Que haja rock

Contos sexta-feira, 13 de setembro de 2013 – 3 comentários

Era um fim de tarde calmo e ensolarado. O sol das cinco da tarde passava pelas janelas e iluminava cabeça e ombros de uma pessoa dentro do cômodo, sentada em uma poltrona reclinável. Era um senhor de avançada idade, que se recostava placidamente, rosto tranquilo, quase imóvel a não ser pelos dedos indicador, médio e anular da mão direita que subiam e desciam sem parar no apoio para o braço, marcando o ritmo da música alta que vinha de um arcaico aparelho em um dos cantos do ambiente. Um velho CD girava em altas velocidades dentro da máquina, e sobre ela havia uma capa e um encarte abertos, que há poucos momentos reviveram velhas lembranças. O velho levantou e caminhou lentamente até a janela, curvando a cabeça e os olhos para baixo para contemplar a vista da cidade, os veículos zunindo em alta velocidade cento e três andares abaixo, onde o sol já não alcançava. O idoso começou, por algum motivo, a pensar em seu aniversário – que era no dia seguinte – e em como o tempo passava rápido, sem dúvida. Incrível, pensava ele, como o ano de 2074 já estava quase na metade.

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