Apesar da abordagem mais realista dos personagens, por algum motivo, eu nunca fui muito com a cara da Marvel. Agora, tenho mais um motivo para temer a casa do Wolverine: a Disney acabou de aquiri-la pela singela quantia de US$ 4.000.000.000,00. Isso mesmo, 4 bilhões de doletas.
Nessa barganha, incluem-se, também, direitos sobre filmes, jogos, quadrinhos, séries e cerca de 5.000 personagens (metade disso deve ser de X-Men). Só falta a aprovação dos acionistas da Marvel para a conclusão do negócio.
Como eu disse na expectativa do filme de Watchmen: não há meio termo quanto à qualidade dos frutos disso. Ou teremos uma merda completa ou algo chutador de bundas. Mas, isso, só o futuro dirá.
A definição de Fan-Film do Wikipédia é a seguinte: “produções amadoras relacionadas a uma obra existente (não necessariamente outro filme), criado por fãs.”
“Produções amadoras” é um termo bastante genérico para esse tipo de filme, uma vez que muitos são feitos por produtores de Hollywood apenas parar mostrar seu potencial. Mas não é o caso desse filme. O Maior Fan-Film de Todos os Tempos é sem dúvida um filme extremamente amador. Daqueles feitos por amigos bem no estilo Batiman – Feira da Fruta.
Semana passada, dei uma pincelada nas origens das HQs e o tratamento recebido destas pela sociedade. Agora, vamos dar uma analisada em um âmbito mais reservado: editoras e roteiros.
Com tantas histórias sobre super-heróis por aí, era de se esperar que alguém fosse maluco o suficiente pra tentar a coisa no mundo real, certo? Ou, pelo menos, é assim que Dave Lizewski, um garoto americano aparentemente comum, pensa.
A censura foi algo que sempre esteve presente em todos os tipos de mídia que conhecemos, obviamente, os gibis não poderiam ficar de fora dessa. A censura nos gibis começa em 1938 com o ditador italiano Benito Mussolini. Ele baniu as histórias em quadrinhos na Itália porque, segundo ele, as histórias prejudicavam a formação dos jovens. A França fez o mesmo em 1949, e em 1954 o psicólogo Frederick Wertham criou o livro A Sedução dos Inocentes, onde afirmava que os quadrinhos incentivam o homossexualismo e a delinqüência. Inclusive, foi o próprio Frederick que começou com o boato de que Batman e Robin eram gays.
Nos Estados Unidos, por causa de toda essa baboseira, criaram o Comics Code, que estabelecia regras de ética para os quadrinhos. A censura atingiu seu auge, impondo regras radicais aos quadrinhos. Nessa época ficou proibida expressão de terror, canibalismo, vampiros, lobisomens. Atos criminosos não poderiam ser simpáticos, um bandido era obrigado a ser um mau caráter e todas as autoridades eram boas pessoas. A censura também tinha problemas com sensualidade, chegando a cortar braços musculosos porque os mesmos lembravam coxas femininas. Os gibis que se encaixavam em todas essas regras recebiam um selo de aprovação.
Hoje o selo de ética já não é tão usado e as HQs já são um pouco mais livres.
Basicamente, essa seria a história resumida da censura, mas ledo engano achar que estamos livres dela. A prova disso são os recentes casos que vieram à tona com a grande dose de ética e moral da DC censurando Superman e Batman nas revistas Action Comics e All Star Batman & Robin.
A revista Action Comics 869 tinha uma capa com um típico relacionamento norte-americano de pai e filho bebendo cerveja, no caso pai e filho seriam Superman e Jonathan Kent. O que aconteceu? A DC achou impróprio o azulão tomar cerveja e editou a capa botando uma soda no lugar da cerveja.
Já All Star Batman & Robin foi censurada duas vezes. Primeiro porque um problema de impressão fez as famosas tarjas pretas deixarem legível a palavra FUCK, muito pronunciada pela Batgirl e bandidos. Outra coisa censurada foi o golpe que a Batgirl aplica no saco dos inimigos.
As duas foram sem explicações plausíveis. Aparentemente o azulão precisa manter sua pose de escoteiro, mas a revista do Batman foi modificada por pura ignorância, levando em conta que Batman já nem tem um público infantil e que também o autor do All Star é Frank Miller. Porra, chamar o cara pra depois censurá-lo é foda.
A Marvel também vem apanhando pra censura quando se fala em nudez, ou melhor, Frank Cho vem apanhando pra censura. O desenhista teve duas capas censuradas só porque expôs a bunda da Mary Jane e da Feiticeira Escarlate.
A reimpressão do material Drácula também foi censurado, tirando apenas a nudez.
Pulando pro mundo oriental também temos a censura, como vista na edição do Naruto onde seus gestos são modificados. Mangás sofrem MUITA censura quando são adaptados para animes ou quando são adaptados para o Brasil.
Fora a censura que nem chega a ser descoberta pelos fãs, aquela que é cortada antes mesmo do desenho/texto estar pronto. Ou você nunca viu alguma situação muito ridícula em uma HQ que fica bem notável que isso ali foi só pra tapar um buraco? Certamente ali houve uma censura.
O que fica claro é que a censura gira muito em torno da nudez e de ofensas (sejam gestuais ou escritas), e também que na maioria dos casos ela é desnecessária e até mesmo ofende o leitor.
Obras destinadas ao publico infantil até deveriam ficar sujeitas à censura, mas a maioria dos cortes acontece em obras para o público jovem e adulto. Uma tentativa são os selos adultos, onde a liberdade de expressão é realmente livre, sendo muito incomum uma censura nos mesmos.
O mais chato é que são as próprias editoras que se censuram, não são mães desesparadas com o comportamento dos seus filhos, não são igrejas protestantes ou terceiros. Elas mesmas se constroem e se destroem, como a própria DC. All Star Batman & Robin é uma obra do caralho, obviamente a idéia do Frank Miller é fazer um Batman mais sombrio que o próprio Cavaleiro das Trevas, com um contexto muito mais adulto, contando com os espetaculares desenhos de Jim Lee, e a DC censura a obra dos dois. Aliás, os casos recentes da DC foram tão idiotas que se não fossem censurados não teriam a tamanha repercussão que tiveram no mundo dos quadrinhos.
Algumas editoras ainda não se deram conta de que seu material já não é mais para o público infantil e de que o povo gosta de nudez, violência e baixaria.
Mas de onde vem essa censura?
De nós mesmos, nós nos censuramos mais a cada dia graças aos falsos discursos que vomitamos todos os dias sobre moral e ética. A censura só vê os ideais de educação e bondade em falsas opiniões e não enxerga a realidade, que crianças hoje em dia já manjam de nudez e palavrão, e que tirar o xingamento de um gibi não vai mudar a educação do joãozinho. Assim, a censura vem censurando para cumprir com falsos ideais compostos pela sociedade que, além de não cumpri-los, ainda discorda dos mesmos.
Irônico, né? Ainda bem que isso não atinge o Lobo.
Cara, se tem algo que me deixa puto quando to lendo HQ’s são os super-poderes. Sim, os super-poderes. Por que inventam poderes e mutações para serem mal usados? Os poderes são super bem detalhados, mas nunca bem usados.
O clássico exemplo é o Super-Homem. Meu, é ridículo a quantidade de poder que ele tem. Ele voa, é super rápido, tem super força, seus olhos soltam raios, ele pode ficar sem respirar, ele sopra gelo e tudo o que tu pode imaginar. Eu acho genial quando o Super-Homem voa até Gotham em menos de um segundo para ver o Batman. Até mesmo quando ele voa pro espaço em menos de um segundo. O cara é animal, ele é super rápido, ele é o Super-Homem, essa é a idéia que nos passam. Mas e quando ele luta?
O cara consegue ir até o espaço em menos de um segundo e não consegue aparecer de surpresa por de trás do inimigo e bater nele. Ele apanha muito, ele sangra, ele não consegue dar um soco decente. Parece que todo inimigo tem um carregamento de Kryptonita. A Supergirl também é outro caso perdido. Ela chega a ser mais poderosa que o Super-Homem, mas também faz as mesmas bat-cagadas.
Outro ser irritante é o Lanterna Verde. O que você faria com a arma mais poderosa do universo? Bom, o Lanterna faz lanternas gigantes, luvas de boxes, tesouras, tartarugas espinhosas. Ainda me lembro de um comentário do Batman sobre o Lanterna (Grandes Astros Batman & Robin 8):
“O Palhaço faz batedeiras de ovos, ratoeiras e aspiradores gigantes, quando poderia consertar o mundo todo com aquele anel. Que RETARDADO”.
O poder do Flash não é só mal utilizado como é mal explicado. Não lembro ao certo a edição, mas teve uma vez em que um míssil foi lançado e explodiu em uma cidade. Ninguém morreu, pois em questão de segundos o Flash tirou 500 mil habitantes da cidade e os salvou. Uau. Agora como um cara desse consegue tomar um espadada do Exterminador?
Isso vale pra toda a família Flash.
Ainda na DC temos a Zatanna. Praticamente tudo o que ela fala ao contrário se realiza. E ela não fala nada que preste.
Fugindo pro Universo Marvel, temos o ser mais irritante de todos, o Professor Xavier. Sério, esse cara me incomoda. Não só pelo mau uso dos seus poderes, mas também pelos discursos que ele vomita o tempo todo. Magneto também não fica pra trás não. O cara pode controlar o ferro no sangue de qualquer pessoa, mas fica sempre na mesma. Porra, ele matou o Apocalipse assim, partiu o cara no meio (na saga A Era do Apocalipse), mas nunca matou os X-men.
Tínhamos também a Fênix. Ela era tão poderosa, mas tão poderosa, quem não sabiam o que fazer com os poderes, ai resolveram matar ela.
E é claro, temos a Feiticeira Escarlate. Ela pode manipular as probabilidades. Ela pode fazer seu coração explodir, ou apenas desacordar você, mas ela não faz. Ela apenas aumenta a probabilidade de uma caixa de lápis cair no chão e fazer você escorregar.
A explicação para isso é óbvia. Se todos os heróis saírem por ai fazendo tudo o que podem, vai ficar tudo sem graça. As revistas do Super-Homem nem teriam lutas. O Universo Marvel seria paz e amor através da telepatia do Xavier, e por aí vai. Os personagens ficam bocões justamente por isso, para darem emoções às histórias. Tudo começa quando algum roteirista besta faz a cagada de dar poder demais à alguém. Depois todas as histórias são tentativas de consertar essa cagada.
Existem vários outros heróis e vilões que não usam seus poderes. Existem até alguns com poderes meio inexplicáveis e impossíveis. Outros têm seus poderes avacalhados por desenhistas e/ou roteiristas.
Por isso eu prefiro os heróis humanos. Batman, Robin, Asa Noturna, Arqueiro Verde, Justiceiro e etc. Sim, eles fazem coisas impossíveis, mas se limitam apenas pela sua humanidade, não pelo seus poderes mal elaborados.
Nomes de peso entre os tantos do Universo Marvel. Ao longo dos anos, eles enfrentaram todo o tipo de ameaça. Criminosos super-poderosos, andróides genocidas, viajantes do tempo, feiticeiros, deuses ensandecidos e até mesmo impediram a destruição da Terra e do Universo. Goste ou não deles, não há como negar a importância dos “maiores heróis da Terra”. Mas eu não estou aqui para falar o quanto gosto deles, e sim para contar sua origem. O texto foi adaptado (e com isso eu quero dizer que quase que praticamente traduzi) da enciclopédia Marvel, cujo link é esse.
Operação: Renascimento
O franzino Steve Rogers não passava de um estudante de Artes quando Roosevelt anunciou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Decidido a ajudar seu país, Steve tentou se alistar no exército, mas foi recusado por causa de suas péssimas condições físicas. Ao invés de servir do modo convencional, Steve recebeu uma proposta para participar de algo muito maior: Um projeto ultra-secreto cujo objetivo era criar soldados capazes de usar 100% do potencial físico humano. Ele aceitou, e se tornou o mais novo integrante da Operação: Renascimento. Steve passou por um rigoroso treinamamento físico, e aprendeu técnicas avançadas de combate corpo-a-corpo. Após uma seleção entre os candidatos, ele foi escolhido como a primeira cobaia para o teste. Pelas vias oral e venal, Steve ingeriu o soro do super-soldado, cuja fórmula foi desenvolvida pelo Doutor Abraham Erskine, um cientista alemão refugiado. Após a ingestão, foi feita uma exposição a uma quantia controlada de “Raios Vitais”, que reagiram com o soro contido em seu corpo. Com isso estava completo o aprimoramento: Steve agora era a representação viva do limite do potencial humano. Além força e resistência absurdas, agora ele também era capaz de correr um quilômetro em aproximadamente um minuto.
Nasce um Símbolo
Erskine, único detentor da fórmula do soro, foi morto por um espião nazista antes que novos candidatos pudessem ser selecionados. O governo americano então utilizou Steve de todas as formas que pôde. Com um uniforme desenhado a partir da bandeira americana e um escudo á prova de balas, ele foi renomeado como Capitão América. A partir daí, ele serviu como propaganda para as forças aliadas e como agente de contra-inteligência. Logo ele se tornou o arquiinimigo do Caveira Vermelha, o chefe de operações nazista. A identidade do Capitão foi mantida como um segredo de Estado, e Rogers foi mandado para o campo de infantaria LeHigh, situado em Virgínia. Lá ele fez amizade com James Buchanan Barnes, apelidado de “Bucky”. Bucky acidentalmente descobriu que Steve era o Capitão, e aceitou manter segredo se fosse treinado pelo mesmo. Assim Bucky tornou-se o escudeiro e melhor amigo do Capitão América. A versão final do escudo foi dada pelo próprio Roosevelt, e dessa vez era composto de ferro e vibranium. No final de 1941, Capitão América, Bucky, Tocha Humana (o original, um andróide capaz de entrar em combustão), Toro e Namor uniram forças para enfrentar o Master Man, um super-humano nazista (e cidadão americano) que queria matar o primeiro ministro da Inglaterra, Winston Churchill. O ministro ficou impressionado com os heróis, e os encorajou a permanecerem trabalhando em equipe. Adotando o nome de “Invasores”, os cinco heróis combateram os mais poderosos agentes nazistas, assim como tropas comuns.
Perdido no Tempo
Nos dias finais da Segunda Guerra Mundial, o Capitão e Bucky tentaram impedir o vilão nazista Barão Zemo (Heinrich Zemo, pai do ex-líder dos Thunderbolts, Helmut Zemo) de destruir um protótipo de avião. O avião foi lançado com um explosivo em seu interior, com Steve e Bucky em sua cola. Ele conseguiram alcançar o avião enquanto ele estava decolando. Bucky tentou desativar a bomba, mas ela explodiu, atirando Steve nas geladas águas do Atlântico Norte. Nenhum dos dois corpos foi achado, e ambos foram dados como mortos. Steve e Bucky foram substituídos, mas os novos Capitão e Bucky não vingaram por muito tempo.
Os Vingadores encontraram o corpo de Steve décadas mais tarde, completamente preservado no gelo (ainda estava vestindo o uniforme e empunhando o escudo). Quando foi revivido, Steve relatou o fracasso de sua última missão, e apesar de ainda se sentir culpado pela suposta morte de Bucky, ele conseguiu se adaptar aos tempos modernos, e logo assumiu a liderança dos Vingadores. Paralelamente ele fez várias missões para a SHIELD, sob as ordens de seu velho amigo e parceiro de combate Nick Fury. Mais tarde ele descobriria que não foi o único a sobreviver a passagem dos anos…
Avante, Vingadores!
Quando Loki, deus nórdico da trapaça e do fogo, resolveu atacar nosso mundo, o jovem Rick Jones (único amigo do Hulk) pediu ajuda aos mais poderosos heróis disponíveis no momento. Homem-de-Ferro, Homem-Formiga, Vespa, Hulk e o meio irmão de Loki, o poderoso Thor, responderam ao pedido. Após travarem um combate épico, Hank Pym, o Homem-Formiga, sugeriu que eles continuassem agindo em equipe. Sua esposa Vespa foi mais longe, falando que eles deveriam ter um nome, “algo chamativo e dramático, como os Vingadores”. O nome pegou, e assim surgiu a lenda.
Tony Stark, o Homem-de-Ferro, financiou o grupo e doou sua residência em Manhattan para que pudesse ser usada como base de operações. O mordomo de Stark, Edwin Jarvis, permaneceu na mansão, e se tornou um amigo, confidente e conselheiro valioso para os membros da equipe. Stark tenou tornar a equipe oficial, mas foi barrado no Conselho de Segurança Nacional, e não foi muito bem aceito pelo público em geral, tudo por ter o Hulk como membro. O Hulk abandonou os Vingadores após um momento de fúria, e a equipe só viria a ter uma boa imagem com a entrada do Capitão América (que treinou o Homem-de-Ferro em combate corporal). Com sua presença, os Vingadores tornaram-se status oficial, além de ser a super-equipe mais respeitada de sua geração. Esse prestígio foi posto em teste quando os membros fundadores se afastaram por motivos pessoais, deixando o Capitão sozinho com os novatos, o fora-da-lei Gavião Arqueiro e os filhos de Magneto, os mutantes Mercúrio e Feiticeira Escarlate. Todos eles mostraram-se ótimos operativos, principalmente o Gavião, que seguiu rigorosamente os passos de seu mentor, o Capitão América.
Com o tempo, novos membros foram surgindo. A espiã russa Viúva Negra, o semi-deus Hércules, o rei de Wakanda, Pantera Negra, o vilão Homem-Areia, o Capitão Bretanha, o Máquina de Combate, o príncipe Namor, o X-Man Fera e até mesmo o Doutor Stephen Strange. Os Vingadores passaram por diversas formações desde sua criação até a queda (vide Vingadores: A Queda), e a bifurcação da equipe após a Guerra Civil. Separados, eles são heróis respeitados. Juntos, eles são os poderosos Vingadores, os maiores heróis da Terra.
O que esperar dos Filmes
Quanto ao do Capitão, tenho quase certeza de que estará entre os melhores da Marvel. História fácil de adaptar, e personagens carismáticos. E ao que parece, será bem fiel aos quadrinhos. Quantos aos Vingadores, não sei o que dizer. Foi anunciado que o Capitão fará parte da formação inicial, o que pode significar uma modificação na origem (o que pode ser bom ou muito ruim mesmo). Talvez o vilão nem seja Loki. Mas uma coisa eu garanto: No final, veremos uma abertura para o surgimento de Ultron.
Quem está por dentro do andamento das novas produções dos Estúdios Marvel, deve lembrar que Lexi Alexander, a diretora do novo filme do Justiceiro, afirmou que o filme seria o mais próximo possível da série MAX, escrita por Garth Ennis. Quem conhece o material, se animou com a notícia, pois sabe que agora o filme terá um teor mais sério (e consideravelmente mais violento), bem diferente do primeiro filme que tomou como base o volume 3, uma fase mais “engraçadinha”. Quem ainda não conhece essa excelente fase do personagem (de longe a melhor), irá conhecer agora.
A Origem
Nascido em uma família de descendência italiana em Nova Iorque, Francis Castiglione poderia ter se tornado um padre católico, mas largou os estudos quando percebeu que era incapaz de perdoar certas pessoas. Frank Castle, como era chamado por seus amigos, casou-se jovem com uma mulher chamada Maria, que já estava grávida de seu primeiro filho. Castle se alistou nos Fuzileiros Navais, e entrou para a Escola de Infantaria após completar o treino básico. Ele ainda se graduaria em outras forças (inclusive a Escola de Franco-atiradores), até conseguir permissão para participar também da Escola de Aviação Militar e os treinos da Equipe Naval de Demolição Sub-aquática, se qualificando como um SeAL (“Sea, Air and Land”, “Mar, Ar e Terra”).
Então estourou a guerra do Vietnã. Castle combateu os vietcongues sob o posto de Capitão das Forças Especiais, e foi o único sobrevivente do episódio que ficaria marcado como o “massacre de Valley Forge”. Como recompensa pelo seu heroísmo na frente de batalha, ele foi condecorado com inúmeras medalhas, incluindo o Coração Púrpura (um dos maiores méritos). Após tais eventos, Frank Castle não era mais o mesmo. Mas isso só ficaria claro mais tarde.
Pouco tempo depois de seu retorno, Frank levou sua esposa, Maria Castle, e seus dois filhos, Frank David Castle (chamado de Frank Júnior) e Lisa Barbara Castle, para um inocente piquenique no Central Park. Chegando lá, eles presenciaram uma horrível execução, fruto da disputa entre as máfias locais: Um informante havia sido enforcado numa árvore. Querendo se livrar de toda e qualquer testemunha, os capangas da família Costa fuzilaram todas as pessoas que ali se encontravam. Maria foi baleada no coração. Lisa tomou um tiro na cabeça, e seus miolos caíram na grama. Frank Júnior teve sua barriga aberta por uma rajada de balas, e ainda sobreiveu por alguns segundos. Castle também foi baleado, mas foi levado a um hospital em tempo de ser salvo.
Com o rosto dos assassinados gravado em sua mente, Castle foi até a polícia, apenas para descobrir que eles não podiam, ou não iriam, ajudá-lo. A polícia estava altamente envolvida com a família Costa. Com a cadeia fora de questão, Castle percebeu que só havia um modo de punir os criminosos: Destruição física. Com uma caveira branca pintada em sua camisa, simbolizando assim o destino que aguardava os criminosos que cruzassem seu caminho, Castle executou sua vingança da forma mais violenta que pôde (empunhando uma faca, dilacerou os capangas que dispararam as armas e arrancou o coração dos líderes da família).
Insatisfeito com sua vingança pessoal, Frank Castle passou a caçar criminosos por todo os EUA. Assassinos, traficantes, pedófilos, ladrões, corruptos… Se você é culpado, você morre. Procurado pela polícia e considerado um desertor (por abandonar seu cargo militar), Castle agora é um homem solitário, que vive para combater o crime. Frank Castle está morto, e um novo e temido nome corre pelas ruas: Justiceiro.
Leituras Essenciais:
The Punisher: Tyger – Narra a difícil infância de Castle num bairro comandado pela máfia, e o que viria a ser o precursor de seus instintos vingativos. Edição única.
The Punisher: Born – Mini-série em quatro partes, mostra os dias de Castle em Valley Forge, um posto militar no Vietnã.
A Revista
Garth Ennis leva o personagem a seu auge ao aderir ao selo MAX. Quando assumiu a revista, em 1999, trazendo Castle de volta a vida (ele havia sido morto e transformado em uma espécie de agente dos céus), Ennis assumiu uma postura mas descontraída, com diálogos repletos de piadas, violência exagerada e crossovers com outros personagens (dos quais se destaca a vez em que o Justiceiro atropelou Wolverine com um rolo compressor). Já no selo MAX, Ennis foge um pouco da cronologia, e se isola dos outros personagens da Marvel.
“Como assim, Nip?”. As histórias do Justiceiro publicadas com o selo MAX não possuem posição certa na cronologia, apesar de existir continuidade entre uma edição e outra. E apesar de se passar no mesmo Universo que as histórias do Homem-Aranha (o 616), por exemplo, não há uma menção sequer a outros heróis, anti-heróis ou vilões da editora, nem mesmo o Jigsaw (velho inimigo do Justiceiro). E como o primeiro arco se inicia com um flashback da morte da família de Frank, a revista pode ser lida por qualquer pessoa sem existir a preocupação de ter que procurar por volumes mais antigos para entender o que está ocorrendo.
Outra grande mudança foi o modo com o qual Ennis trata o personagem. Com uma narração mais introspectiva (que em alguns momentos lembra até Max Payne), a personalidade de Castle foi melhor definida. Seu emocional é sempre um misto de depressão e raiva, e em muitas ocasiões fica claro que sua missão de vingança tornou-se algo mecânico. A matança tornou-se algo trivial na vida de Castle, e as vezes, dependendo do alvo, dá até para afirmar que ele está tomando gosto pela coisa. De fato, um desenvolvimento bem mais adulto do vigilante da Marvel.
Uma quantidade razoável de desenhistas passou pela revista, todos eles de ótima qualidade. O jogo de sombras é constante na revista. A narrativa costuma se passar em locais fechados e/ou escuros, e os olhos do Justiceiro aparecem apenas de vez em quando (olhando as capas dá para ter uma idéia do que falo). As cenas de ação são muito bem representadas, e o detalhe das armas é incrível. Geralmente falando, chuto ser uma das revistas mais bem desenhadas da Marvel (geralmente pois três arcos possuem uma arte mais simples, mas ainda boa).
Uma ótima revista, que agrada tanto fã antigos quanto novos leitores, Justiceiro MAX é satisfação garantida. O atual arco, “Valley Forge, Valley Forge, the Slaughter of a US Marine Garrison and the Birth of the Punisher” (em andamento nos EUA, sem tradução oficial ainda), marca a saída de Garth Ennis, que ficará consagrado pelo trabalho que fez com o Justiceiro. A revista continua após sua saída, mas estou a tanto tempo acostumado com Ennis que não sei o que esperar.
Justiceiro MAX
The Punisher MAX Lançamento: 2005 Arte: Diversos desenhistas Roteiro: Garth Ennis Número de Páginas: 23 Editora:Marvel Comics
Essa é a prova de que as MELHORES adaptações são as animações. Veja bem: Homem-Aranha luta contra LADRÕES, não ROBÃâ€S GIGANTES. Então, cabe ao Homem de Ferro e ao Hulk salvarem o dia, é claro.
Pois é, vocês acharam que o badass Nick Fury tinha morrido?
Se enganaram redondamente, ele tá de volta, na saga Secret Warriors. Bom, pelo menos foi o que Tom Brevoort anunciou na Comic Con.
Com roteiros de Brian Michael Bendis e sem desenhista definido, a saga pretende mostrar o que Fury fez enquanto tava na moita, que era preparar uma equipe pra foder com os Skrulls, que tão infiltrados até… ai, na sua casa! Isso ae, sua mãe é um Skrull, e você nem notou.
Segundo a Marvel, a equipe vinha sendo treinada há muito tempo, desde o arco A Invasão Secreta, e será composta por filhos de gente foda, tipo Phobos, filho de Ares. Ou seja, só nego que ganhou na loteria do DNA, por ter como pai ou mãe gente superpoderosa.
Eu chuto que o loirinho ali é o Franklin Richards…
E outra coisa: Falaram que Luke Ross, desenhista brazuca, vai dividir com Steve Epting a arte do título do Capitão América. Pelo que foi dito, cada um vai desenhar uma saga. Ou seja: Quem liga?