Não sei vocês, mas eu não sou o tipo que consegue ler no modo tradicional, sentado normalmente, numa cadeira, poltrona ou sofá, com o livro em mãos e uma fonte de luz de modo propício. Não, eu leio todo jogado, no lugar que for, muitas vezes com iluminação ruim e todo o pacote que “vai te fazer usar óculos em alguns anos”.
E sabe por quê? Porque a dona do meu corpo sou eu.
Estou pensando em escrever um livro. Será, obviamente, inédito, jogando com as emoções dos leitores, ora fazendo-os ficar ao lado do mocinho, ora ao lado do vilão. E vai ter a mulher, é claro, dividida entre seus sentimentos e seus deveres, lutando para não cair nas garras de uma vida sem emoção… Quero uma ajuda, então vamos lá.
Estou fora de forma. Não, não estou falando da minha amável forma de barril, mas sim da minha capacidade de leitura: Não só estou mais devagar como estou me concentrando menos, estou lendo pior, estou tendo de reler mais e… Estou menos interessado na leitura. Vamos ao mea culpa.
Ler é um troço monótono e repetitivo por si só: Você abre o livro, revista ou o que quer que seja, prende os olhos lá na primeira linha e passa para a linha de baixo quando acabou a primeira; repete isso até o final da página, a vira, e começa de novo, folha após folha, até o final do livro. A graça de ler está no quê se lê, não na leitura em si, e isso é um daqueles problemas irrelevantes pra gigantesca maioria da população e que alguém oi, prazer tem que fazer alguma coisa sobre isso.
Tava outro dia, suaves e de boas, deitado na rede, aproveitando a vagabundeagem de vida, quando ocorreu-me um pensamento: Os livros nunca foram um instrumento de massa, já a TV e o rádio, sim. Acreditem, pode parecer estranho falando assim, mas eu vou explicar. Ignorem este parágrafo tosco e leiam o resto.
E aí está você, encarando a página em branco. É, é foda. Uma das partes mais irritantes da “síndrome da página em branco” (Ou qualquer outro nome que você der), pelo menos pra mim, são as tentativas que acabam logo depois de começarem. Vocês sabem, aquelas frases ou linhas randômicas, que pareceram legais quando você pensou nelas mas ficaram uma porcaria quando você as escreveu.
Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida, é que tudo o que já fiz como fã de Harry Potter foi passar vergonha. Atingi níveis aparentemente impossíveis de retardo mental ao demonstrar meu amor pela série – incluindo, é claro, não podia deixar de ser, ter ido fantasiada de aluna de Hogwarts à pré-estréia do sétimo filme.
Bom, pra quem já passou por isso, escrever um TOP – Cinco ensinamentos sobre educação no mundo bruxo não me parece lá muito ruim. Ora, eu sei que cê também tá curioso. Clica no leia mais aí e vem nessa. continue lendo »
Sabe quando você está lendo um livro/HQ e quando o fecha percebe que não prestou atenção em porra nenhuma do que estava ali e perdeu-se em pensamentos sobre a vida, a vizinha gostosa, aquele porre de 5 anos atrás com os bróder, etc? Então, este é o efeito chamado “São 3:00 da manhã e Satanás levou minha alma“, já que quando você se dá conta do que aconteceu, é como quando Satanás possui o seu corpo e te tira do controle. Ou como quando você bebe muito e acorda com amnésia alcoólica, que definitivamente foi a melhor coisa que Deus inventou. Onde esse texto quer chegar? Eu ainda não sei, mas vamos ver.
Vou lhes dizer que tenho um grande problema com títulos de livros, principalmente com livros que viram cult por algum motivo boboca e inútil. Por que? Bem, porque títulos são coisas importantes, são eles que introduzem o livro para um potencial leitor. E porra, eu tenho que fazer post mas é quatro da tarde de domingo, tá calor e foda-se o John Lennon.