Eu nem era fã de Charlie Brown Jr, e pouco conhecia sobre a discografia do grupo. Eu não pregava o que os integrantes da banda batiam no peito e gritavam pra sociedade, e nem comprava as brigas deles. Sequer considerava suas letras de músicas poesias ou ideias de gênios e revolucionários capazes de mudar o mundo. Não, eu não. Eu nem sabia que várias músicas que estavam guardadas em algum lugar do meu cantinho de lembranças e que embalavam a minha adolescência eram de CBJR. Mas eram.
Eu não era fã, mas acordei semana passada com uma notícia que me fez ter vontade de não ter acordado. Morre Chorão, vocalista e alma de Charlie Brown Jr, aos recentes 42 anos de vida, anulando todos os outros 42 ou mais (Ou menos, ok) que ele poderia ter pela frente. Motivo? Sei lá, perde o sentido achar um motivo que para uma vida.
Vocês devem ter ficados chocados com a repentina e “surpreendente” morte do vocalista da banda Charlie Brown Jr, Chorão, nesta semana. Eu também fiquei chocado. Muito mais com os pretensos “fãs” da banda, que endeusaram a figura do vocalista e principal compositor e letrista da banda ao status de “gênio” e “poeta” do “rock brasileiro”. Se você está intrigado com o teor irônico deste texto ou pelo menos está estranhando a quantidade de aspas que ele contém até agora, clique em “CONTINUE LENDO” aqui embaixo e descubra qual era o segredo dessa “grande” banda. continue lendo »
“Ela” pode ser centenas de coisas em um dia. Pode ser a bela e a fera, a fome e a fartura, pode ser prazer ou arrependimento. E por ela, quero dizer “elas”, quero dizer as mulheres. Ou antes, Charles Aznavour, o cantor francês, queria – só roubei seus versos. Hoje é a data simbólica do dia da mulher, então tenho aqui uma publicação simbólica sobre música e sobre elas, claro. continue lendo »
Queen é simplesmente foda. Ponto. Não precisaria nem escrever um texto sobre isso, mas irei. Primeiro porque eu estou a toa demais, segundo porque os caras merecem um texto. Divagações a parte, nunca tinha sido grande fã da banda, por puro preconceito mesmo. A gente vive em um mundo onde We will rock you é batucado em todos os refeitórios de escola, We are the Champions é musica de todo mundo que é champeão de alguma coisa e I Want to Break Free, é, bem, libertador, vamos dizer assim. Mas existe Queen pra além disto. continue lendo »
Este texto é só para marcar o aniversário de uma das maiores vozes de todos os tempos. Sim, eu sei que estou enchendo a bola do cara, mas ele merece. Ele é o Johnny Cash.
Nota do editor: O aniversário foi ontem, dia 26/02, mas o Kirk mora na selva amazônica, ai o texto demorou a chegar.
Pendulum é o nome do álbum que a banda Creedence Clearwater Revival lançou em 1970. É um disco bem mediano, pra falar a verdade. Não é exatamente triste como o Mardi Gras seria, dois anos mais tarde. Nem relativamente agitado como o Willy and The Poor Boys tinha sido no ano anterior. Aliás, mais ou menos na mesma época outra banda, o Steppenwolf, lançou seu primeiro álbum, uma gravação boa de ouvir, um hard rock interessante que em uma música ou outra brincava com acordes de blues. Mas, como o leitor esperto pode suspeitar, eu não estou escrevendo essas coisas à toa.
“ARGH, MEU DEUS, FUNK NÃÃÃÃÃO!!!” Podem parar com o chilique, que eu sei que lá pelos anos 90, entre Gerasambas, Molejões e Sowetos, alguém da tua família curtia uma Furacão 2000. É, e eu sei que quando você ouve, por alguma ironia do destino, as músicas que tocavam nessa era de Mãe Loira e Pai Moreno, temos que ter respeito, você fica todo(a) felizinho(a). Então lê o texto aí e relembre a época em que o funk era bom. E se você é juvenil, bem, se você é juvenil você pode sair daqui. Agora, amprifica o som e se prepara pro meu karatê 97, DJ!
As pessoas mais próximas de mim, como minha namorada e meus amigos, freqüentemente dizem que eu sou chato. E eu sou, eu acho. Passei a acreditar. Só que felizmente para todos nós, não sou um daqueles chatos que falam na hora errada, cutucam os outros, são mal-educados, incomodam, não. Eu sou o chato da crítica. Aquele cara que volta e meia precisa se importar com os detalhes que todo mundo relevou. É incontrolável. E essa minha característica, esse detalhismo, tem seu exponencial na música. E é disso que eu falarei no primeiro texto do ano. Vem comigo… continue lendo »
The Strypes é uma banda irlandesa da cidade de Cavan, formada em 2011 e que fez minha cabeça explodir quando ouvi. Falando assim, parece que estamos diante de uma bandinha esquisita que ninguém mais conhecehipster, o que não é o caso. O que impressiona é que os componentes do grupo tem idade entre 14 e 16 anos (Esquece as boy bands atuais e filhotes da Disney, tanga!) e fazem covers de músicas incríveis dos anos 60. Os garotos tiram um som R&B muito limpo e clássico, ganhando destaque justamente por nadar contra a corrente ao propor um som sem tantos efeitos e indo de encontro às origens do rock, com influências como Chuck Berry, Bo Diddley, Howlin’ Wolf, Little Walter, entre outros. E pra você que duvida da capacidade da molecada, dá só uma olhada ouvida nesse som aqui embaixo (Ao vivo, porra, ao vivo!) e tente não se impressionar com a gaita. continue lendo »
Um dos maiores clichês do rock and roll é alguém falar que “Ramones é só três acordes”. Eu, como fã da banda, já ouvi incontáveis vezes essa frase e ainda vou ouvir muito, tenho certeza. O caso é que, diferente de muitos fãs, eu não fico bravo, nem exatamente tento desmentir; o máximo que faço é explicar algumas coisas. Talvez o “crítico” em questão não tenha culpa de ser tão raso, talvez ele esteja só falando por que não gosta da banda – o que é perfeitamente compreensível – ou só queira aparecer. De qualquer maneira, talvez tendo alguns fatos em mente essa pessoa se saia melhor em discussões sobre música. Só é preciso um pouco de paciência e ouvir (Ou ler), afinal, como dizia minha avó, “conhecimento não ocupa espaço”. continue lendo »