Jon Spencer é o cara. Literalmente, sem sacanagem nenhuma, esse norte-americano merece mesmo este um adjetivo como esse, se é que isso pode ser chamado de adjetivo. Ele está na cena semi-underground mundial a mais de duas décadas, fabricando sons que únicos que fazem a alegria de muitos indies adolescentes inconformados com a normalidade musical, influenciando muitas bandas, sabendo mesclar o antigo e o novo sabendo como não ser apenas convencional e comercial e felizmente continua a nos surpreender com sua excentricidade musical. Aqui vai um pequeno resumo de seus feitos musicais: continue lendo »
A gente passou pela semana do Dia do Rock, e tu mais viu piada do dia do Roqueeee, do Silvio Santos, e sobre o rock (?) do Restart do que alguma matéria falando sobre rock mesmo. Até o Jornal da Globo resolveu sacanear e colocou os coloridos junto com o Di do NX Zero no ar, participando de um quadro do programa. Ó, nada contra quem curte as bandas citadas, mas rock isso não é. Ou é? Não vou por vídeo dos caras aqui pra vocês decidirem que estilo que é, porque né? Mas vamos combinar: Tu vê o Ozzy usando uma calça verde limão, uma camisa laranja e um casaco amarelo marca-texto? Pois é.
Sim, mais um texto sobre MPB. Que não é coisa de velho, aliás; é coisa de gente com bom gosto. Afinal, já perdi as esperanças de salvar fãs de Restart do purgatório. Pra que lembrar que essas coisas existem enquanto há tanta coisa melhor por aí, não é verdade? É verdade. Verdade absoluta (com Ph.D. em pleonasmo), ainda mais se tratando do melhor concerto da história da MPB (que, ironicamente, não aconteceu em terras tupiniquins) que juntou Vinicius de Moraes, Toquinho, Tom Jobim e Miúcha em um mesmo palco: En Concert in Italia.
Em 1966 o rock and roll tinha mudado. Era o auge do verão do amor. Paz e amor broto. As letras políticas de Bob Dylancheias de mimimi faziam parecer irresponsável a música executada apenas com propósito de diversão. As letras românticas dos primeiros tempos começavam a dar lugar ao lema sexo, drogas e rock and roll. Bons tempos? Nesta época começou a surgir o rock progressivo. Há quem ache que o marco inicial dessa coisa toda foi o disco Sgt Peppers. Eu acho que não. Pra mim, o Pink Floyd, com seu álbum The Piper at Gates Of Dawn, que inventou essa doideira toda. Ou melhor: Syd Barrett.
Uma sensação interessante é achar uma banda boa, gostar dela e inclusive ter ciúmes. Você começa a agir com a certeza que ela é sua, por tê-la salvo do ostracismo, e é provável que sinta um incômodo bem lá no fundo dos rins se vir alguém ouvindo. A graça está em perguntar -“Conhece tal banda?” e ouvir um sonoro “não”. Melhor ainda se for um silêncio seguido de -“…não, nunca ouvi falar”. Depois de regozijar no seu profundo conhecimento musical (?) também é uma ótima sensação iluminar aquela mente desafortunada e falar sobre a banda. Aliás, já ouviram falar em Dust? É, foi o que eu pensei. continue lendo »
Em 1964 na cidade de Jacksonville, Flórida, cinco amigos se juntaram e resolveram fazer jams sessions numa barraca no quintal de casa. Eram eles: Bob Burns (Bateria), Gary Rossington (Guitarra), Ronnie Van Zant (Vocal), Allen Collins (Guitarra) e Larry Junstrom (Baixo). O primeiro nome escolhido pelo quinteto foi My Backyard, seguido de vários outros como Noble Five, Wildcats, Sons of Satan, Conqueror Worm, e One Percent. Cada show que faziam, levavam uma a vaia e resolviam mudar o nome da banda. Um dia, Ronnie resolveu anunciar a banda como Lynyrd Skynyrd, um anagrama para Leonard Skinner, treinador da escola que pegava no pé dos caras por eles serem cabeludos. Essa foi a bem humorada maneira que eles encontraram de homenagear o babaca. Por acaso, eles não foram tão vaiados nesse dia e esse foi o nome que ficou.
Pessoas normalmente têm um certo preconceito quanto ao samba. Acham que samba, pagode, funk e outros estilos são, basicamente, a mesma coisa. Eu não sei de nada, só sei que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Fora que há uma diferença grande entre samba de qualquer, de raiz, e samba bosta que aparece por aí, pra ganhar dinheiro em cima de músicas que grudam na sua cabeça como um super bonder industrial. Fora que algumas vezes misturam samba com letras de sertanejo (Alcançando altos índices de cornice), pra cagada ficar completa. Fazer o que, merdas assim acontecem (E ainda cai de ter gente que goste). E é por isso mesmo que vocês têm que ouvir Roberta Sá.
Aqui vai uma pequena listinha com algumas bandas que apesar de serem tão ou mais competentes que os Beatles, não conseguiram o mesmo sucesso que os caras. Mas vamos lá. Se concordarem e tiverem mais alguma sugestão, coloquem nos comentários (Claro que eu espero que sugiram bandas dos anos 60, ok?). Se discordarem nem percam seu tempo, ODEIO Beatles e a sua opinião não vai mudar a minha… continue lendo »
Em meados de 1994, na cidade de Reykjavík, Islândia, três amiguinhos resolveram pegar suas mesadas e gravar uma demo num estúdio tosco, e depois tentar lançar as músicas numa compilação de novos talentos. Poderia ser a história de qualquer banda, até da minha ou da sua, mas essa é a história do Sigur Rós. O nome, em islandês, significa rosa da vitória, e pronuncia-se si ur rous.