As Duas Faces da Lei (Righteous Kill)

Cinema segunda-feira, 13 de outubro de 2008 – 6 comentários

Robert De Niro e Al Pacino no MESMO filme? Ololco, já é espetacular sem você ver. Mas… e depois de ver?

Depois de 30 anos como parceiros na panela de pressão que é o Departamento de Polícia de Nova York, os condecorados detetives David Fisk e Thomas Cowan deveriam estar aposentados, mas não estão. Antes de fazer suas malas, eles são chamados para investigar o assassinato de um conhecido cafetão que parece ter ligação com um caso resolvido por eles anos atrás.

Como no crime original, a vítima é um criminoso suspeito cujo corpo é encontrado junto com um poema justificando o assassinato. Quando outros crimes acontecem, começa a ficar claro que os detetives estão às voltas com um serial killer, alguém cujos crimes se perderam nos porões do sistema judicial e cuja missão é fazer o que os policiais não conseguiram – acabar com os culpados e limpar as ruas.

As semelhanças entre as mortes recentes e seus casos anteriores trazem à tona uma desconfortável questão: será que eles colocaram o homem errado atrás das grades?

– E agora… na minha casa ou na sua?

É fato que tendo dois dinossauros no elenco, a cobrança é maior. As Duas Faces da Lei não inova, assim como a maioria dos filmes do gênero. Mas é errado criticar os clichês, afinal, o que é um filme Policial SEM clichês? O gênero já é um clichê. E, é claro, um dos maiores clichês é contar com pelo menos um rapper no elenco. 50 Cent estava lá, e, porra, ele até mandou bem. O elenco inteiro, por sinal, estava na medida. Inclusive Robert De Niro, lógico, e principalmente Al Pacino, com um humor espetacular.

O ponto fraco do filme talvez seja o fato de que o final é previsto bem antes da hora, o que faz você tentar adivinhar o que está por vir ao invés de assistir ao maldito filme. Tem também a pequena confusão causada pela confissão que ocorre durante o filme, o que pra muita gente pode ter trazido o pensamento “por que eles estão contando o final do filme durante ele”? Não posso ir além disso por causa de spoilers, mas você vai saber do que eu estou falando. Na minha opinião, aquilo foi mal planejado. Dava pra prever uma explosão de êxtase no final se eles fossem mais minuciosos nessa parte.

– Como assim você não gosta da música dele, KRA?

Bom, quem sou eu pra tentar corrigir um filme? Minha função aqui é criticar, e só. Pois bem: As Duas Faces da Lei é só mais um filme do gênero, infelizmente mais um com uma escorregada forte. Mas diverte, isso é indiscutível. E, no fim, neste gênero, é isso que importa. Mas a pergunta é: Será que isso é só cobrança? Sem De Niro e Pacino, o filme seria melhor? Ou seria… pior?

As Duas Faces da Lei

Righteous Kill (101 minutos – Policial)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Jon Avnet
Roteiro: Russell Gewirtz
Elenco: Robert De Niro, Al Pacino, 50 Cent, Carla Gugino, John Leguizamo, Donnie Wahlberg, Brian Dennehy

Lady Jane (Lady Jane)

Cinema quinta-feira, 26 de junho de 2008 – 0 comentários

Na época em que os Rolling Stones cantavam “Lady Jane“, Muriel, François e René, amigos de infância, nascidos nas ruelas populares de Marselha, distribuiam peles roubadas para todas as operárias pobres do bairro. Pararam de roubar e, para serem esquecidos, não se viram mais até o dia em que o filho de Muriel é sequestrado… A gangue se refaz então para reunir o dinheiro do resgate.

Parece interessante, certo? Pois é, eu também achei. E eu estava certo!

A seqüência inicial, onde três mascarados distribuem peles num bairro pobre parece meio fora do filme, mas conforme vai passando [E os flashbacks vão rolando], você entende que são os personagens principais, Muriel, François e René. Eles eram um grupo criminoso, que decidiu se separar para não dar mais problema.

Trio parada dura.

O porém é: O filho de Muriel, Martin, é sequestrado, e ela, sem ter a quem recorrer, decide chamar os velhos amigos. E eu não posso falar mais nada, senão vou ser acusado de contar o final e blá blá blá, porque praticamente qualquer coisa que eu fale aqui vai ser um mega imenso spoiler from hell, já que tudo está conectado. O que eu posso falar é que tudo gira em torno da vingança, e nas suas conseqüências, nem sempre boas.

Ah, sim, a trilha sonora é uma beleza. Róquenrôu!

Que bunda!

Bom, em linhas gerais, o filme é bom pra caramba, exceto uma parte em que tem um dramalhão, mas nada que vá te matar. O filme tá classificado como Policial, mas eu não acho, tá mais pra suspense/filme de gangue. E algumas cenas são inesperadas e muito boas… Orra, o René é um FDP!!!
Vai lá ver que você não se arrepende. Bom, caso se arrependa, pode vir me xingar aqui…

Lady Jane

Lady Jane (102 minutos, Policial)
Lançamento: França, 2008
Direção: Robert Guédiguian
Roteiro: Robert Guédiguian e Jean-Louis Milesi
Elenco: Ariane Ascaride, Jean-Pierre Darroussin, Gérard Meylan e Giuseppe Selimo

Os Reis da Rua (Street Kings)

Cinema terça-feira, 22 de abril de 2008 – 2 comentários

Keanu Reeves já não é mais “promessa de filme sensacional” há um bom tempo, ATÉ meterem ele no meio de um thriller no estilo de Rede de Corrupção. Aliás, no estilo de muitos outros filmes deste gênero; definitivamente Os Reis da Rua não é um filme inovador. E quem disse que pra ser BOM precisa ser INOVADOR? Nem sempre.

Tom Ludlow (Keanu Reeves) é um tira COMPLETAMENTE maluco que não dorme em serviço e nem desperdiça balas. O cara consegue levar seu Capitão Jack Wander (Forest Whitaker) a promoção com suas missões. A coisa começa a ficar feia quando ele descobre que seu ex-parceiro Terence Washington (Terry Crews) está o dedurando – Tom fazia lá suas sujeiras antigamente – para James Biggs (Hugh Laurie), o “tira que investiga tiras”, então decide correr atrás do cara. É quando ele o encontra em uma loja de conveniência e, por acaso, Washington é assassinado por dois traficantes no local. Tom é o único sobrevivente e, mesmo tendo acertado seu ex-parceiro acidentalmente com um tiro, consegue sair limpo – Wander tem o poder de limpar quem e o que quiser, afinal.

Quando Tom começa a correr atrás dos caras que mataram Washington com a ajuda do detetive Paul Diskant (Chris Evans), começa a descobrir um esquema de corrupção que vai revelando pouco a pouco o que REALMENTE está acontecendo. É quando o filme começa a esquentar. (heh

CLICHÊS

Por ser um filme nada inovador, os clichês aqui não faltam. Porém, nada que ESTRAGUE o filme.

ATUAÇÕES

Dizem que Keanu Reeves e um cone atuariam da mesma forma. Dizem até que o cone atuaria melhor. Eu não discordo, e admito que o cara não foi diferente aqui. Porém, não temo ao dizer que curti a atuação do cara – suspeito a falar por ser fanático por Matrix, talvez. Forest Whitaker foi excepcional, acho que essa é a única palavra para descrevê-lo no filme. Hugh Laurie? Genial, mas participou pouco. Chris Evans fez um papel totalmente secundário, mas também fez a lição de casa. Enfim, o elenco principal fez um ótimo trabalho; a coisa ficou meio triste mesmo no lado das atuações secundárias – mas isso é descartável.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Tradicionais do gênero. Mas sem muito exagero na trilha sonora, por incrível que pareça. Geralmente um filme desses dá mais importância ao rap que está rolando na hora do que pra cena em si – e não é isso que acontece por aqui.

PONTOS ALTOS

Sou suspeito a falar por gostar de coisas do gênero, mas eu diria que os trechos de ação do filme são sensacionas. Perseguições, tiroteios e Keanu Reeves mostrando que AINDA carrega um pouco de Neo dentro dele. Não vou lançar spoilers, mas uma das cenas finais é EMPOLGANTE.

PONTOS BAIXOS

A falta de criatividade e inovação, tornando o filme apenas mais um do gênero.

Forest Whitaker e seu olhar “O_o”

Então, se este gênero é a sua praia, você vai gostar. Se não é, passe longe do filme. Confesso que eu esperava mais do filme em si e MENOS de uns trechos, o que deixa minha nota final relativamente alta.

Os Reis da Rua

Street Kings (109 minutos – Policial / Ação / Thriller)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: David Ayer
Roteiro: James Ellroy, Kurt Wimmer e Jamie Moss
Elenco: Keanu Reeves, Forest Whitaker, Hugh Laurie, Chris Evans, Martha Higareda, Cedric the Entertainer

Filme policial japonês… Gore?!?

Cinema quinta-feira, 17 de abril de 2008 – 2 comentários

Não perguntem da trama, muito menos o que tanta tosquice especial faz junto. Tokyo Gore Police parece ser o projeto final de um grupo de japoneses querendo mostrar seus desejos depravados ao mundo fazendo uma mistura de filmes “D” estado-unidenses com Hellraiser (Que seria um “C” de luxo) e alguns dos seus tokustasus (Aquelas séries tipo Power Ranger). Se você viu e gostou do trailer de The Machine Girl, então Tokyo Gore Police é para você. Aviso: Seu estômago não pode ser fraco, de jeito nenhum. Ah, destaque para os membros que simplesmente parecem se partir durante o trailer todo. Divirtam-se, seus escrotos.

Evidências de um Crime (Cleaner)

Cinema quinta-feira, 10 de abril de 2008 – 0 comentários

Filmes mostrando lados que nunca pensamos não tem muitos por aí, como esse Evidências de um Crime, que mostra uma coisa que nunca imaginei: A cena do crime.
Tá, vocês pode falar que CSI mostra toda semana uma cena de crime, mas não da mesma maneira que esse filme. Ele mostra a cena logo depois que o corpo é removido, e conta umas coisas bem interessantes. Sem mais enrolações, vamos ao enredo:
Tom Carver é um ex-policial que se dedica a limpar cenas de crime. Como ele mesmo diz no começo do filme, uma tarefa que nunca é boa para a familia realizar, pois traz lembranças do momento e essas coisas, não me lembro direito. Até aí, tudo bem, lá está ele trabalhando todo serelepe, mostrando a rotina dele, que ele é um cara metódico, tem uma filha, um pouco do passado dele e sobre a mulher dele já falecida, essas coisas.

Como disse, tudo ia bem até o momento que ele é chamado pra fazer um serviço em uma casa, uma limpeza em um caso de homicídio. Tudo seria normal, não chamaria a atenção se ele não tivesse cometido o erro de trazer a chave da casa. Quando ele vai pra devolver, algo estranho acontece. Uma mulher atende a porta, e ao saber que ele esteve por lá a alguns dias para um serviço, nega tudo, falando que não havia ninguém por lá nos dias que ele disse e que não tinha acontecido nada de estranho.

Nisso, começa uma seqüencia de noticias na mídia que chama a atenção de Tom, praticamente no mesmo momento que um antigo parceiro de policia quer voltar a ter contato com ele.
Recomendado muito, é um daqueles filmes para entrar na sala de cinema e não pensar mais do que o necessário, só o básico para entender a história do filme, que é algo bem interessante.

Evidências de um Crime

Cleaner (93 minutos – policial)
Lançamento:11/04/08 (Brasil)
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Matthew Aldrich
Elenco: Samuel L. Jackson, Eva Mendes ,Ed Harris, entre outros

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