Ah, mais uma novela se encerra para dar lugar a outra que vai ser mais do mesmo. Amor à Vida foi uma novela muito, muito ruim. “Todas as novelas são ruins”, vocês dirão. E eu responderei o óbvio: Não, não são. Isso é senso comum. As tramas decaíram de um tempo pra cá, o que não quer dizer que sempre foram desinteressantes ou que continuarão sendo. Walcyr Carrasco cagou no roteiro colocando Paolla Oliveira e Malvino Salvador como protagonistas, transformando Marina Ruy Barbosa em fantasma porque a jovem não quis raspar o cabelo e deixando tramas inacabadas no meio do caminho, esquecendo personagens. Enfim, Amor à Vida se resumiu em uma personalidade: Félix, uma bicha má que jogou um bebê numa caçamba. NUMA CAÇAMBA!
Antigamente a pressão por IBOPE era menor e a concorrência também, então criava-se mais livremente. Ninguém tinha computador, tablet, academia não era parada obrigatória todos os dias. Assistir novela era parte do cotidiano porque não tinha nada melhor. Hoje as distrações são maiores e o autor precisa ser muito habilidoso para manter o interesse do público. Agora é a vez do Maneco, presidente da Associação de Moradores do Leblon e maior divulgador do bairro no país, chutar Walcyr Carrasco do horário nobre e apresentar mais uma Helena com conflitos amorosos, disputando e sendo disputada em uma história onde nos perguntamos: Vale tudo por amor? continue lendo »
HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA, CHAEL SONNEN VAI SER COACH NO TUF BRASIL HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA, CONTRA O WANDERLEI SILVA HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHA!
Será que o Euclides Pizurk vai querer comer minha bunda gorda se eu parar o texto por aí? Porque eu nem sei direito o que achar disso tudo. É claro que parte disso faz sentido, tendo em vista a rivalidade que os dois desenvolveram nos últimos tempos e a troca constante de elogios. O que não faz sentido é a figura mais odiada do MMA no Brasil treinar um time exclusivamente composto por… Brasileiros. Se o programa se chama The Ultimate Fighter Brasil: Em busca de campeões (Aliás, lixo de complemento) e é transmitido por uma emissora nacional, ele deveria ser composto por técnicos e lutadores brasileiros. Assim como seria estranho se Ronda Rousey e Miesha Tate tivessem treinado apenas homens, na última temporada do TUF americano. Ou seja, por mais interessante que pareça, qualquer elemento que não se encaixe nesse formato, descaracteriza o programa como conhecemos. continue lendo »
Em tempos de vacas magras para noveleiros como eu, afinal, Salve Jorge não enche barriga, fui buscar no Canal Viva alguma coisa mais interessante do que viagens de bike da Capadócia para Istambul. É bem verdade que achei algumas jóias da TV brasileira como Rainha da Sucata e Felicidade, mas nada nessa vida poderia me deixar mais feliz do que a reprise de As Noivas de Copacabana, a melhor minissérie brasileira já feita, escrita em 1991 por Dias Gomes e meu ilustre vizinho e companheiro de fila de pão, Ferreira Gullar.
Parei contigo, Salve Jorge! Como o Thiago Abravanel continua gordinho fazendo essa viagem de bike todos os dias?
Quando Salve Jorge começou, eu decidi que não assistiria. Não é porque odeio novelas, ou porque sou reaça e terminantemente contra a manipulação Global. Na verdade, eu adoro novelas. E não poderia cagar mais baldes do que já cago para manipulação da massa. Se eu fosse a Rede Globo manipularia todo mundo também. Eu só não aguento as obras de Glória Perez. Desde O Clone é sempre aquele mesmo “hare baba”, “inshalá”, Deborah Secco entrando nos EUA escondida no porta-luvas do carro. Mas no fim das contas não adianta: Você acaba contaminado. Eu tentei fugir, de verdade. Tentei negar a existência do folhetim. Mas desde a TV do boteco até a TV do banheiro da academia transmitem a novela. Então, me inteirando sobre a novela, tenho duas notícias para autora: A boa é que a história não é de todo ruim. A má é: WTF, MULHER? QUE GALÃ É ESSE QUE VOCÊ ME ARRANJA?
Sim, é verdade. Eu gosto de BBB. E eu também gosto de literatura brasileira, estrangeira, de música pop, de rock, de gato, de ir pra praia, de comédia, seriado, cinema, moda, de sushi, da minha mãe, da minha vó e da Miss Piggy dos Muppets. E eu não sei o que passa na TV aberta de vocês, mas quando eu ligo a televisão, eu vejo que passam programas tipo Jornal Nacional, as novelas das 6, 7 e 8 que não é 8 mas 9, Sessão da Tarde, Tela Quente, Programa do Jô e Big Brother Brasil. Mas, quando eu acesso qualquer rede social, o que eu vejo é gente xingando o último programa que eu citei, compartilhando montagem do Baby da Família Dinossauro, que eu nem sabia que assistia BBB e tinha tanto ódio no coração, o Chapolin Colorado citando alguma frase de super impacto ou algum meme tosco de gente reclamando do reality show. Ou seja: o BBB está mais em alta e sendo mais exaltado por aqueles que NÃO gostam do programa do que por aqueles que gostam, sentam na frente da TV, assistem e acessam sites/blogs/afins que tenham informações sobre “o que rola na casa mais vigiada da TV brasileira”.
Depois de algumas reflexões sobre música, cinema e tv, acabei me perguntando: Qual o problema com o entretenimento atual? Esta indagação me ocorreu ao ver que todos os meus textos aqui no Bacon são escritos justamente para criticar algo que eu acho que está fora do lugar; quem leu sabe disso. A resposta, logicamente, não veio facilmente e provável que o que eu vá falar aqui não agrade a todos, talvez a ninguém. Porém temos de concordar, há um problema com a forma de se fazer filmes, programas de tv e música hoje em dia.
Antes, a voz do povo era a voz de Deus. Agora, já que o povo todo tá no Twitter… Nem preciso terminar minha frase pra se entender qual é o meu ponto. Enfim. A gente tá acostumado a ver a galera ~fazendo barulho~ na timeline, xingando muito no Twitter, e falando aquele monte de coisa que não leva a nada. Ou não levava. Agora, a gente viu que leva.
Mais do que ficar vendo adolescente chorando porque não viu seu show pseudo-emo favorito e resolveu xingar muito no microblog mais bonito da cidade, agora o negócio foi sério, e tratou de um crime que, confirmado ou não, não importa: A hipótese foi levantada. E como.
E o BBB 12 nem tinha estreado, e a galera já tava feito louca falando a respeito do programa que coloca um milhão de câmeras numa casa e trata os participantes como uma espécie de ratos de laboratório em observação. A movimentação no Twitter era tanta, que durante o Jornal Nacional, lá pelas 8 e pouco da noite, a hashtag #BBB já estava nos TT’s:
Publicitário é foda, e tem insight do nada mesmo. Tava eu falando com o senhor responsável por esse site, e ele me diz uma frase que me lembrou um clássico da televisão brasileira: Alô, Cristina. Geez, eu lembro da maldita musiquinha até agora. O programa era comandado pela Cristina Rocha, aquela loira que era jurada do Show de Calouros do SBT junto com o Pedro de Lara e um bando de relíquias da televisão. Dá uma olhadinha aí embaixo pra relembrar (E pra morrer de vergonha alheia, porque né?):
Todo mundo tá careca de saber que a emissora que dita as regras na televisão e, muitas vezes, no comportamento dos telespectadores, é a Rede Globo de Televisão.
Visto isso e levando em consideração o que disse na coluna sobre Tititi, acredito que nunca veremos a Globo tratando os assuntos que são abordados na série-musical Glee, uma das melhores, e mais amada – e odiada – série em exibição nos EUA.
Vergonha alheia, clica logo aí embaixo e vai ver as outras fotos.