Em 2007, Journeyman, uma das minhas séries favoritas foi cancelada. A princípio achei que era só um longo hiato, mas foi muito mais do que isso. Depois aconteceu o mesmo com New Amsterdam. E depois, com mais algumas séries, totalizando nada menos que oito cancelamentos. A partir daí cheguei a uma conclusão: O universo conspira para cancelar minhas séries preferidas (Ou então sou eu que tenho um mau gosto inacreditável).
Hoje estou aqui para falar um pouco dessas séries (RIP) e sobre porque vocês também deveriam assistí-las mesmo não tendo um final digno – ou final nenhum. Esse texto contém alguns spoilers, mas, sinceramente, vocês irão se importar com isso se tratando especificamente destas séries? continue lendo »
Mesmo não sendo o meu tipo de série predileto, confesso que necessito ver algumas comédias para aliviar alguns temas e dramas das demais séries que vejo, como a atual maratona de In Treatment, 2ª temporada. Aqui estou comentando tanto os clássicos sitcom, com 30min de duração, como comédias de aventura com 1h de duração. Também sou obrigado a confessar que tentei, mas não consegui me apegar a 30 Rock nem a The Office, consideradas as melhores comédias atuais. E ainda não terminei as temporadas de United States of Tara, Reaper e Ugly Betty. Nem todo seriemaníaco é perfeito.
A atual crise econômica mundial parece ter atingido rapidamente as séries americanas, com consequências que podem ser observadas de duas maneiras: 1) como tema abordado pelos roteiristas em diversas séries, desde os dramas ou dramédias como, Desperate Housewives, até motivo de crimes em séries policiais investigativas, como em Life; 2) são os inevitáveis cortes de orçamento e o custo das séries frente sua audiência semanal: resultando em desequilibrado, gera o inevitável CANCELAMENTO. continue lendo »
Parece mentira, mas mal começou a temporada 2008/2009 e diversas séries já apresentam sinal vermelho, prontas para serem canceladas. A primeira série cancelada foi Do Not Disturb, sitcom do canal Fox que teve somente 3 episódios exibidos na televisão, um verdadeiro fracasso de audiência e de crítica.
A temporada como um todo promete ser histórica devido à baixa geral de audiências de todos os canais e, praticamente, de todas as séries, salvas raras exceções, um dos próximos assuntos desta coluna. Por enquanto, veja se vale a pena se apegar a alguma série das listadas abaixo, quando elas começarem a ser exibidas por aqui (uma das poucas vantagens de séries estrearam meses depois do que no solo americano). Todas correm sério risco de cancelamento devido às baixas audiências, por culpa dos produtores ou erros estratégicos dos canais.
The Sarah Connor Chronicles – 2ª temporada
Parece que The Sarah Connor Chronicles está com problemas. Desde que começou sua nova temporada os índices foram caindo e caindo. E pensar que a série estreou com uma audiência de mais de 18 milhões de espectadores, difícil crer nesta queda vertiginosa. O pior é que a série é super bem realizada, com muitas cenas de ação e bons efeitos, fica a dever um pouco com a trama, pois as viagens no tempo acabam tornando-a deveras complexa. Mesmo assim, o canal Fox pediu roteiros pra completar uma temporada inteira da série (não esquecendo que a saga Terminator volta aos cinemas no ano que vem com Christian Bale no elenco).
2.01 – 6.34 milhões
2.02 – 5.49 milhões
2.03 – 5.81 milhões
2.04 – 5.33 milhões
2.05 – 5.61 milhões
Prison Break – 4ª temporada
Prison Break também está com problemas. A série, que estava mantendo os 6,5 milhões até o começo da Fall Season, está micando agora na casa dos 5,0 milhões. Isto deve levar ao derradeiro término, já um pouco tarde, de uma das melhores séries de ação desta década, tensa como só ela. Hoje PB já se modificou tanto como trama que poderia até atender por outro nome. Mesmo assim, com as “forçadas de barra” ainda tem muitos momentos pqp.
4.01 – 6.11 milhões
4.02 – 6.84 milhões
4.03 – 6.48 milhões
4.04 – 5.89 milhões
4.05 – 5.93 milhões
4.06 – 5.25 milhões
4.07 – 5.43 milhões
Lipstick Jungle – 2ª temporada
A série Lipstick Jungle foi renovada somente pelo investimento do canal que achava que conseguiria pescar a audiência feminina em algum momento deste ano, no entanto, não foi o que aconteceu. A série vem registrando índices entre 5 e 6 milhões, uma pena.
2.01 – 6.08 milhões
2.02 – 5.30 milhões
2.03 – 4.80 milhões
Ugly Betty – 3ª temporada
A nova temporada de Ugly Betty vem caindo conforme as semanas. A série, que foi um sucesso na 1ª temporada, não é mais a mesma, principalmente pela queda lamentável dos roteiros da 2ª temporada, que deixaram a comédia e o humor negro em substituição a um clima muito dramático. Os índices variam entre 8 e 9 milhões.
3.01 – 9.78 milhões
3.02 – 8.58 milhões
3.03 – 8.48 milhões
3.04 – 8.20 milhões
Knight Rider, a.k.a., Supermáquina – série estreante
Knight Rider, que prometia uma boa audiência, provou o contrário conforme as semanas. O programa piloto ainda tinha uma audiência razoável, mas já fora alvo da crítica. Ainda não pude conferir e, na verdade, não me interessei muito pela trama requentada.
1.01 – 7.30 milhões
1.02 – 7.56 milhões
1.03 – 6.73 milhões
1.04 – 7.70 milhões
Pushing Daisies – 2ª temporada
Parece que o colorido acabou. Pushing Daisies vem caindo conforme as semanas. Uma PENA para uma série tão magnífica e diferente das demais da televisão americana. Espero que pela repercussão junto à crítica o canal aposte um pouco mais no fabuloso mundo fantástico do mestre Bryan Fuller, e dê nova chance a Ned, Olive e cia.
2.01 – 6.30 milhões
2.02 – 5.55 milhões
2.03 – 6.30 milhões
Chuck – 2ª temporada
Chuck nem foi muito bem em sua 1ª temporada e fora renovado mesmo assim, principalmente pelo hype em torno da série. Como sempre ando escrevendo por aqui, os nerds estão tomando conta do mundo, e das séries também. Mesmo assim, torço por um retorno de audiência em Chuck, pois a série é muito divertida e com muitas cenas de ação, sem dúvida um programa pra relaxar. Já garantiu uma temporada completa com 22 episódios.
2.01 – 6.62 milhões
2.02 – 5.89 milhões
2.03 – 6.01 milhões
Dirty Sexy Money – 2ª temporada
Dirty Sexy Money nunca conseguiu altos índices, porém nessas últimas semanas a coisa ficou crítica. Deve ser cancelada, mesmo tendo um elenco bastante acima da média com nomes como Donald Sutherland e Peter Kruse (À Sete Palmos).
2.01 – 7.15 milhões
2.02 – 5.95 milhões
Life – 2ª temporada
Eu devo ser um dos seis fãs de Life, série investigativa. “Mais uma”, poderia você argumentar, mas que tem na interpretação de Damian Lewis um excelente triunfo como detetive Crews. A série teve uma pequena temporada de apenas 9 episódios, onde já sabemos de vários mistérios da trama. Nesta segunda temporada o canal NBC acabou rifando a série ao exibí-la duas vezes na semana, assim fica difícil fidelizar o espectador.
2.01 – 6.92 milhões
2.02 – 5.44 milhões
2.03 – 5.78 milhões
2.04 – 4.92 milhões
The Ex List – série estreante
Praga de série maníaco pega! E a CBS (única série sua citada aqui) deve ter descoberto isto a duras penas. Os fãs de Moonlight bateram pé, mandaram cartas, emails, anúncios, pedindo para o canal manter a série sobre vampiros no ar, o canal reclamou da audiência e cancelou o show. Resultado: a série substituta não consegue 60% da audiência de Moonlight e acaba derrubando a até então melhor série do canal às sextas, Numb3rs.
1.01 – 6.85 milhões
1.02 – 5.71 milhões
Privileged – série estreante
Numa temporada onde o pequeno, e diversas vezes questionável, canal CW comemora o sucesso e afirmação de diversas séries suas, como 90210 e Gossip Girl, a estreante Privileged decepciona. Também, o canal deixou a série a própria sorte no quesito marketing/divulgação.
1.01 – 2.93 milhões
1.02 – 2.43 milhões
1.03 – 1.86 milhões
1.04 – 1.88 milhões
1.05 – 2.30 milhões
A temporada 2007/08 das séries americanas entrará para a história como uma das temporadas mais turbulentas em termos de programação e de audiência. O que chama mais minha atenção ainda, é que tanto a qualidade das séries como a audiência vinha numa crescente desde os últimos cinco anos com a explosão de séries policiais (C.S.I. e sua franquia), de séries dramédias (Grey’s Anatomy e Desperate Housewives), um fenômeno de mídia (Lost) e de reality shows (American Idol e Dancing with the Stars).
Maior audiência entre as séries
No entanto, se os canais já se consideravam prejudicados pela – interminável – greve dos roteiristas, a questão se complicou ainda mais quando se observou (atráves de índices de audiência) que com a volta da exibição de episódios inéditos a partir de abril a maioria das séries perdeu uma parcela de audiência considerável.
Exemplo disso: séries como C.S.I. que tinham de 22 á 25 milhões de espectadores por episódio viram seus números despencarem para os atuais 18, no máximo, 20 milhões de espectadores a cada semana. Mas isto não aconteceu somente com as séries, o grande líder da audiência americana, American Idol, rendia na temporada passada facilmente de 27 á 30 milhões de audiência, teve que se contentar com seus atuais 22 á 25 milhões.
Será que a fórmula já se esgotou?
Parece que a greve dos roteiristas fez o espectador habitual perder o costume de acompanhar suas séries durante a semana (o que se justifica já que os episódios inéditos ficaram sendo exibidos aos poucos em alguns casos). Além disso, cada vez mais os americanos têm acesso ao sistema TiVo (de gravar simultaneamente os programas enquanto se assiste a outros) e os já famosos downloads, através da internet. Todos estes fatores podem ser apontados – juntamente com a qualidade atual das séries – como indicativo desta queda geral de audiência.
Outro fenômeno no mínimo curioso desta temporada é que nenhuma série estreante conseguiu chamar a atenção suficiente do grande público. Exemplos como Pushing Daisies, queridinho da mídia (e meu também) e da sitcom Samantha Who (que somente conseguiu algum destaque graças a sua exibição após Dancing with the Stars, lhe entregando uma audiência enorme mas, sem o reality lhe precedendo, a audiência da série despencou), são casos isolados, as demais séries parecem ter passado em branco este ano.
Minha série estreante favorita
No entanto, os diretores dos canais não parecem muito preocupados com isto, pois a atual situação não deve ser contornada tão cedo. Em virtude da greve, uma grande maioria das séries já havia sido renovada antes mesmo do fim da mesma, portanto, teremos poucas estréias no próxima temporada. Claro que com um aumento de marketing (atraindo os espectadores novamente) e uma ajuda extra dos roteiristas este painel pode se modificar. As perguntas que “não querem calar”: quando isto acontecerá? E de que maneira atrair espectadores que perderam interesse em séries já conhecidas do mesmo?