Leitura é liberdade

Analfabetismo Funcional terça-feira, 29 de junho de 2010 – 5 comentários

 Não há dúvidas de que os cidadãos dos países chamados “desenvolvidos” (Ou de “primeiro mundo”, enfim, países onde se tem boa qualidade de vida) são, em geral, grandes leitores. E há uma relação direta entre qualidade de vida e valorização da leitura. O bom-senso explica e as estatísticas comprovam. Estima-se que o brasileiro lê 1,3 livro por ANO, enquanto nos países desenvolvidos a média ultrapassa 10. Não quero dizer que o Brasil é o que é porque aqui não se valoriza a leitura, mas tal fato é um sintoma que integra um círculo vicioso que se arrasta secularmente. continue lendo »

O que você está lendo?

Analfabetismo Funcional terça-feira, 18 de maio de 2010 – 51 comentários
 Mostra pra gente!

Sabe aquele ditado “Diga-me com quem tu andas, e dir-te-ei quem tu és”? Pois é, ele não funciona com livros. Ok, pode funcionar de vez em quando, mas não pode ser considerado uma regra. Dizem que quando a pessoa escolhe um livro pra ler, essa decisão reflete algo de sua personalidade, seus interesses, seu estado emocional, etc. Tudo bem, eu concordo. Mas as pessoas não só lêem livros porque os escolheram consciente e deliberadamente. continue lendo »

Sobre como ler um livro

Livros sexta-feira, 14 de maio de 2010 – 2 comentários

Fiquei pensando sobre o que escrever essa semana, e não me veio nada de interessante, não tive nenhuma idéia de como conquistar o mundo, ou algum plano infalível by Cebolinha, ou um plano de assassinato estilo Agatha Christhie. Então, relembrando meus recentes modos de leitura, resolvi fazer uma pequena ode aos livros. Não será nos moldes do que meus companheiros fizeram, será num estilo próprio… Pomposo? Talvez. Engraçado? Há muito desisti de tentar escrever algo engraçado. Apaixonado? Com certeza. Se quiserem parar de ler, fiquem à vontade. Meu lado traça de livro vai continuar a partir daqui. continue lendo »

Leitura na privada

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 03 de novembro de 2008 – 10 comentários

Faz um tempo que estava a fim de falar disso, mas nunca estava bêbado o suficiente para tal atitude. Agora que estou num estado etílico condizente com minha obrigação, bora puxar a descarga e jogar tudo o que eu tenho pra falar sobre isso e sem essa de deixar pra depois, até porque eu não vou me lembrar de nada quando o efeito acabar.
Estava me lembrando de uns trechos de colunas do Atillah em que ele falava sobre jogar medal of honor no banheiro, com o som dos tiros ecoando pelas paredes. Uma cena muito louca e bizarra, não que eu tenha imaginado ele cagando, é claro. Nisso, comecei a pensar em pessoas que lêem no banheiro, porque ali é um bom lugar. Confortável, macio e fresco, sua calça não fica grudando na bunda da mesma maneira que acontece quando você fica sentado muito tempo na frente do PC, até porque lá ela está no meio de suas pernas, jogada.
Ler no banheiro é uma coisa que serve pra passar o tempo e, se acabar o papel higiênico, você pode acabar usando as páginas já lidas, não que eu tenha feito isso, é claro, nunca pensaria em tal atitude, mas a sugiro a vocês. Numa emergência, nunca se sabe…
Mas, que tipo de livro pode ser lido no banheiro? Qualquer um, mas se ele for uma merda, não jogue pela privada, acontecem muitos problemas nessa hora, e ter que limpar tudo é uma coisa que você não vai fazer, eu aposto. Gêneros que eu recomendaria com certeza são os de terror, porque já que você está ali, fazendo a água pular, por que não ajudar isso tudo com algo que pode fazer com que a tarefa fique menos forçada? Quando chegar aquela parte de tensão total, já sabe onde descarregar. Livros de humor não são recomendados, nunca tente rir enquanto limpa suas tripas, você fica todo travado. Livros empoeirados são ruins, pelo motivo de que, se você espirrar enquanto está lá liberando tudo, pode acabar te dando muitos problemas, como a suas tripas saírem. É, exagerei nessa.
Pesquisando umas besteiras aí há muito tempo, cheguei a umas noticias muito bizarras sobre livros e banheiros, se é que isso é possível. Uma delas é essa. Interessante até, imagina estar lá, depois de ter se aliviado, e ver que no chão está o rolo de papel inteiro, desenrolado? Ou, como cita num dos trechos da noticia, limpar a bunda em um trecho da Bíblia? Seria profano e você iria pro inferno com certeza, mas não vou te julgar, sua alma já está perdida mesmo. Assim como a minha.
Só que pra variar, sempre tem um problema com tudo isso. Ler no banheiro pode fazer com que você tenha hemorróidas! Não é só ler, jogar também, vou juntar os dois. Isso é algo que eu li a um tempo atrás, em um daqueles livrinhos de saúde que só fala coisa inútil para pessoas saudáveis, vou até pesquisar e achar o trech… ACHEI:

Infelizmente, se permanecermos longo tempo no vaso sanitário, podemos ter hemorróidas. Mas o banheiro continua sendo a melhor sala de leitura para muitos. Porém, é bom selecionar livros com capítulos curtos.

Isso saiu no Fatos & mitos sobre sua saúde, um livro pocket de um cara chamado Fernando Lucchese, recomendo ler ele no banheiro. Pra esse caso, existem algumas alternativas. Usar um marcador na hora que for sair e continuar a ler depois é uma das melhores dicas (papel higiênico é um bom marcador, desde que esteja limpo). Catar aquele livro de crônicas, mas nada muito engraçado, porque se você rir, ah, você já sabe.
Algum tempo atrás, vadiando por livrarias, achei um livro chamado 1º Almanaque de banheiro. Com textos curtos, ele se tornava perfeito pra ler no banheiro, bom para acompanhar aquela cagadinha esperta, nada muito longo. Só não o comprei porque estava muito caro, praticamente uma facada nas tripas, algo que eu precisaria usar, caso fosse ler aquilo no banheiro. Nem cheguei a folhear, não tinha nenhum mais dentro de pacotes, o que me fez pensar que alguém já os tinha levado ao banheiro, pra testar.
E pra finalizar, um lembrete: Ler demais no banheiro pode fazer com que aquelas piadinhas sem graça sempre sejam citadas, como a “Putz, ele caiu na privada” ou “chama o encanador que quando ele sair, a água vai estar nos joelhos!”. O tempo máximo de ficar em um banheiro sem darem falta de você é 10 minutos, mais do que isso, as pessoas começam a se preocupar. Eu me preocuparia.

Outras formas de ler

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 01 de setembro de 2008 – 11 comentários

Ler livros hoje em dia é uma tarefa que pode ser feita de várias maneiras, mas nenhuma é tão boa quanto a mais tradicional de todas que é ler direto no papel mesmo. Hoje vou falar de algumas dessas maneiras paralelas que podem ser bem conhecidas para alguns de vocês.
Começando pela que acredito ser a mais conhecida de todos, que é ler livros no PC. Essa maneira é a mais fácil, mas considero muito ruim se for usar o Adobe Reader para abrir os arquivos. Existem outros leitores de PDF muito mais leves e menos complicados por ai, como o Foxit reader, que além de ser mais leve, não deixa seu PC parecendo uma carroça puxada por um jegue morto. Mas não é sobre programas que falarei, isso e chato. O desconforto de ler no PC e a dificuldade para se concentrar na leitura são os fatores mais negativos dessa maneira. Isso é, se você deixa um MSN aberto com trocentas e uma janelas pulando a cada 2 segundos. Fatores positivos? Depois que terminar de ler isso, duvido que ainda tenha algum. Não vou falar de fatores positivos, vocês que me digam quais são para vocês.
Jornais de literatura possuem seus cadernos de histórias seriadas que podem ser acompanhadas sem problema algum, desde que você não se importe de ter que carregar um grande pedaço de papel que se fosse colocado em páginas normais, equivaleria a umas 4 ou 5. O fato de ser muito grande também é um fator muito negativo. Mas do que estou falando? Quem lê histórias de jornais aí, além de mim? Parece que estou escrevendo pra velhos…
Vamos agora para as maneiras que são realmente práticas mesmo, aquelas que no fim de tudo, facilitam a leitura podendo ser comparadas até a ler o livro impresso mesmo.
A primeira delas é ler no celular. Alguns aí podem dizer que ler na tela minúscula de seu modelo pode ser algo desagradável, mas não é bem assim. Diversos modelos de celulares tem telas que podem ser usadas para muitas coisas, como ver TV ou fotos. Se você consegue fazer isso em uma tela BEM menor que uma TV normal, ler letrinhas nessa mesma tela não deve oferecer tantas dificuldades assim. Utilizando tecnologias como Java ou as de jogos em flash, montar os livros não oferece dificuldade alguma tendo os meios necessários de converter seu livro preferido para seu aparelho. Um programa que pode ajudar nessa tarefa é o TequilaCat BookReader, que transforma o arquivo em um formato Java bem leve que eu usei há muito tempo atrás para ler quase que todos os livros de Bernard Cornwell. Só não li todos porque vendi o aparelho, mas isso não importa agora, pelo menos não mais…
Existem aqueles leitores especiais para livros, que estavam sendo desenvolvidos há um tempo atrás, mas nunca mais os procurei para ver como anda isso. Se eles existem ou não, isso é um mistério pra mim. “Pesquisa no goggle!”, alguém grita ali no fundo da sala, antes de ser expulso do interior dela. Não vou pesquisar; se eu ainda não tenho isso, quer dizer que o andamento disso está lento, e que cada uma dessas placas está custando os olhos da cara mais um pedaço de seu rim ou fígado, o que você usar menos. Vida de leitor pobre é foda.
Outra maneira que não exige muito investimento e que ainda tem usos paralelos além da leitura é comprar um palm. Usar ele para jogar coisas simples, para ler e ouvir música é uma coisa que só descobri a vantagem há algumas semanas. Com um programa feito pra ele (o Adobe Reader, que roda bem ali, por incrível que pareça), a abertura de livros é simples, sem problema algum e com a grande vantagem de que ele pode ser usado para diversas coisas que não são só focadas em leitura. Mas quem disse que uso o meu pra outra coisa? A memória dele já está lotada, quase sem nenhuma música e cheia de literatura clássica brasileira, que prometi a mim mesmo que leria até o fim do ano…
É isso, essas são as maneiras que eu conheço para ler livros de maneiras diferentes e por muitas vezes com mais conforto. Tente ler um volume de A torre Negra de Stephen King em um ônibus lotado e fazer o mesmo com algumas dessas últimas maneiras que citei acima. Sei por experiência própria qual é a melhor.

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