Matrix: Resurrections Com: Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Yahya Abdul-Mateen II, Jessica Henwick, Jonathan Groff, Neil Patrick Harris, Priyanka Chopra Jonas, Jada Pinkett Smith, Telma Hopkins, Erendira Ibarra, Toby Onwumere, Christina Ricci, Max Riemelt e Brian Smith
Neo tava vivendo uma vida normal como Thomas A. Anderson, até que uma versão diferente de Morpheus oferece uma pílula vermelha que reabre sua mente para o mundo de Matrix. Matrix essa que tá mais segura e perigosa desde que a infecção Smith aconteceu, o que faz com que Neo se junte aos rebeldes para enfrentar um novo inimigo.
Se eu entendi direito, é um filme sobre quebrar o sistema por dentro. Mas eu provavelmente tou errado. continue lendo »
Eu tô cansado de começar essa coluna (?) dizendo que voltamos mais uma vez depois de não sei quanto tempo abandonada, então, sem mais delongas vamos às melhores e piores notícias da semana. Deixa só eu tirar essa teia de aranha aqui, passar uma vassoura no chão, um paninho nos móveis e pronto. Vamos nessa. continue lendo »
Sempre acontece. Alguns filmes conseguem ser espetacularmente ruins, ainda que tenham trailers deslumbrantes. As piores decepções se tornam realidade se forem instigadas pelas maiores expectativas. Nada supera a sensação de se sentir enganado. Aguardar meses, ver trailer após trailer, entrevistas, declarações, fotos da pós-produção, teaser trailers, foruns de discussão, acompanhar tudo e no final, sair do cinema se perguntando o porquê daquilo ter sido tão mal feito, tão desleixado, tão descuidado assim. Furos no roteiro, finais brochantes, atuações sem nexo, personagens inúteis, tudo sempre pode acontecer e estragar aquele filme que você tinha como certo como um dos melhores do ano. Perfeitas obras primas da edição, do marketing e da falta do que fazer que os fãs sempre nutrem ao aguardar como se a sua vida dependesse daquilo. Quais são esses filmes, exemplos reais da extrema disparidade entre trailer e filme? continue lendo »
Eis que eu chego aqui pra escrever essa coluna, depois de três dias de Mississipi Delta Blues Festival terem substituído as minhas três últimas noites de sono. Claro que vocês não fazem ideia do que eu tou falando (E vão continuar não fazendo, já que eu ainda não cheguei no nível de escrever indiscriminadamente sobre música numa coluna de cinema), mas o pessoal daqui costuma considerar esse evento o maior festival de blues do Brasil, da América Latina e logo mais, de todo o mundo. Enfim, enfim, enfim, o fato é que eu tenho sono. E não tenho assunto. O que me levou a divagar, enquanto fazia um esforço sobre-humano pra não babar no teclado. Filmes. Sono. Filmes que dão sono. Olha só que interessante o jeito que a mente funciona. continue lendo »
Todos nós assistimos Matrix. Todos nós fizemos piadas sobre “Qual a resolução da vida?”. Mas isso não amortece o choque de acordar um manhã e ver pixels mortos no céu. Brincadeiras à parte, vocês que prestaram atenção no filme devem lembrar que, durante a apresentação de Neo ao mundo real, Morpheus anuncia ao Escolhido o único propósito de 99% dos seres humanos:
Essa é a sua tia Maria. Ou talvez o Kim Jong-Il, sei lá, são todos iguais.
Esse é mais um assunto que causa brigas com meus amigos. Eu sou chata, isso é fato. Da mesma forma que muitos aqui não suportam quando um personagem começa a cantar durante um diálogo, eu não aguento quando a tela se enche de luzinhas piscantes aleatórias sem sentido e o diálogo simplesmente INEXISTE. Sério, eu consigo ver vários nerds numa sala dizendo “óóhhh” e dando uma resposta incompreensível caso alguém pergunte o que há de tão bom naquilo. continue lendo »
A distopia noir futurista etc etc etc. Não se precisa disso para saber que Blade Runner é foda. Clonagem, perseguições, vingança, um roteiro de primeira…
O bom é que ele não tem muitas cenas de ação insana, facilitando a vida dos desenhistas. Um estilo de desenho tipo Aeon Flux (a série, não o filme) ou Morte ficaria massa aqui. Também seria uma boa para abrir espaço para a discussão clássica sobre Blade Runner: Deckard é ou não um replicante? Como HQs não têm que se preocupar em resumir um conteúdo em um espaço de tempo curto, ficaria a deixa. continue lendo »
V de Vingança, dirigido pelos irmãos Matr… Wachowski, tinha sido agendado pra sair em 5 de novembro de 2005, mas só foi lançado em 2006, matando boa parte da enorme publicidade que girava em volta da comemoração dos 400 anos da Conspiração da Pólvora.
A HQ de Alan Moore teve sua adaptação para o cinema feita em 2006, com várias modificações feitas, segundo os produtores do filme, para adaptar a história a um momento político mais atual. Boa parte da anarquia da obra de Moore foi amenizada ou retirada, assim como as referências ás drogas. O filme também é bem mais parcial que a HQ, dando a V a aparência de herói mais do que de terrorista, e transformando o Adam Susan perturbado, solitário e humano dos quadrinhos em Adam Sutler (talvez pra soar parecido com Adolf Hitler, sei lá), o vilão óbvio, sendo um ditador claramente desalmado e inumano.
O filme se passa em um futuro caótico: em 2038, a Inglaterra é governada pelo partido da Nórdica Chama, que controla o estado através do fascismo e da repressão. Ao contrário da HQ, aqui o Destino (supercomputador que funciona quase como o centro de todas as funções do partido – e que dá um toque de 1984 á obra) inexiste, amenizando um pouco a tensão existente na história, na minha opinião, além de deixar pontas soltas: não se explica como V tem acesso a tanta informação ou como ele controla algumas das transmissões durante o filme.
Evey aqui também tem um papel muito diferente da jovem insegura dos quadrinhos. Enquanto a de lá é uma moça desesperada e sem muita visão de futuro, a das telonas, interpretada por Natalie Portman, é uma jovem bem mais independente: enquanto a das HQs tenta entrar pra prostituição por falta de dinheiro, a Evey vista no filme tem um bom emprego na British Television Network, e chega inclusive a ajudar o terrorista a fugir do prédio quando ele precisa.
Creio que V de Vingança teria sido melhor adaptado como um filme de investigação policial. Algo como um Seven com uma ênfase maior na visão do maníaco. O V romantizado do filme é muito menos psicótico, terrível e genial do que o terrorista dos quadrinhos. A HQ passa a impressão de um criminoso extremamente calculista e te faz pensar na possibilidade de não haver coincidência alguma no desenrolar da trama. A cena dos dominós lá faz muito mais sentido do que no filme, colocando na cabeça do leitor a possibilidade de que cada encontro, cada diálogo e cada perturbação dos personagens – até mesmo o encontro com Evey – pode ter sido minuciosamente calculado pelo homem da máscara sorridente. Já o filme, que dá bem mais ênfase ás cenas de luta do que á mente criminosa brilhante de nosso Vilão, transformou o sujeito numa espécie Robin Hood. Um personagem anestesiado, frango, bundão e não tão atento aos detalhes, se comparado com o original.
Não se engane, no entanto. V de Vingança é, apesar de tudo, um bom filme, mas deve ser visto como algo completamente separado da HQ. Se for pra ver só como adaptação, a coisa infelizmente não deu tão certo assim.
V de Vingança
V for Vendetta (132 minutos – Drama/Sci-Fi/Thriller) Lançamento: 2006 Direção: James McTeigue Roteiro: Alan Moore e David Lloyd (HQ), Irmãos Wachowski Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving, Stephen Rea, Stephen Fry, John Hurt
Cês sabiam que quando o sapo macho não atrai mais as fêmeas ele troca de sexo para continuar se reproduzindo? Sapo velho é exemplo de adaptação ruim.
Aproveitando o Overdose Adaptações, vamos falar nessa coluna sobre todos os tipos de conversões entre vídeo-games e as outras mídias existentes. Como sempre, vocês provavelmente sentirão falta de uma porrada de jogos aqui. Mas também, como sempre, eu só falo dos jogos que eu conheço e já joguei. Compromisso com a credibilidade jornalística, sabem como é.
Adaptações Boas
As adaptações boas são bastante raras. Só consegui lembrar de umas poucas adaptações inquestionavelmente boas:
Silent Hill Dos games para o filme: O clima de horror e paranóia constante foi levado de forma íntegra para o filme. Não foi sucesso de público nem de crítica, mas é, inquestionavelmente, Silent Hill.
Lord of the Rings Dos livros para os games: nunca deu muito certo. Sério, só saiu bomba. Nem procurem. Dos livros para o cinema e então para os games: Aqui ficou bom. A série Battle for Middle Earth rendeu um dos melhores jogos de estratégia disponíveis até hoje.
Lego Dos brinquedos para os games: ESPETACULAR, uma das misturas mais improváveis e que mais deu certo em forma de paródia de Star Wars e Indiana Jones. Não deu tão certo no lance do Bionicle Heroes, mas esse dá pra esquecer.
Dune Dos livros para os games: fundou a era de ouro dos jogos de estratégia, e os ecos da série Dune são ouvidos até hoje nos jogos de estratégia. Méritos extras por vir direto dos livros para se tornar um jogo.
Final Fantasy
Caralho, a parada saiu em Blu-ray
Dos games para o cinema: Gerou duas animações complexas demais para as massas (The Spirits Within e Advent Children), que requerem um certo conhecimento prévio da série de jogos. Mesmo sendo pouco acessíveis, ainda assim são espetaculares e demonstram o poder criativo e gráfico dos estúdios da Square. Pau-a-pau com a Blizzard no quesito excelência em tudo que faz.
Dos games para os animes: Assisti dois (Unlimited e Legend of the Crystals) e paguei pau para os animes. Novamente, parece que fazem mais sentido para o público que acompanha a série, mas o fato de existir esse pré-requisito não torna o material ruim.
Outro ponto que contribui para que Final Fantasy dê certo é a riqueza do universo da série; os enredos dos rpg’s já foram para todos os lados possíveis, desde passado medieval, mágico e cyberpunk, até o futuro… medieval, mágico e cyberpunk. Também ajuda muito o fato da série ter uma legião de fãs, principalmente no Japão. O público cativo dá força a qualquer produto que saia dentro do universo Final Fantasy.
Finalmente, ponto para a Square por não vender os direitos de tudo que se relaciona á série, e mantém mão-de-ferro no controle do uso da marca. Creio que isso contribui enormemente para a manutenção da qualidade dos produtos finais.
Adaptações ruins, porém boas
Sim, ruins mas boas ao mesmo tempo. São aquelas adaptações que não são muito fiéis ao universo original, ou então sempre parece ter alguma coisa errada. Mas, no fim das contas, você acaba se divertindo com a porcaria.
Yu-Gi-Oh! Do anime para os games: O anime é ruim pra cacete, então nem teria como render algo bom. Surpreendentemente, o bagulho funciona muito bem como um jogo de cartas eletrônico, talvez o melhor desde Magic: the Gathering. Mas não espere por nada além disso.
Alien/Predator Dos filmes para os games: O apelo dos monstrengos sempre foi enorme para o público gamer, e já renderam uma porção de jogos. Prefiro lembrar dos jogos bons como Alien 3, do Super Nes e o arcade de Alien Vs. Predator (Crássico total, procure nos emuladores de placas Capcom)
Matrix Dos filmes para os games: Joguei o Enter the Matrix, no PC, e lembro que a parada captou muito bem o clima do filme. Na época também fazia parte de toda uma série de produtos que visavam expandir o universo Matrix. Meio ambicioso demais, mas até que funcionou. Não se segurava só como um jogo, entretanto.
Pokémon Dos games para o anime e do anime para os games: Taí um caso de jogo e anime meia-boca que dão certo em conjunto. Os dois são repetitivos pra cacete, o tempo todo, e não despontam em nenhum quesito além desse. Mas não dá pra negar que é viciante e que funcionam como uma franquia poderosa. Briga de galo pra crianças.
X-Men Dos quadrinhos para os games: Ah, saudosa época do super nintendo onde cada jogo com X-Men que saía era uma merda lancinante. As coisas só melhoraram com X-Men vs. Street Fighter e X-Men Legends. Aparentemente faltava tecnologia para conseguir dar personalidade a cada um dos mutantes.
Star Wars Dos filmes para os games: sempre se calcando na força da franquia e na legião de fãs nerds, gerou vários jogos meia-boca, como os do Super Nintendo. Melhorou um pouco com Knights of the Old Republic mas assim, assim.Vamos ver se a coisa finalmente engrena com The Force Unleashed.
Resident Evil Dos games para o cinema: Amado e odiado ao mesmo tempo. O primeiro filme foi do caralho, mas daí em diante foi degringolando até chegar na bosta total que foi o último filme, Hora de parar com essa merda.
Doom
Chutando bundas no filme
Dos games para o cinema: ESPETACULAR adaptação com The Rock. “Doom” ficou tão ruim que ficou bom. Captou com maestria o espírito trash da sangrenta série o que faz com que seja uma das melhores e mais fiéis adaptações já vistas de uma mídia para outra.
Destaque para a excelente seqüência final, filmada em primeira pessoa, para emular fielmente o que acontecia nos jogos. História fraca, atuações risíveis, monstros bisonhos e sangue pra caralho. Não tem como achar ruim. Quer dizer, tem: bom de tão ruim.
Na próxima semana continuaremos com o estudo das adaptações, abordando os experimentos que deram totalmente errado e fazendo um exercício criativo de pensar em quais jogos DEVERIAM ser adaptados imediatamente para outras mídias. Caralho, a gente tem que ensinar tudo pra esses caras.
O fim da trilogia mais espetacular de todos os tempos. A guerra mais espetacular de todos os tempos.
Agora Neo já sabe quem é, mas fica desconsolado quando descobre que a profecia era, basicamente, um papo furado. Tudo dará errado. O que motiva Neo é Trinity e Morpheus, o cara que acreditou nele até o fim. Agora com sua fé abalada.
A equipe de Morpheus planeja o golpe final, a última esperança que eles têm. Isso quando Neo chuta o balde, bate o pé no chão e diz: Eu SOU o escolhido e VOU acabar com essa putaria toda. Contra a vontade do Conselho, Morpheus SEGUE acreditando em Neo e Niobe, ex-gordinha de Morpheus, sede a sua nave para Neo ir bater um papo com a máquina-mãe, aqueeela que representa o Arquiteto na Matrix. Trinity acompanha Neo, Morpheus e Niobe voltam a todo o vapor para Zion por serem de EXTREMA importância na guerra: sua nave tem uma arma poderosa que, quando ativada, derruba todas as máquinas que estão por perto. E as Sentinelas, também conhecidas como MÍQUINAS, estão invadindo o local.
Sério, NÃO DÍ pra não fazer uma sinopse. É MUITO empolgante.
PRA CARÍI!
Gravado logo em seguida após Matrix Reloaded, Matrix Revolutions segue exatamente onde o último filme parou e dá mais ênfase á guerra, afinal, agora o tema predominante É a guerra. Aqui basicamente deu-se o fim a filosofia, reflexões e tudo mais. Porrada. E mais um filme á altura.
Assim como defendi o filme anterior, defendo este: Matrix Revolutions NÃO PODE ser comparado a Matrix. Cada filme da trilogia trata de um assunto diferente, não adianta espernear. Aqui tudo está concentrado na BATALHA FINAL, onde Neo terá que enfrentar seu destino e acabar de uma vez com todas com o domínio das máquinas. O que não é BEEEEEEEM o que acontece.
A batalha final entre Neo e o Agente Smith consegue inovar ainda mais. Dessa vez os dois podem voar, e a pancadaria come solta até mesmo no céu. Debaixo de chuva e com a população INTEIRA da Matrix transformada em Agente Smith assistindo á luta, essa é a parte do filme em que você levanta do sofá, COLA na televisão e não quer perder NENHUM detalhe. Lembram das lutas incríveis em Dragon Ball Z? Pois é, pura nostalgia.
Pra você que é FÃ da trilogia como eu e concorda comigo deve ter se emocionado tanto como eu com esta trilogia. Até mesmo com essas resenhas, relembrando todas as cenas, discutindo ou apenas pensando nas partes que eu esqueci de citar, ou simplesmente não citei para não estragar tudo. Afinal, o filme tá lá no DVD, véi. Eu NUNCA vou ousar a contar SPOILERS NERVOSOS sobre Matrix, por mais que todo mundo já tenha visto. Afinal, ver a trilogia de novo é o que todo mundo vai fazer AGORA.
Ou cê VAI perder isso nesse fim de semana?
Matrix Revolutions
Matrix Revolutions (129 minutos – Ação / Ficção Científica) Lançamento: EUA, 2003 Direção: Andy Wachowski, Larry Wachowski Roteiro: Andy Wachowski, Larry Wachowski Elenco: Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Laurence Fishburne, Hugo Weaving, Monica Bellucci