Quer dizer, eu nunca tive uma biblioteca particular nem nada disso: Tem gente que teve muito mais volumes do que eu, mas eu já tive bastante. Prateleiras e mais prateleiras ocupadas – abarrotadas – e ainda assim com mais livro que espaço pra colocá-los. Houve época em que toda semana eu comprava livro novo, todo mês chegava um novo material aqui em casa. Nos últimos anos, isso mudou bastante… O que continua, ou é importante ou está na beira do abismo.
Uma das tragédias dessa vida é o jovem. Outra é ficar velho. E quando junta as duas rola um sentimento agridoce de vencer uma guerra e perder as duas pernas três, no meu caso. Pois eis que vi-me em meio à gente mais jovem que eu e que – ora vejam só – têm a leitura como hobby. E não, eu não encontrei na biblioteca e nem na livraria… E nem no prédio de humanas. E porram, é meio estranho você se deparar com gente que faz “atualmente” o que pra você já foi faz tempo.
Nem sei se dá pra chamar de meme, só sei que tive um misto de vergonha alheia e nostalgia aqui.
Não lembro a última vez que usei isto aqui, o que significa dizer que faz tempo o suficiente para perder o jeito.
É estranho como as coisas são: Como o costume é uma parte integrante de tudo que fazemos, e ainda assim é tão fácil tirá-lo da equação, relegando-o à uma posição de bastidores. Num mundo em que a memória muscular faz toda a diferença, e o segundo colocado é mensurado em milésimos de segundo, não tem espaço para o desconhecido: A prática à exaustão é o segredo do sucesso mais que o talento, e quando chega o inevitável momento em que o resultado final não é mais o melhor resultado possível, há um problema. A aposentadoria é uma vergonha não porque os louros prévios perderam seu valor, mas porque o passado não gera interesse. continue lendo »
Como faz tempo que eu não discuto literatura. Sério, faz mor tempão mesmo. Tipo, sei lá, 2012? 2014 no máximo. E meu deus, é tão distante, saca? Parece que foi há tanto tempo… Eu não sei se isso é bom ou não, só sei que eu tô perfeitamente bem com isso.
Já tem coisa de uma semana que eu tenho me questionado bastante acerca dos meus hábitos de leitura, mais especificamente em como, quando e onde eu leio. Os temas e preferências continuam os mesmos de sempre, variando desde artigos científicos e descobertas recentes até memes e literatura infantojuvenil (Fazia tempo que cê não escutava essa expressão, não é?), mas de uns anos pra cá a logística da minha leitura mudou muito… Em outras palavras, eu leio muitos poucos livros.
Todas as imagens aqui serão stock porque foto de livro é redundante.
Creio que já falei disso antes: Abrir mão das coisas. Não me refiro ao batidíssimo “se o ama, deixe-o ir” e nem do “ame-o ou deixe-o” do nosso BêÉrre, mas aquela coisa de abrir mão de uma ideia só porque você não colocou tempo e dedicação o suficiente nela. Tenho quase certeza que já falei disso antes, mas até onde me lembro, falei no meio de piadas ruins e brincadeiras idiotas… Hoje não vai ser diferente, só ligeiramente mais sério.