Eu adoro jogar. Jogos em flash principalmente. Aqui tá a prova.
Pros entendidos no assunto, fica mais fácil perceber as “modas” que o flash segue. Teve o tempo dos shooters, dos TD, dos point-and-click, e agora, estamos na época dos multiplayer. continue lendo »
Eu tenho uma vontade quase secreta, compulsiva e incontrolável, daquelas que se passa anos convivendo: Flash games.
Desde que me entendo por nerd cibernético que sou consumidor final desse gênero gamer, talvez motivado pelo meu abandono aos consoles convencionais ou então pelos meus hardwares não tão gamísticos. Acho que meu último vídeo-game foi um Playstation 1, daquele modelo apelidado carinhosamente de “caixão”, e minha última placa de vídeo só chegava à casa das 5 centenas de memória. continue lendo »
Vamos deixar umas coisas claras por aqui, antes de começar este texto: Eu não sou o Atillah. E não, ele não morreu. Ou morreu, sei lá. Enfim, o que eu realmente entendo é sobre música, mas a parte de Games do Bacon tá realmente abandonada, então, depois do Pizurk falar que eu poderia escrever um texto ou outro aqui, eu vou começar a preparar alguma coisa pra tentar ir ao ar toda semana. É claro que, pra mim, a parte de música ainda tem prioridade. Ou seja: Morram. continue lendo »
Olá bando de gamers desocupados. Gostaria de informá-los de que fui agraciado recentemente com uma cópia do Guinness World Records Games 2008, que acabei de ler de cabo a rabo e queria compartilhar com vocês agora.
Confesso que nunca fui muito chegado nesse lance de Guinness Records e tals. Não tenho interesse nenhum em descobrir quem é o cara mais feio com o cabelo mais comprido, ou quem tem o maior câncer de próstata do mundo. Sei lá, acho meio idiota e uma completa perda de tempo ficar “descobrindo” essas coisas. Então, foi com pouca curiosidade que peguei esse Guinness de Games. Pensei que seria apenas uma lista enorme de recordes em jogos, além de coisas desinteressantes como “XBox 360 que ficou mais tempo ligado sem incendiar a casa do jogador” e coisas do gênero.
Mas começando a folhear o livro já tive algumas surpresas agradáveis; a principal é que os recordes de pontuação ocupam apenas doze páginas do livro. E só lá no finzinho, antes do índice remissivo. Orra, isso aí já me empolgou, pois significava que todas as outras duzentas e várias páginas teriam OUTRO TIPO de informação sobre games.
Volto pro começo e vou virando as páginas com um interesse já maior, e pego de cara as páginas com destaques gamísticos do ano de 2007; coisas como o lançamento do PS3 na europa, que eu já nem lembrava que só tinha acontecido no início do ano passado. As coisas andam rápido no mundo dos jogos. Mas ali nos destaques encontrei várias informações que passaram batidas pra mim, mesmo eu sendo um atento seguidor das notícias gamísticas há anos. Mas ok, até aí nada que justifique comprar um livro desse tamanho. Notícias eu posso ver em sites especializados, porra.
Disso pula para o ranking dos 20 jogos de maior sucesso em 2007. A lista é razoavelmente coerente, embora contenha jogos como “Peggle” (que eu acho que só fez sucesso no Japão) e “The Simpsons” que eu vi na lista dos “20 mais de 2007” e fiquei tipo “Q”. Mas beleza, rankings são complicados mesmo, e variam demais dependendo do critério adotado.
Depois da parte obrigatória dos números e destaques, começa o filet mignon do livro. Trinta páginas saborosas seguem, apresentando a história dos consoles, acompanhadas de seções específicas para os consoles da geração atual. Lá estão todas as informações técnicas de X360 e PS3 por exemplo, pra você tirar definitivamente a dúvida de qual dos dois é mais rápido ou com capacidade para gerar gráficos melhores. Seu nerd turrão do cacete. Algumas informações ali foram TOTALMENTE novas para mim, como descobrir que é possível ligar o Playstation 1 a um celular para trocas de dados e downloads! Coisa do Japão, claro. A gente sempre perde essas coisas por aqui.
Finalmente entramos no “grosso” do livro, onde se fala sobre os jogos em si. Totalmente espetacular; quase duzentas páginas de jogos categorizados passando por todos os gêneros esperados, de jogos de luta até os puzzles. Todos os grandes jogos de 2007 estão lá, com resgates históricos competentes e fatos e curiosidades que existem grandes chances de você não ter ouvido. Aliás, é tanta informação no livro que você CERTAMENTE vai achar um monte de coisa nova pro seu repertório gamer. Por exemplo, em jogos de luta, ao se falar de Tekken você descobre todas as plataformas para as quais ele já foi lançado, um pequeno histórico do jogo, informações sobre os lutadores e os caras chegam mesmo a citar a comics de Tekken que foi lançada um dia. Muito bom.
Eu ia criticar o conteúdo e a escolha dos jogos, mas nem vou. No fim das contas o conteúdo é bom, e ficar xingando a escolha de jogos dos caras seria preciosismo. Para mim vale mais a iniciativa e culhão de editarem um livro desse tamanho voltado para os vídeo-games. É exatamente o tipo de material informativo que a gente precisa para expandir a popularidade dos jogos como forma de entretenimento a ser respeitada.Esta seção também é complementada por informações esporádicas sobre recordes e fichas técnicas, além de entrevistas feitas com personalidades do meio gamer: jogadores, desenvolvedores, jornalistas. etc. Muito competente.
Na parte gráfica o livro é bem-acabado, com aquela tradicional capa bicha brilhante dos livros Guinness, com efeitos “holográficos” e tal. Não faz meu gênero, mas não tem como dizer que não é bem-feito. O miolo é maravilhoso, em papel resistente e muito bem ilustrado, colorido e recheado de figuras que enchem os olhos de qualquer gamer. Me lembra os tempos áureos da revista Ação Games e Gamepro. O tamanho e o peso são reduzidos em relação ao Guiness tradicional de recordes, então fica bem mais fácil de manejar e ler no banheiro, por exemplo.
Tenho algumas críticas, entretanto, á revisão e edição final do livro; algumas coisas absurdas passaram batidas como citar o X360 como “XBox 260” e outros pequenos erros de formatação. Nós SABEMOS que não existe um “XBox 260”, mas é engraçado ver um erro desses no meio do texto. Alguns erros são mais sérios, como na seção do Wii, onde ilustram um foto do wiimote com uma versão em desenvolvimento do controle, ao invés de colocar a versão que foi para o mercado. Mais cuidado na próxima, ok? Outra coisa absolutamente dispensável (e que felizmente ocupa bem pouco espaço no livro) é a adição de “dicas” sobre jogos específicos. C’mon guys, quem compra um livro enorme desses pra ver dicas velhas de jogos de 2007? Existem revistas só disso e o Gamefaqs que está aí há anos cumprindo essa função. O espaço pode ser melhor aproveitado, convenhamos.
No geral, um lançamento muito interessante. Gostoso e fácil de ler, e obrigatório para qualquer gamer hardcore como eu, que leva o lance de vídeo-games á sério demais. É realmente um “manualzão” sobre jogos, bom de ter ao alcance das mãos, principalmente pra quem escreve sobre o assunto como eu faço. Felicito a Ediouro pela coragem de botar um livro desses no mercado brasileiro, em um momento onde a literatura e o jornalismo impressos sobre games estão em franca decadência. Precisamos mais disso.
Veja mais informações sobre o Guinness Games aqui. Inclusive como mandar seu record para uma próxima edição.
Guinness World Records Games 2008
Guinness World Records Games 2008 Ano de Edição: 2008 Autor: Guinness World Records Número de Páginas: 256 Editora:Ediouro