Escrevo esse texto num domingo de noite, faltando algumas horas para ir dormir. Então, se daqui a uns minutos eu parecer chato, quer dizer que eu babei no teclado e estou escrevendo por osmose. Pense nisso como uma aula de biologia, só que sem as provas:
Watchmen. Uma das minhas HQs prediletas, a qual eu vivo propagandeando e elogiando nas minhas colunas, junto com mais meia dúzia de congêneres. Possui um roteiro bem-feito, sem pontas soltas, uma história agradável e, em sua maior parte, crível e bem construída (Com a exceção do clímax. A adaptação para as telonas teve um final melhor, em minha nada modesta opinião). A arte é agradavelmente detalhada e bem feita.
Mas, não foi a arte, sozinha, que consagrou Watchmen como uma das melhores HQs do mundo, como um farol ao qual todas as histórias deveriam usar como guia. O que transformou Watchmen num fenômeno de crítica foi a visão realista dos personagens. continue lendo »
Toda criança nascida e/ou crescida no ocidente, independente de cor, religião e essas outras baboseiras por aí, já sonhou em ser igual à seus ídolos de papel e tinta ou suas contrapartes televisivas. Todos nós já desejamos ter visão além do alcance de raios-X, capacidade de vôo/teleporte ou manipulação do tecido do espaço-tempo (E, muito provavelmente, alguns ainda o fazem).
Mas, caso tivéssemos tais habilidades, conseguiríamos realmente ser coleguinhas do Flash, Lanterna Verde e Batman? A resposta: Salvo algumas exceções incomuns, não. Suponhamos que, sim, você conseguiu seus poderes. Como proceder no combate ao crime? continue lendo »
O isqueiro falhou. As faíscas estalavam em vão. O fluído havia acabado e ele só poderia repô-lo quando voltasse para casa. “Não sei porque ainda insisto em usar Zippos” – pensou o Alex. Essa prometia ser mais uma longa e solitária noite na Penitenciária de Segurança Máxima em que ele trabalhava. Os cigarros eram a única companhia e distração durante a longa escuridão, cheia de sombras e sons fantasmagóricos naquele lugar fétido. continue lendo »
Algo que me surpreende a cada visita a uma livraria é o crescente número de biografias que estão sendo publicadas. Ao que me parece, a febre começou no exterior (Leia-se Estados Unidos) e há alguns anos dominou as terras tupiniquins (Muito brega essa expressão, né?). O fato é que pra todo lado que se olha há uma biografia de alguma celebridade ou personagem histórica, e as ficções perdem algum espaço para as histórias da vida (supostamente) real.
Não vejo problema algum nessa nova modinha. Na verdade, eu gosto muito ler biografias. Até já indiquei a de Tim Maia por aqui (Vale Tudo – O som e a fúria de Tim Maia, de Nelson Motta). Desde que se trate de um biografado que tenha uma vida interessante e que a pesquisa seja de qualidade, o livro tem boas chances de ser melhor do que muita ficção.
Mas, quais seriam os motivos para essa tendência de supervalorização das biografias? continue lendo »
Na fusão/fissão nuclear, tem-se, além de um novo elemento, uma série de outros subprodutos, tais como a liberação de quantidades massivas de energia e radiação. Este último subproduto pode ser classificado em três tipos. Desses três, dois (Radiações alfa e beta) são relativamente inofensivos, sendo facilmente barrados por objetos extremamente raros, como folhas de papel e tábuas, respectivamente. continue lendo »
Um cara “normal”. Esse seria o tão amado Capitão América na vida real. Os pais de Steve Rogers, dois imigrantes irlandeses (Convenhamos, Steve Rogers é um nome muito pouco irlandês. Sean Clooney, Eblis O’Shaugnessy ou Mickey McFinnegan seriam nomes mais apropriados para um filho de irlandeses. Mas, divago.), vão para o grande Pub além dos campos de trevos antes que o pirralho chegue aos vinte anos.
Sendo um jovem de delicada compleição física (Leia-se: um fracote), e tendo certa habilidade para as belas artes (Descoberta após ser despedido duma obra – por não conseguir carregar dois tijolos por vez), Steve junta as economias, compra um cavalete, pincéis, telas e começa a pintar, sem sucesso. Como não consegue pagar a Guinness diária, resolve vender o corpo para as indústrias farmacêuticas, e se torna uma cobaia para remédios em fase de testes. continue lendo »
Alguém, entre vocês, já imaginou como seriam seus heróis prediletos no realidade? Por exemplo, o que faria um moleque, filho de milionários, que tivesse os pais assassinados por um trombadinha numa viela?
Na verdade, eu sei que esse questionamento é puramente retórico, uma vez que eu sei que vocês, um bando de nerds enrustidos, não dormem sem fazer o seguinte: continue lendo »
Eles voam/se teleportam, têm força extraordinária, inteligência descomunal, habilidades (supostamente) invencíveis, poderes fantásticos e… não são NADA.
Sim, estou falando dos heróis. Sim, estou falando que eles não possuem a influência que deveriam. Talvez eu esteja muito mal-humorado ultimamente para escrever sobre qualquer coisa. Não, isso não foi um desabafo. continue lendo »