Tava outro dia, suaves e de boas, deitado na rede, aproveitando a vagabundeagem de vida, quando ocorreu-me um pensamento: Os livros nunca foram um instrumento de massa, já a TV e o rádio, sim. Acreditem, pode parecer estranho falando assim, mas eu vou explicar. Ignorem este parágrafo tosco e leiam o resto.
Façamos de conta, por um momento, que estamos alguns anos no futuro, algo como 2015, 2018, e que a tecnologia recém apresentada nas feiras do setor seja a do reconhecimento de voz. Sim, eu sei que isso já existe, mas não é algo perfeito, então imaginemos que finalmente conseguimos produzir tal tecnologia de forma plenamente satisfatória, e que ela pode ser “embutida” em tudo, de celulares à televisores. Além dos aparelhos “clássicos”, surge um novo utensílio (Ou aplicativo): Um que escreve absolutamente tudo que você fala, preenchendo “cadernos” e mais cadernos.
Não há dúvidas de que os cidadãos dos países chamados “desenvolvidos” (Ou de “primeiro mundo”, enfim, países onde se tem boa qualidade de vida) são, em geral, grandes leitores. E há uma relação direta entre qualidade de vida e valorização da leitura. O bom-senso explica e as estatísticas comprovam. Estima-se que o brasileiro lê 1,3 livro por ANO, enquanto nos países desenvolvidos a média ultrapassa 10. Não quero dizer que o Brasil é o que é porque aqui não se valoriza a leitura, mas tal fato é um sintoma que integra um círculo vicioso que se arrasta secularmente. continue lendo »
Um pequeno prelúdio antes do início da coluna em si: se você, caro leitor, já está familiarizado com as colunas de literatura aqui do Bacon, não precisa ler essa parágrafo. Pode seguir para o seguinte, onde o texto realmente começa. Caso você seja um noob novato por aqui, desça até a coluna que está um pouco acima dos comentários (Ou onde eles deveriam estar), e veja que ali há uma coluna indicando outras colunas (A maioria, provavelmente, relacionada a literatura). Abra uns quatro, leia atentamente e volte para cá. Leu? Ótimo, vamos começar. continue lendo »