Semana passada rolou o que foi chamado de UFC Fight Week, três dias de paz, amor e música muita luta: Na quinta, rolou a disputa pelo cinturão dos Leves entre Rafael dos Anjos e Eddie Alvarez; na sexta, a final do The Ultimate Fighter 23, com o combate entre as Peso-palha Joanna Jedrzejczyk e Claudia Gadelha e, no sábado, a edição comemorativa mais importante do ano, o UFC 200, que já começou cagada. Com dois dias de antecedência, Jon Jones foi pego no exame antidoping não por uma, mas duas substâncias proibidas, sendo defenestrado do card, deixando o campeão interino, Daniel Cormier, desolado, pensando sobre o prejuízo financeiro e emocional de segurar essa barra que é ter Bones como principal oponente. Quem entrou para salvar o dia foi Anderson Silva, que não tinha nada a perder. Muito pelo contrário. Só vi vantagens. Engordou a conta bancária e lutou sem a menor obrigação de vencer. Só na brisa. Sobrou zica até para Bruce Buffer, o apresentador, que também quase desfalcou a semana mais importante da organização ao lesionar a perna numa batalha… de lip sync. Tem como ser mais maravilhoso? Não tem. Apesar da dor e das dificuldades, ele conseguiu comparecer. Estimamos melhoras.
Mas vamos por partes, porque rolou muita coisa nessa que foi uma espécie de festa estranha com gente esquisita. Chega mais!
Finalmente o Brasil receberá um mega evento do UFCno próximo sábado amanhã (14). A edição de número 198 acontecerá em Curitiba, na Arena da Baixada, e contará com um card de primeira linha, depois de uma série de eventinhos inexpressivos que sequer valeram minha assinatura mensal do Canal Combate. Teremos a estreia tão esperada de Cris Cyborg na organização, o embate entre os brasileiros Vitor Belfort e Ronaldo Jacaré e, pra coroar, a luta principal da noite, quando Fabrício Werdum e o croata Stipe Miocic irão disputar o cinturão dos pesos-pesados. Anderson Silva lutaria contra o americano Uriah Hall, mas o ex-campeão, em sua maré de azar que parece não cessar, retirou a vesícula de emergência e precisou se afastar. Não importa. Vai ser duro, vai ser rude. Vai ser do caralho. E, mesmo que você não goste de luta, não pode perder.
Então, o que esperar do UFC 198, além de muito dinheiro no bolso dos irmãos Fertitta e do CEO, Dana White?
…tem também Bruce Buffer falando português melhor do que você.
Sou fã de artes marciais desde criancinha. Desde a época em que ficava na turma de apoio da educação física (Pedagogia: A gente vê por aqui), percebia que era diferente das demais meninas. Nunca tive aptidão para esportes, mas as outras crianças se divertiam jogando o funny vôlei que a professora mandava a gente jogar. Eu achava extremamente entediante. Via pugilistas, lutadores de judô e imaginava que deveria ser do caralho saber fazer aquelas coisas.
Meu primeiro contato, de fato, como praticante, foi aos 16 anos lutando boxe. E apesar de ser baixinha, gordinha e completamente ineficiente, me divertia tomando umas porradas na cara e chegando roxa no colégio. Sigo praticando, por prazer, do jeito que dá. E foi assim que comecei a acompanhar eventos de luta em geral, já que na época o MMA não tinha o peso que tem hoje e nem a mesma acessibilidade. continue lendo »