Semana passada falei da morte do Pereira Neves, um dos muitos autores pós-modernos que ganharam certa fama, e que pra mim foi particularmente importante. Aproveitando então a morte do cara resolvi reler a que provavelmente é sua obra mais famosa, Alcides Viaja.
Era noite dum dia chuvoso na capital paulista quando, do apartamento no quinto andar ouvi-se um som diferente no andar de cima. Apenas três dias depois seria encontrado o corpo de Genivaldo Antunes Magalhães, fulminado por um derrame cerebral extenso. Mesmo que os moradores do andar abaixo houvessem chamado por uma ambulância não haveria chances de um resgate: Pereira Neves estava morto.