Quer dizer, eu nunca tive uma biblioteca particular nem nada disso: Tem gente que teve muito mais volumes do que eu, mas eu já tive bastante. Prateleiras e mais prateleiras ocupadas – abarrotadas – e ainda assim com mais livro que espaço pra colocá-los. Houve época em que toda semana eu comprava livro novo, todo mês chegava um novo material aqui em casa. Nos últimos anos, isso mudou bastante… O que continua, ou é importante ou está na beira do abismo.
Hoje, procurando por algo pra resenhar aqui no Bacon, me dei conta de três coisas: A primeira é que eu já resenhei a maior parte do que tenho, a segunda é que eu já li a gigantesca maioria do que eu tenho, e, finalmente, que o meu comprometimento de ler tudo tá indo por água abaixo.
Então, vamos falar de umas coisas meio chatas, pra variar um pouco: Já reparou como hoje é muito mais fácil fazer praticamente qualquer coisa? Quer dizer, até pra cagar cê pode usar remédios, ferramentas e papel higiênico de folha quádrupla (Com cheirinho de lavanda)! Essa facilidade é uma decorrência da evolução tecnológica, que se intensificou com a revolução industrial, e não dá sinais de estar cansada: “Antigamente” é a puta que vos pariu.
Sabe uma coisa que me fode? Carros clássicos em clipes safados de música. Que nem no CDS dessa semana. Não pelo carro em si, eu gosto de carros, mas porque eu sei que qualquer um desses músicos bunda mole não dirige um carro desses. Porque eu sei que o carro que tá alí foi alugado, emprestado ou até roubado, mas só está alí de enfeite. De fato, o carro praticamente não é usado, quando muito fazendo as vezes de sofá pra nego pagar de foda no clipe. Eu ficaria fodido da vida se nego pisasse na porta do meu conversível pra subir nele, ou se uma piranha qualquer ficasse se esfregando no capô cheio de espuma pra parecer sexy. Desce daí, minha filha, tá riscando a pintura.
É interessante essa coisa dos best-sellers, não? Ainda que a quantidade geral de livros vendidos a cada ano diminua (Mesmo com as ondulações comuns do mercado), os mais diversos jornais, revistas, sites e instituições especializadas mantém sua lista de best-sellers: Os livros mais vendidos dos últimos tempos, um feito mais impressionante do que seus correspondentes na música, e que ainda mais comumente é estampado inutilmente nas capas dos livros. continue lendo »
Estou fora de forma. Não, não estou falando da minha amável forma de barril, mas sim da minha capacidade de leitura: Não só estou mais devagar como estou me concentrando menos, estou lendo pior, estou tendo de reler mais e… Estou menos interessado na leitura. Vamos ao mea culpa.
Se tem uma coisa em que todo mundo concorda é que brasileiro não lê. Apesar de um texto que ficou bem famoso um tempo atrás desmentir a constatação que a gente escuta desde que nasceu, a leitura ainda não é lá bem trabalhada no país. Especialmente na escola. De exemplo, acho que dar Clarice Lispector pra gente do ensino fundamental é um erro por que, do mesmo jeito que alguns não vão curtir Harry Potter por estarem em outra fase da vida, encher o rabo das crianças de clássicos que elas não têm maturidade pra ler é de uma pau-no-cuzisse sem tamanho.
E eu tenho uma teoria sobre isso. Aliás, sobre leitura no país todo. continue lendo »
Recentemente criei vergonha na cara e resolvi consertar alguns erros: Finalmente fui ler Watchmen, V de Vingança, Os Livros da Magia, as graphic novels da Turma da Mônica, e alguns outros títulos clássicos ou, no mínimo, recomendáveis. Caso não tenha ficado claro, são todos quadrinhos. Eu precisaria ler mais coisas da Marvel também, mas se eu começar a comprar essas novas edições aí vou ter que comprar tudo, então foda-se o Tio Stan.