Não há herois em Black Mirror. A série em formato de antologia é a mais nova querida do público (Até porque Game of Thrones está em hiato), tendo estreado em 2011 no Channel 4 da TV britânica e ressuscitada pela Netflix este ano para sua terceira temporada e ano que vem para a quarta (Ainda sem data). Black Mirror é sobre a relação do ser humano com a tecnologia, e como a tecnologia vêm ajudando a moldar o mundo em que vivemos… Ou melhor, Black Mirror é sobre como a tecnologia está ajudando a moldar nosso futuro, e como estamos ansiosos para que o futuro chegue logo. continue lendo »
Sim, eu resolvi assistir a um novo anime. Eu pensei: Porra, faz muito tempo que eu abandonei animes e desenvolvi meus preconceitos para com eles, talvez esteja na hora de dar uma nova chance pra alguma coisa. E aí eu tentei assistir The Seven Deadly Sins e eu to mais arrependido do que quando assisti Warcraft.
Maratoninha de Halloween é um clássico desde meus sete anos de idade, quando alugava os slashers mais underground do rolê e assistia com minha melhor amiga, enquanto traçávamos estratégias para comer todos os doces da casa (E os salgados) sem meus pais perceberem. Eu era feliz e não sabia, eram tempos mais simples. Pouco sobrou daquele tempo, mas o essencial: A amiga e a paixão pelo horror, que só cresceu. Então a semana do 31 de outubro sempre tem um gostinho especial. É quando os clássicos esquecidos ressuscitam, listas com 40 must see pipocam nos sites e novos longas são lançados. continue lendo »
All work no fun makes Nelly a dull girl. Minha ausência do cinema, nos últimos tempos, é vergonhosa. Tem explicação mas, ainda assim, é quase criminosa. Trabalhando com filmes, lidando com o universo todos os dias, o mínimo seria conferir uma novidade por semana nas telonas. Mas meio que essa rotina louca de gente grande não permite.
Tenho me esforçado para tirar o atraso na Netflix. E, é bem verdade, acompanho muito mais livros do que séries. E séries do que filmes. Mas, graças a monamur, descobri O Corpo. Longa espanhol de 2012, conta a história de um corpo que some horas depois de dar entrada no necrotério. A falecida era linda, bem sucedida, nojenta, carente e casada. O que foi considerado um infarto antes da autópsia, passa a virar uma suspeita de crime, afinal, qual seria o objetivo de sumir com um defunto? Poderia ser necrofilia mas, em um filme desse nível, ninguém cogita perversão. “É assassinato, até que se prove o contrário”. continue lendo »
Luke Cage é o cara. É isso que eu tenho pra dizer sobre a nova série da parceria Marvel/Netflix. Eu até tava pagando um pau pro Justiceiro depois da segunda temporada de Demolidor mas agora não tem pra mais ninguém. A série tira aquela onda que só séries muito boas e aquelas batatas conseguem tirar. Luke Cage não somente é o primeiro verdadeiro herói apresentado pela Marvel/Netflix como também é o maior símbolo de heroísmo do UCM. continue lendo »
Esse texto era pra falar do Festival do Rio, mas vou ficar devendo mais essa pra vocês. Por um bom motivo. Ontem me deparei com o perturbador documentário Amanda Knox, que saiu fresquinho do forno da Netflix diretamente para minha TV, e não consigo pensar em outra coisa. Para quem não lembra sabe da história, a jovem americana, então com 20 anos, foi acusada, em 2007, junto ao namorado Raffaele Sollecito, de ter assassinado a britânica Meredith Kercher, com quem dividia uma casa na belíssima Via della Pergola, Perugia, onde ambas faziam intercâmbio. Seus modos foram o primeiro passo para a presunção de sua culpa, que demonstrava – de acordo com as autoridades – frieza em relação ao caso. Após análises de DNA, encontraram três perfis em peças-chave: O de Amanda, de seu namorado e de Rudy Guede, imigrante com histórico de invasão domiciliar e assassino confesso da estudante. Foram quatro anos de prisão até a revisão da sentença. O caso se estendeu por oito anos, até que a Suprema Corte Italiana inocentou de uma vez Knox e Sollecito. Mas o estrago já estava feito na vida pessoal dos envolvidos. Ainda está. continue lendo »
Outro dia, no ônibus, me deparei com a notícia de que Bloodline vai terminar em sua terceira temporada ano que vem. Na cerimônia do Emmy, isso também foi falado à exaustão. Kyle Chandler foi anunciado como apresentador de uma das categorias, houve menção. Quando foi indicado como melhor ator, idem. Até a vitória de Ben Mendelsohn como melhor ator coadjuvante, foi ofuscada pelo anúncio que só surpreendeu a quem não acompanha a trama, que conta com um dos melhores castings dos últimos anos e uma narrativa consistente, com mais acertos do que erros. continue lendo »
Quando Simone de Beauvoir disse a (Recentemente) polêmica frase: “Não se nasce mulher, torna-se”, não precisa ser muito inteligente para entender que ela não fala do aspecto biológico. Tampouco sobre identidade de gênero. Mas sim sobre os papeis que devemos performar uma vez que o médico dá aquela batida nas costas para chorarmos e anuncia: É uma menina. Desde cedo, somos consideradas emocionalmente frágeis, fisicamente fracas, histéricas, dramáticas. Mas prendadas. Belas, recatadas e do lar. Para casar. Alvos fáceis, cujas vozes não merecem ser ouvidas sequer pelo maior esquerdomacho feministo do rolê. Nascemos para ser mães, esposas. Uma compulsoriedade de papeis que o mundo faz crer que nos pertencem, até que os desejamos, mas que apenas servem para nos despersonalizar enquanto indivíduos. Ser mulher é um mundo cão. Não há contestação quanto a isso. continue lendo »
A nostalgia é uma vadia. E eu não estou falando de canais de youtubers pseudo nerds, não senhores. Eu to falando daquela falsa lembrança de que na minha época tudo era muito melhor. E é justamente por causa dessa maldita nostalgia que eu juro pra mim mesmo, e muitas vezes para os outros, que os filmes da década de 80 são clássicos e jamais serão superados por remakes, reboots ou filmes novos que tentam beber da mesma água. Eu sei, eu to errado, mas foda-se. E então quando aparece alguma coisa nova homenageando aquela época maravilhosa (80’s 4evah), que eu praticamente não vivi (89, bitches), eu dou uma bela duma pagada de pau, como ocorreu com Kung Fury e agora com essa delícia de Stranger Things.
É TETRA! Estava com saudades de acompanhar uma série… Séria. Depois de me apaixonar por Tom Ellis na divertida Lucifer e do retorno de Pânico, Bloodline caiu de paraquedas na minha vida. Sem paciência pra zapear as sugestões de programação do Netflix à captura de algo que me despertasse interesse, me deixei surpreender pelas circunstâncias. Não li sinopses, não busquei elenco, gênero. Nada. O nível de procrastinação era tão alto que se fosse Hannah Montana, eu teria visto. But not today, Satan. Joguei na roleta da preguiça e dei sorte de embarcar na história da família Rayburn e seus mistérios. continue lendo »