Estréias da semana – 11/07

Cinema quinta-feira, 10 de julho de 2008 – 0 comentários

Viagem ao Centro da Terra – O Filme (Journey to the Center of the Earth)
Com: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem, Giancarlo Caltabiano, Garth Gilker, Kaniehtiio Horn
Trevor e seu irmão, Max, são geólogos, ou seja, estudam pedras. Numa viagem até a Islândia, o irmão de Trevor some do mapa. Ele então pega seu sobrinho, Sean, e vai atrás do irmão. É quando eles descobrem que dentro da Terra tem uma porrada de coisas. E não é terra.

Agente 117 – Uma aventura no Cairo (OSS 117: Cairo, Nest of Spies)
Com: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, Aure Atika, Philippe Lefebvre, Constantin Alexandrov, Saïd Amadis, Laurent Bateau, Claude Brosset, François Damiens, Youssef Hamid
O Agente 117, [que no cinema é mais velho que o próprio James Bond, já que apareceu pela primeira vez num filme em 1956] voltou á ativa. Agora, ele vai até o Cairo, reestabelecer a ordem em nome do presidente da França.

O Segredo do Grão (La Graine et le Mulet)
Com: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Farida Benkhetache, Abdelhamid Aktouche, Bouraouïa Marzouk, Alice Houri, Leila D’Issernio, Abelkader Djeloulli, Olivier Loustau, Sabrina Ouazani
Um tio que trabalhava nas docas é demitido e se divorcia. Mas mesmo assim tem de conviver com a ex e a familia, já que está sem grana. Se sentindo um idiota que não serve pra nada, ele tenta abrir um restaurante num barco.

O Advogado do Terror (L’Avocat de la Terreur)
Com: Jacques Vergès, Klaus Barbie, Abderrahmane Benhamida, Bachir Boumaâza, Isabelle Coutant-Peyre, Guillaume Durand, Lionel Duroy, Hans-Joachim Klein, Magdalena Kopp, Gilles Ménage
Documentário sobre a vida do controverso advogado Jacques Vergès, que tem como especialidade defender, como diria o narrador da Sessão da Tarde: “Uns carinhas da pesada”, como o nazista criminoso de guerra Klaus Barbie [O Açougueiro de Lyon] e Carlos, o Chacal.

Pequenas Histórias (Pequenas Histórias)
Com: Gero Camilo, Paulo José, Patrícia Pillar, Marieta Severo, Maurício Tizumba, Constantin de Tugny, Miguel de Oliveira, Edyr Duqui, Maria Gladys, Rodolfo Vaz
Costurando retalhos de pano, uma tia vai contando histórias, criando assim imagens do que conta. Ela conta quatro histórias bem brasileiras, principalmente de Minas Gerais.

O Advogado do Terror (L’Avocat de la Terreur)

Cinema quinta-feira, 10 de julho de 2008 – 0 comentários

Você gosta de terrorismo? Mas eu não tou falando de cenas de ação, com explosões e miolos voando, tou falando de terrorismo como uma causa, de terrorismo como meio, não como fim.
Você gosta de direito? De discussões irrelevantes, mas que podem levar á liberdade ou á prisão perpétua?
Então vá ver O Advogado do Terror. Você vai gostar. Não vai adorar, idolatrar, comprar o pôster e fazer um altar, mas vai achar que valeu a pena assistir. Caso contrário, passe longe. A não ser que esteja com insônia e queira um remédio.

O filme começa mostrando a origem do jovem Jacques Vergès, que se forma em Direito, e acaba entrando na defesa dos terroristas que lutavam para libertar a Algéria do dominio francês, em 1954. A partir desse caso, Jacques começou a defender casos que contrariavam o poder vigente, como o uso do terrorismo para defesa pelos palestinos. Ou então o nazista Klaus Barbie, o Açougueiro de Lyon. Ou ainda o terrorista-mercenário Carlos, o Chacal.

Mas o diretor Barbet Schroeder não tenta mostrar que o advogado é inocente ou culpado. Ele só pretende mostrar os fatos, já que está fazendo um documentário, o que é bom, já que o mundo não é dividido entre mocinhos e bandidos sempre. O filme mostra um Jacques eloqüente e cativante, como todo bom advogado. Cabe a você decidir se acha o véio um filho da puta que defende outros filhos da puta, ou um cara foda que defende os pobres coitados do mundo, que só tem como se defender explodindo os ricos.

Um documentário de duas horas e meia de falatório sobre terrorismo e direito. O que pra quem gosta, tipo eu, é ótimo, apesar de um pouco cansativo. Recomendo pra quem vê os dois lados da moeda, e quer ter uma idéia de como o terrorismo “evoluiu” dos anos 50 pra cá. Não na tecnologia, mas ideologicamente.

O Advogado do Terror

L’Avocat de la Terreur (135 minutos, Documentário)
Lançamento: França, 2007
Direção: Barbet Schroeder
Elenco: Jacques Vergès, Klaus Barbie, Abderrahmane Benhamida, Bachir Boumaâza, Isabelle Coutant-Peyre, Guillaume Durand, Lionel Duroy, Hans-Joachim Klein, Magdalena Kopp, Gilles Ménage

Conheça o Panorama do Cinema Francês no Brasil

Cinema sexta-feira, 20 de junho de 2008 – 0 comentários

Antes de tudo, um pequeno protesto.

Até agora estou me perguntando se a coletiva que o Théo me enviou, não era alguma desculpa para se vingar de algo que não lembro de ter feito ou foi para me sacanear mesmo.

Sério, além de perder o coffee-break oferecido para a imprensa antes do evento (não adianta, sempre me perco na Paulista e desço na estação errada do metrô), ainda tive que amargar duas horas de espera até a coletiva começar, por conta do atraso dos convidados franceses.

O evento em questão é o “Panorama do Cinema Francês no Brasil 2008”.

Inédito no país, a mostra irá exibir oito filmes inéditos, com a participação de diretores e atores convidados que estarão presentes em cada exibição e, após os filmes, disponíveis para perguntas, autógrafos e debates com a platéia.

O Panorama é o pontapé inicial do que será o “Ano da França no Brasil”, em 2009. Tem apoio das distribuidoras e realização da Unifrance e Embaixada da França no Brasil.

Coletiva

A coletiva para lançar o evento oficialmente contou com a participação dos atores Vincent Cassel, padrinho do evento, Roxane Mesquida, Ariane Ascaride e Clotilde Hesme, e diretores Kim Chapiron e Catherine Breillat. Por conta do cansaço evidente dos artistas (por causa da longa viagem e do atraso do vôo) e dos jornalistas (por esperarem os artistas), a coletiva foi bem burocrática.

Apesar disso, foi importante para mostrar que há vida cinematográfica fora de Hollywood. E das boas.

Para quem ainda acha que o cinema francês (e o europeu com um todo) se resume a filmes-cabeça, chatos, bons para insônia e feitos para pessoas metidas a moderninhas, saiba que ultimamente isso vem mudando ultimamente alternando entre grande produções (conhecidos popularmente como blockbusters) e filmes de autor, além de uma terceira opção que mescla os dois estilos, batizado por Catherine Breillar como “filmes do meio”. “É complicado esse negócio do filme do meio. Não sabemos dizer, exatamente, o que é esse tipo de filme”, explicou.

O Escafandro e a Borboleta é um dos sucessos da mostra

Cassel, que adora vir ao Brasil e que fala português melhor que muito brasileiro por aí, afirma que vive um caso de amor com o país. “A primeira vez que vim foi há 20 anos, para gravar para um filme, onde aprendi a jogar capoeira. Fui aprendendo a língua em aulas e na convivência com brasileiros nas praias da Bahia. É uma história de amor com o país”, afirmou. Recentemente gravou “á Deriva”, dirigido por Heitor Dhalia (O Cheiro do Ralo, filme predileto do Théo) e rodado em Búzios (RJ).

A turma do croissant também falou sobre as dificuldades de filmar na França, por conta da forte influência da TV aberta por lá, que ajuda a financiar as produções locais (alguém se lembrou da Globo Filmes e pérolas como Os Porralokinhas? – putz vomitei!).

Questionado se a seleção de filmes exibidos por aqui representa a diversidade cinematográfica francesa na atualidade, o padrinho do evento foi taxativo: “Não acredito que a pequena seleção representa completamente a produção cinematográfica na França atualmente. Os filmes selecionados são mais autorais. Também fazemos blockbusters e filmes ruins, mas estes não serão exibidos na mostra”, disse brincando, e em francês, Cassel.

Satã: Terror de primeira, apesar do diretor Kim dizer que é comédia

Um pouco mais descontraído e não aparentando o cansaço de seus demais compatriotas, Vincent Cassel admitiu ser polivalente e que gosta de fazer todos os tipos de filmes. “Embora que por gosto pessoal, filmes como os do Cronenberg e de Noé fazem mais meu tipo”, diz.

David Cronenberg é autor de filmes fodásticos como “Marcas Violência” e “Senhores do Crime”, enquanto Gaspar Noé filmou “Irreversível”.

A Última Amante: Clássico filme francês da antiga corte e com muita putaria

Para encerrar, todos foram unânimes em declarar seu amor ao Brasil (clichê?), como o diretor Kim Chapiron, que está no país pela sétima vez: “Tem sido mais agradável trabalhar no Brasil do que na França. Não dá vontade de voltar para lá”.

Evento

Vamos ao que interessa. Se você estiver em São Paulo ou no Rio de Janeiro nos próximos dias e quer conhecer um pouco do cinema francês, não tem o que fazer, ou não gosta de Hollywood, é uma boa pedida dar um pulo no Reserva Cultural (Av. Paulista, 900 – Térreo), em São Paulo ou no cinema Odeon Petrobras (Praça Mahatma Gandhi, 2), no Rio de Janeiro, e conferir o Panorama do Cinema Francês no Brasil:

Confira abaixo a programação:

SÃO PAULO

Dia 20/6 (sexta-feira)
13h – Advogado do Terror
15h30 – Canções de Amor, seguido de debate com a atriz Clotilde Hesme
17h45 – A última amante, seguido de debate com a diretora Catherine Breillat e a atriz Roxane Mesquida
20h30 – O Segredo do Grão, seguido de debate com Hafsia Herzi
0h – Satã, seguido de debate com Kim Chapiron, Roxane Mesquida e Vincent Cassel

Dia 21/6 (sábado)
11h – As Aventuras de Molière
21h30 – O Escafandro e a Borboleta

Dia 22/6 (domingo)
21h30 – Lady Jane

Dia 23/6 (segunda-feira)
21h30 – Advogado do Terror

Dia 24/6 (terça-feira)
21h30 – As Aventuras de Molière

Dia 25/6 (quarta-feira)
21h30 – O Segredo do Grão

Dia 26/6 (quinta-feira)
19h40 – Canções de Amor
21h30 – A Última Amante

RIO DE JANEIRO

Dia 21/6 (sábado)
19h – Canções de Amor, seguido de debate com Clotilde Hesme
22h – Satã, apresentado por Kim Chapiron, Roxane Mesquida e Vincent Cassel

Dia 22/6 (domingo)
13h – Advogado do Terror
15h30 – Lady Jane, seguido de debate Ariane Ascaride
17h45 – A Última Amante, seguido de debate com Catherine Breillat e Roxane Mesquida
20h30 – O Segredo do Grão, seguido de debate com Hafsia Herzi

Dia 23/6 (segunda-feira)
18h – As Aventuras de Molière
20h30 – O Escafandro e a Borboleta

Dia 24/6 (terça-feira)
18h – Canções de Amor
20h30 – A Última Amante

Dia 25/6 (quarta-feira)
18h – O Escafandro e a Borboleta
20h30 – O Segredo do Grão

Dia 26/6 (quinta-feira)
16h – Lady Jane
18h – Advogado do Terror
20h30 – As Aventuras de Molière

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