahn… enfim, eu acompanhei algumas bandas do gênero e posso dizer que poucas delas até agradam. E todas enjoam. É só ouvir My Chemical Romance, Fall Out Boy, Panic! At The Disco e Billy Talent pra saber que eu não estou mentindo. Ao menos, o movimento rendeu o nome dessa coluna.
JÍ ERA DE SE ESPERAR.
O Pearl Jam já não é mais como antes, mas CAUSOU nesse começo de década. Atualmente, os caras estão meio afastados da mídia, pelo menos por aqui. Bom, deve ser pelo fim da rádio 89 FM, A Rádio Rock aqui de São Paulo. Após conseguir um público fiel e uma audiência respeitável, de um dia pro outro a programação da rádio começou a mudar, ficando mais… pop. Mas o bizarro mesmo foi quando eles mudaram TOTALMENTE a programação, também da noite pro dia. Segunda Feira você liga o rádio e começa a ouvir Black Music. Já sem o slogan de “A Rádio Rock”, dessa vez a 89 passou a ser mais uma Jovem Pan, deixando a missão de divulgar o Rock com a Kiss FM e a Brasil 2000. Voltando a falar de Pearl Jam, os caras conseguiram parar São Paulo. Fãs, com o apoio da 89, fizeram uma manifestação para que a banda pudesse tocar no local combinado – Após o show que a rádio Mix FM promoveu no local onde iria acontecer o show da banda, a Prefeitura do estado não iria mais permitir mais shows por alí por causa da BADERNA causada. Até os fãs conseguirem o contrário, claro. Outras bandas que pararam o Brasil foram U2, com o fenômeno Katilce e Rolling Stones, com o fenômeno de fazer um show gratuito no Rio de Janeiro sem que metade do público fosse vítima da violência local.
ETC.
Muitas bandas foram esquecidas, eu estou realmente me esforçando pra me lembrar de umas. Por exemplo, não sei o que aconteceu com Creed, Blink 182, Elvis Presley e Paralamas do Sucesso. Bom, a última banda até lançou uma música legal no ano passado, senão me engano. E o Lobão, surgindo do nada, gravou um acústico MTV. Por que esse povo não se aposenta? Titãs já era, nem quero citar a banda por aqui. IRA! também lançou seu acústico, e os caras não param – Nasi e Edgard Scandurra estão com seus projetos paralelos. Pitty, a nova “musa” do Rock brasileiro também BOMBOU, participando até do acústico do IRA!. Não há muito o que se falar sobre bandas nacionais, mas tivemos uma volta de peso: Plebe Rude. Porém, o álbum novo dos caras não foi lá muito bom. Outra banda que vem fazendo história é o Matanza, naquelas de música pra macho, uma beleza. A cena independente do Rock brasileiro deve ser minuciosamente vasculhada, é nela que você vai achar coisa boa por aqui.
Só?
Suguei ao máximo o que fui lembrando, seria covardia pesquisar por mais acontecimentos pra prender vocês por três horas por aqui. As coisas foram de mal a pior na primeira metade dessa década, só o começo do século – Mal é a “ponta da cabecinha”. Mas já dá pra se esperar por melhorias, vamos apostar nessas voltas, e até mesmo nessas bandas que acabam e se juntam á outras. Quem sabe você poderá falar coisas boas pro seu neto sobre a nossa época, mas é bom não ter muitas esperanças.
Agora é sua vez. Larga a mão de ser preguiçoso e lembre de algo relevante pra você, comenta aí.
Acho que não há um assunto melhor pra começar uma coluna com esse nome: Gostos. Afinal, quem raios levaria o nome “New Emo” a sério? Nem os emos levariam a sério. Mas New Emo é apenas o nome da coluna de música, podem ficar tranquilos. Ou não, afinal, o primeiro texto dela é por minha conta.
Enfim, hoje em dia o babado é ser INDIE. E como não poderia ser diferente, todo babado é amado por uns, ignorado por poucos, e odiado por muitos. Os emos que o diga, comunidades que odeiam emos no Orkut só perdem pra comunidades do Chaves. Então, é assim: O babado (Não acredito que usei essa palavra três vezes no mesmo parágrafo) cai na mídia, e quem aderia ao babado anterior, passa a aderir esse – na maioria das vezes. Mas nada disso vem ao caso, foi inútil você ter lido esse parágrafo.
Agora, tente falar mal de Beatles, por exemplo. Ou fale apenas um “Eu não gosto de Beatles”. O que acontece? Uma MULTIDÃO vai te socar, enquanto outra louva a banda, dizendo que ela é a maior banda de todos os tempos, e também uma das maiores influências pras bandas de hoje. Fãs de Beatles não devem bater muito forte, então é aí que você levanta e se pergunta: “E DAÍ?”. Mesmo que a banda seja mesmo uma das maiores, não significa que você vai gostar dela. O conceito de bom e ruim é totalmente pessoal, é inadmissível o fato de que pessoas simplesmente ignoram esse fato. E isso não é só na música, é óbvio. Se você falar mal do Steven Seagal, os fãs dele vão querer fazer um exame de próstata em você com uma britadeita. “Mas eles têm o direito de reclamar, eles são fãs!”. Direito de reclamar qualquer um tem, mas o direito de criticar o gosto do outro, como eu disse acima, é inadmissível. Eu acho Led Zeppelin uma banda chata pra cacete, e a história da banda não vai mudar minha opinião sobre ela, afinal, se a música não me agrada, por que raios eu iria curtir uma das maiores bandas de heavy metal (Pelo menos naquela época) do mundo?
O ser humano é tão irônico a ponto de não saber usar a ironia de forma “correta”. Afinal, é irônico o fato de duas pessoas saírem na porrada porque uma ama Magic Numbers e a outra odeia. Que diferença faz? Um “Rolling Stones é uma merda!” é equivalente a um “Sua mãe é aquela alí? Ooopa, comia direto na faculdade, ela faz um boquete sensacional. Se pá, você é meu filho.” para uns, e pra quem não tem um pingo de senso de humor, isso aí é de se tirar do sério, mesmo. Mais algumas “traduções”:
– Beatles é chato pra cacete!
– Dormi com a sua irmã semana passada e obriguei ela a liberar a croaca.
– Elvis? Bela merda.
– Cara, você tá bem? Comi sua mina ontem e ela me passou chato!
– Rock é uma porcaria.
– Traí você com a sua melhor amiga, amor. Não, saí com essa na semana retrasada, to falando da Márcia, sabe? Então, dormi com ela ontem. Me perdoa?
Quando você for falar mal de algo que todo mundo gosta, melhor ficar quieto. Lembre-se sempre: Falar mal de algo idolatrado pela sociedade é ser diferente, e ser diferente, segundo a sociedade, é ser especial, segundo a AACD. O preconceito musical, literalmente, ultrapassa a velocidade do som.
Definitivamente, o MELHOR show dos Whites Stripes de todos os tempos!
Os caras faziam uma turnê pelo Canadá e, passando por St. John’s (Newfoundland), decidiram surpreender o pessoal com esse… show. Mais tarde, fariam um show “de verdade” em uma casa de shows por alí.
Já tem um tempinho que o vídeo tá rolando na internet, e a piadinha de que esse é o melhor show da banda é a mais contada. Mas pra mim não é piada, não vejo muita graça nessa banda, mesmo.