Em 1987, quase trinta anos atrás, saía O Marido do Doutor Pompeu, um dos muitos e muitos livros de quem provavelmente é o mais famoso cronista que este país já teve: Luís Fernando Veríssimo. Os temas são, claro, variados, mas ao mesmo tempo os mesmos que o autor gosta tanto de tocar, entre eles o relacionamento entre homens e mulheres, as frescuras de uma sociedade que quer status, e claro, o futebol. Querem uma frase extremamente babaca? Quase trinta anos depois do lançamento, o livro ainda continua atual.
Luis Fernando Verissimo (sem acento mesmo) é um popular autor brasileiro, consagrado pelos seus pequenos e bem-humorados contos e crônicas, reunidos em livros como As mentiras que os homens contam, Comédias para se Ler na Escola, O Analista de Bagé e Comédias da Vida Privada. Não chegou a lançar muitos romances, tendo ganhado maior reconhecimento apenas com Gula – O clube dos Anjos, integrante de uma excelente série de 7 livros, escritos por autores diferentes, um para cada pecado capital. Assim, para mim, Verissimo era um excelente contista/cronista, sem vocação para romances. continue lendo »
Seguinte, quando você conhece uma pessoa por algum tempo (Ou pouco tempo… depende do quanto a pessoa fala), você pode dizer do que a pessoa gosta, o que ela come, o que ouve e o que pensa sobre um monte de coisa. É natural portanto que quando sabemos o gosto literário de alguém nosso conhecimento em relação à pessoa cresce muito. Ou não… continue lendo »
Estereótipos, como todos aqui devem saber, são uma parte inseparável do humor. Eles podem ser atribuídos a qualquer grupo de pessoas que possa, de algum modo, ser diferenciado/catalogado dos outros por alguma característica mais aparente. Alguns estereótipos, como o comumente associado aos nerds, possuem fundamento (Anti-social, pálido e viciado em informação); outros, como o da loura (Burra e, por vezes, promíscua) não possuem nada no qual se apoiar.
No Brasil, os estereótipos mais comuns são aqueles associados a regiões/estados: O cearense vive na seca, comendo calango com farinha; o paraibano é o cearense “cabra-macho sim senhor”; o baiano e o mineiro são preguiçosos; o nortista, índio. O carioca é malandro, o mato-grossense é um corno cantor de sertanejo, o acreano não existe e o gaúcho o que é? Bicha! continue lendo »
Se tem uma coisa que acho na qual acho que o Brasil sempre foi bom é na sua vocação para humor, pelo menos no mundo da tira. São diversos personagens que ganharam as páginas dos jornais ao longo dos anos, e que deixaram sua marca principalmente através do sarcamo.
Como eu disse no último artigo, o cotidiano é um dos ingredientes de sucesso para as tirinhas que lemos nos jornais, e no Brasil isso não é diferente, apesar de que a aqui um dos temas mais recorrentes não é a inocência infantil, mas a libertinagem… continue lendo »
Lembro com saudades da minha tenra infância (Que não foi há tanto tempo, apesar daqueles que afirmam que pareço dez anos mais velho do que realmente sou) e do seu cheiro de… papel. Sim, eu mal tinha saído das fraldas e já era viciado em leitura. Obviamente, comecei por baixo, com riminhas bobas de livros de caligrafia e os livros dos Pingos de Eliardo Franca. Mas, ao contrário da maioria dos meus colegas, não reservava a leitura apenas às aulas, esquecendo-a na hora do intervalo em prol do futebol, esconde-esconde ou assemelhados. continue lendo »