Para comemorar o lançamento do esperado Giant-Size Astonishing X-Men, previsto para o dia 28, que irá encerrar a fase Whedon/Cassaday. Com a saída de Whedon, o premiado Warren Ellis irá assumir a revista. A edição 1 é a primeira parte (obviamente) da consagrada volta de Colossus e Kitty Pryde á cronologia mutante. Scott retoma o projeto de Xavier ao lado da ex-vilã Emma Frost. Uma empresa de pesquisas genéticas afirma ter descoberto a cura para a mutação, e os X-Men vão investigar. A história se passa após o arco “Planet X”, onde Magneto mata Jean Grey e destrói a mansão.
A “animação” na verdade é uma dublagem das páginas da revista. Veja o vídeo aqui. Necessita uma boa noção de inglês.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Como eu já havia dito antes, Thunderbolts é a melhor revista gerada pela Civil War, e por pouco a melhor publicada hoje (por pouco pois Captain America é muito boa também). Meses se passaram desde que resenhei a revista, e os Thunderbolts só subiram em meu conceito. Não poderia esperar menos de Warren Ellis e Mike Deodato.
Em seu segundo arco, entitulado “Caged Angels”, Warren complica um pouco a vida dos Thunderbolts. Um grupo de super-humanos infiltra a montanha e começa uma investida com força total contra todos que ali se encontram. Enquanto isso, Mac Gargan perde o controle do simbionte, e Venom inicia um massacre. Até encontrar o Espadachim, que agora se chama Barão Strucker, e está disposto a matar todos que não obedecerem suas ordens. Cabe ao resto dos Thunderbolts controlar ambas as situações, que já fugiram de controle há muito tempo.
Num arco repleto de lutas e desmembramentos, um bom desenhista é uma obrigação. Por sorte temos Deodato. Mesmo com tantos conflitos ocorrendo, Ellis ainda consegue espaço para desenvolvimento de personagens. É óbvio que estamos falando de Penance (ou Suplício, como ficou a tradução). Com a ajuda do Doutor Sansom, o jovem Baldwin tem feito progresso, e até mesmo… recuperou seus antigos poderes?
Thunderbolts continua impressionando com seu roteiro e personagens psicóticos, e com uma equipe (criativa) dessas, não é a toa que está em primeiro.
Thunderbolts
Título original Thunderbolts Lançamento: 2006 Arte: Mike Deodato Roteiro: Warren Ellis Número de Páginas: 25 Editora:Marvel
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Ah, o bom e velho Steve Rogers. Alvo do ódio de todo indivíduo que se considere anti-americano. E de todo indivíduo que nunca leu uma revista sequer do personagem (fase Loeb/Lifeld não vale, tenha bom senso). A verdade é que apesar do que se pensa, ele é muito mais do que um instrumento de difusão da supremacia americana, e muito mais legal do que aparenta ser. Mas eu não estou aqui para falar do personagem (farei isso algum dia, gosto bastante dele), e sim da revista como um todo. O volume 5, mais precisamente. As histórias do Capitão atingiram seu ápice de qualidade com a entrada do roteirista Ed Brubaker e o desenhista Steve Epting na equipe de criação.
Ed Brubaker assume uma postura mais realista, mostrando o Capitão América como o que ele sempre foi, um soldado, e não o que as pessoas em sua volta querem que ele seja (um símbolo). Nos primeiros arcos Brubaker começa a mostrar sua habilidade como roteirista ao trazer de volta á vida um personagem morto há muito tempo atrás: Bucky, o garoto que foi sidekick do Capitão durante a Segunda Guerra. Além de reviver o personagem de forma maestral, Brubaker também fez melhoras significantes no mesmo. Bucky deixou de ser um garoto sem presença, e era agora um assassino experiente, que agia sob o nome de “Winter Soldier”. Isso somado ao belo visual criado pelos pincéis de Epting resultou em sucesso total.
Veio então a Guerra Civil. O Capitão América se volta contra seu governo, e passa a liderar os “Secret Avengers”, para tentar impedir o ato de registro. Isso nada mais é do que o precurssor para o próximo grande feito de Brubaker: Matar Steve Rogers numa edição surpreendente e emocionante. Enquanto os heróis lutavam entre si, o Caveira Vermelha orquestrava um plano peculiar e maduro (que ainda está rolando, nem vou spoilear), que vai muito além da vingança.
A partir desse momento começa o mega-arco “Death of the Dream”, que já está em seu terceiro ato. Com o Capitão morto, os protagonistas passam a ser os amigos dele, dos quais se destaca Bucky. Após muitas reviravoltas e intrigas no primeiro ato, Brubaker define Bucky como o tão esperado sucessor do herói. E ainda transforma Bucky num personagem tão bom quanto o Capitão original. Usando um uniforme diferente, armado com uma pistola e desprovido de piedade, Bucky agradou desde a primeira página em que apareceu como Capitão América.
Uma mistura de ação e espionagem, Captain America é leitura obrigatória para quem pretende adentrar no Universo Marvel, e num dos melhores personagens dos quadrinhos.
Captain America
Captain America Lançamento: 2004 Arte: Steve Epting Roteiro: Ed Brubaker Número de Páginas: 25 Editora:Marvel
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Não ficaria surpreso se vocês não conhecessem o personagem. Ele sempre fez parte do grupo mais obscuro. Talvez por isso eu nunca tenha despertado interesse por ele antes de suas histórias chegarem nas mãos de Charlie Huston, escritor e fã declarado do Moony, e David Finch, desenhista experiente. Tudo começou na Europa, mais precisamente Paris. Lá estava eu numa comic shop meio que de bobeira quando me deparei com algo que chamou minha atenção: A Premiere Edition da nova revista do Moon Knight, com o primeiro arco compilado. Eu comprei e o li assim que cheguei no hotel. 6 edições foram suficientes para me transformar num fã do Moony.
“Nas areias do deserto do Egito, Marc Spector foi selvagemente espancado e abandonado, com seu corpo sofrendo de dores insuportáveis… Um homem morrendo numa terra selvagem, no “fundo do poço” do mundo.
Sozinho até que Khonshu veio. O grande Deus precisava de uma arma, um árbitro de vingança na Terra, alguém para trazer dor á aqueles que a merecessem. O pacto foi feito e um guerreiro nasceu: Cavaleiro da Lua. A noite tinha um novo protetor e Marc Spector tinha uma razão para viver. Uma nova possibilidade de encontrar rendenção. Uma nova luxúria pela vida e um senso de propósito.
Mas isso foi a tanto tempo atrás… Agora, Marc Spector é confrontado por uma questão que ele nunca teve que lidar antes: O que acontece quando seu Deus o abandona? A resposta é simples: Você está de volta ao fundo do poço. Para reviver a vida – e vidas – que você pensou ter deixado para trás. Para reencarnar o espírito da vingança, ou morrer tentando.
Essa é a história da retribuição de um terrível, aterrador Deus e o mortal que optou por serví-lo. Essa é a história do Cavaleiro da Lua.”
– Porcamente traduzido da Premire Edition
No primeiro arco, entitulado “The Bottom” (Fundo do Poço), Huston mostra a decadência do vigilante, numa narrativa obscura e introspectiva, enquanto traça o peculiar perfil psicológico do personagem. Conhecemos a sua origem e os seus motivos, assim como sua vida social. Ou o que resta dela. Mas o melhor dos elementos do roteiro é o mistério por trás de Khonshu. Ele existe mesmo, ou é apenas fruto da perturbada mente de Spector? Não espere uma resposta tão cedo.
O segundo arco, entitulado “Midnight Sun”, retrata a influência da Civil War na vida de Spector, enquanto ele é caçado por um novo inimigo, consequência de suas ações no passado. Quatro personagens já consagrados pelos Marvetes fazem aparições nesse arco. Homem-Aranha, Homem de Ferro, Capitão América e o Justiceiro, responsável pela morte do irmão de Spector. Midnight Sun mostra a grande diferença entre o Moon Knight e os outros heróis. Ele não sente remorso e muito menos se importa com o que acontece em volta. Ele é simplesmente o avatar da vingança.
Os desenhos de Finch são retocados no photoshop, dando um bonitismo extra á revista. Seu estilo mais pesado caiu bem no personagem, apesar das cenas de luta terem ficado meio sem idéia de movimento. Os ferimentos poderiam ser melhor desenhados. Mas o foco desses dois primeiros arcos não é a ação, portanto não se preocupe.
Terminado “Midnight Sun”, Finch dá lugar á Mark Teixeira, e Huston passa a auxiliar o novo roteirista, Mike Benson, para o arco “God and the Country”, que explora as ações e consequências do registro do Moony. A narrativa fica menos introspectiva, mas ainda podemos notar influência de Huston (até porque ele não deixou a revista, exatamente) e ação flui mais facilmente. Os desenhos de Teixeira lembram os de Michael Lark em Daredevil, e eu gostei disso.
Moon Knight é uma revista no mínimo interessante, que me faz pensar que outros bons personagens a editora esconde. Muitos vão notar uma semelhança com o Batman (ambos são ricos, usam capa e tudo mais), o que eu penso não ser coincidência. Há quem ache ele parecido com Spawn, mas aí seria o oposto, pois Spawn foi criado 15 anos depois.
Moon Knight
Título original Moon Knight Lançamento: 2006 Arte: Mark Teixeira Roteiro: Mike Benson e Charlie Huston Número de Páginas: 24 Editora:Marvel