Chegando ao final, após mais de um mês de comentários sobre a maioria das premieres das séries americanas, hoje comento os últimos retornos e algumas estréias que acabei daixando por último, em prol de alguns ganchos das séries que já acompanhava.
Fazendo balanço até o momento, a temporada tem sido muito boa, algumas idéias sendo bem aproveitadas, inúmeras releituras que não devem durar uma temporada completa e, principalmente, alguns retornos com excelência de séries que pensava que não alcançariam mais suas conhecidas qualidades (House, CSI). continue lendo »
Passados dois meses do início do fall season das séries americanas, acredito que ninguém imaginaria que a situação da audiência das séries seria tão delicada. Claro que muitos preveram que isso ocorreria devido à greve dos roteiristas na temporada passada, que acabou dando sobrevida à diversas séries que já não dispunham de muita audiência.
No entanto, o que está se observando é uma tendência de queda generalizada. Poucos shows/séries retornaram ou estreiaram nesta temporada com os mesmos números do ano passado, mesmo os campeões de audiência como CSI (ainda na casa dos 19 milhões), Desperate Housewives (com a concorrência do esporte caiu para 16 milhões), Dancing with the Stars (varia de 16 à 19 milhões) e Grey’s Anatomy (não anda passando dos 15 milhões) estão com audiências digamos equilibradas. Na contramão desta tendência, cito três séries, uma delas estreante, que inciaram esta temporada 2008/09 de bem com o público e com audiência crescente, são elas:
NCIS
De spin off da antiga série, exibida por aqui pelo falecido canal USA, Jag – Ases Invencíveis, NCIS se tornou o grande destaque em termos de audiência desta temporada. Retornando para seu sexto ano, a série pouco conhecida por aqui é exibida pelo canal AXN às sextas-feiras.
N.C.I.S. – Investigações Criminais apresenta uma equipe de elite formada por agentes especiais, que operam fora da rede militar de comando. Liderado pelo Agente Leroy Jethro Gibbs (Mark Harmon), um severo e altamente preparado investigador, propenso a quebrar as regras para cumprir a missão, esse grupo bem entrosado corre mundo investigando assassinatos, espionagem, terrorismo e seqüestros.
Sinceramente, não consigo explicar o fenomenal sucesso da série, NCIS é mais um drama criminal do canal CBS, voltado para investigações criminais no mundo militar americano. A série, mesmo enfrentando forte concorrência, como a ótima House, tem conseguido audiências superiores a 17 milhões, ficando somente atrás de CSI e Dancing with the Stars na audiencia geral das séries.
The Mentalist
Única estreante a estourar em audiência nesta temporada, The Mentalist. Claro que com o trabalho um pouco facilitado, pois recebe de bandeja a expressiva audiência de NCIS, pois é exibido em seguida desta última. Mas como tenho comentado há diversas semanas, as séries estreantes não tem conseguido agradar nem ao público e, muito menos, a crítica nesta temporada. A série será exibida agora em novembro pelo canal Warner.
The Mentalist gira em torno de Patrick Jane (interpretado por Simon Baker), consultor independente de uma a agência de investigação da Califórnia que tem a peculiar habilidade de observar e interpretar as pessoas. No passado, ele ganhava a vida fingindo ser sensitivo em programas de televisão, quando então foi convidado pela polícia para ajudar a encontrar um serial killer. Patrick acabou dando uma declaração que irritou o criminoso, que por sua vez se vingou de uma forma muito cruel. Abalado com a tragédia que lhe acometeu, rompeu com o passado de charlatanismo e resolveu usar seu dom para fins mais nobres, como realmente ajudar a polícia a solucionar crimes e prender bandidos.
Sendo um mero Psych mais sério e tenso, the Mentalist pode parecer, inicialmente, mais uma série investigativa, no entanto, assim como ocorre em House (dada as devidas proporções), ganha o espectador pelo instigante protagonista, muito bem defendido pelo subestimado Simon Baker (sempre coadjuvante nos cinemas). Vale uma conferida!
Bones
Este sucesso já um pouco tardio de Bones, mais um drama investigativo, em sua quarta temporada, é um reflexo da baixa concorrência da série da Fox às quartas-feiras no seu horário. Bones tem enfrentado um novo horario de sitcoms da CBS (a bacana, mas em novo horário, The New Adventures of Old Christine e a estreante Gary Unmarried), a requentada Knight Rider (SuperMáquina) e a inexpressiva, mas ótima, Pushing Daisies).
Assim acabou ficando fácíl para Bones abocanhar uma audiência maior do que possuía na temporada passada, nada muito expressivo, mas em tempos de queda geral de audiência, elevar seus índices é sempre vitória muito comemorada. Uma pena o canal Fox brasileiro demorar tanto em estrear esta temporada, sendo que recentemente terminou de exibir a 3ª temporada. Se você não conhece a série esta é, em linhas gerais, sua sinopse:
A série “Bones” combina humor e emoção mostrando o que se esconde por trás dos crimes mais aterrorizantes. No centro da trama está a Dra. Temperante Brennan (Emily Deschanel), uma excelente antropóloga forense que nas horas livres escreve romances. Ela é geralmente chamada pela policía quando o método padrão de identificação das vítimas não é suficiente. Sua habilidade para decifrar os mistérios ocultos nos corpos da vítima é única. Brennan geralmente trabalha com Seeley Booth (David Boreanaz), um agente da Unidade de Investigação de Homicídios do FBI. Booth não acredita na ciência e nos cientistas. Segundo ele, a chave para a solução dos crimes está em uma investigação à moda antiga, junto aos que ainda estão vivos, sejam eles suspeitos ou testemunhas. Com isso, Brennan e Booth frequentemente entram em choque, tanto no campo profissional como no âmbito pessoal.
Claro que Bones não é nenhuma novidade em termos de roteiro e personagens, no entanto, acho muito divertido a dupla de protagonistas (Booth e Brennan, ou melhor, Bones), sua química é impecável, cheio de ironia e sarcasmo, além é claro, do sex appeal entre os personagens. Para melhorar, a entrada do jovem psicólogo acrescentou bastante humor na dinâmica entre os personagens.