Essa semana a coluna Analfabetismo Funcional entra de férias, porque vou falar sobre HQ. Antes, porém, deixo registrado que, para mim, histórias em quadrinhos (Em sentido amplo) são enquadrados como literatura,assim como qualquer livro (Até mais que muito livrinho por aí…), mas isso é assunto pra outro artigo. continue lendo »
Uma das pessoas que eu mais admiro é John Ray Cash. O cantor, o solitário, o problemático, o homem que faz falta nessa geração ridícula. O homem de preto que nasceu no Arkansas e morreu no Tennessee, mas ainda ecoa nesse mundo. Não sei dizer exatamente o porquê dessa admiração. Pensei em dizer nas linhas acima que ele foi um exemplo pra todos nós, mas me soou muito enaltecedor, e eu não gosto de parecer tão tiete. Mas ao mesmo tempo me ocorre que sim, esse homem nos ensinou coisas.
Enfim. Isso é só uma pequena introdução para passar ao verdadeiro assunto daqui. continue lendo »
Imagine-se num mundo onde super-heróis existem de verdade… deja vu?
Talvez. Vamos falar mais uma vez duma reutilização daquele velho cliche do outro dia, do cenário em que um mundo como o nosso possui pessoas com poderes que se tornam heróis, mas dessa vez, como na última, tem um elemento novo: não são TODAS as pessoas com poderes, mas UMA SÓ. O PREFEITO DE NOVA YORK.
Devido a motivos de força maior, me vi, de algum modo, obrigado a fazer uma resenha do quase sessentão Spirit. Ela é um tanto curta pelo simples fato de não ter muito o que resenhar, o que não quer dizer de modo algum que a história seja ruim. Aproveite. continue lendo »
Jesse Custer seria apenas mais um padrezinho de um vilarejo esquecido em algum lugar ermo do Texas se não fosse o Gênesis. Não estou falando do prefácio da Bíblia. Gênesis é o filho de um anjo e um demônio que, de saco cheio de anjinhos tocando harpa para lá e para cá no Paraíso, resolveu fazer uma visita à Terra. E, nisso, acabou possuindo nosso amigo Jesse James Custer. Com a união dos dois, Gênesis acaba por conferir a Custer o poder de fazer com que QUALQUER pessoa o obedecesse cegamente. E é aqui que as coisas começam a ficar boas.
Tá olhando o quê, porra?
Se você for tanga, emo ou extremista religioso, feche agora mesmo sua janelinha do Internet Explorer 5 e vá ler o blog da Hello Kitty. Para começar, o Deus retratado na HQ é um bundão, fugitivo e egoísta, perfeitamente sincronizado com a vida real, sem nada a ver com as historinhas que te contam na Igreja. A saga de Jesse começa justamente quando ele descobre que Deus tirou umas férias do mundo sem deixar nem mesmo um estagiário tomando conta do lugar. E, como todo cabra-macho que se preze, Jesse vai atrás dele para acertar as contas.
Obviamente, dá algum trabalho procurar e brigar com uma entidade onipotente que está tentando se esconder. Por isso, Custer procura a ajuda de Tulip O’Hare (sua ex-namorada) e de Proinsias Cassidy (um vampiro irlandês) para facilitar na procura por Deus. Esses três, claro, são os personagens que mais aparecem. Afinal de contas, são os “mocinhos”.
Mas, Guten, eu não gosto desse gibi. É muito feio e não tem herói, só bandido.
Caro Tanguinha, permita-me explicar a situação: primeiro, gibi é Turma da Mônica, Preacher é HQ. Segundo, feio é você, a arte de Preacher é impecável. Terceiro, pesquise para saber o que é um anti-herói. Voltemos ao assunto.
Obviamente, Deus vai ficar divinamente puto com essa caçada de Jesse e vai fazer de tudo para que ele seja morto. Além de mandar organizações secretas da Igreja e mercenários, “Ele” ainda se dá ao luxo de ressuscitar um cara do séc. XIX conhecido por “O Santo dos Assassinos” para dar um fim em Custer, além de figuras como Cara-de-Cu, Daronique e Herr Starr (nome que eu adotaria se fosse um travesti alemão).
Quanto aos capangas do Preacher: Tulip O’Hare foi assassina de aluguel, mas sem muito êxito profissional. Afinal, que tipo de incompetente consegue falhar feio na primeira missão? Apesar disso, é mais macho do que muitos de vocês que lêem esse texto. Foi criada pelo pai caçando, pescando, aprendendo a usar as mais variadas armas de fogo e ouvindo histórias de guerra.
Tava olhando minha bunda? Hein?
Já Cassidy é um vampiro assassino alcoólatra, viciado em heroína, ex-prostituto e desertor do exército, além de ter um interesse gritante pela ex-namorada do Jesse.
Eaê, mano? Tudo beleza?
Agora, junte sangue, MUITO sangue, humor negro de primeira aos montes, atos perversos e perversões, mortes, polêmicas, críticas a uma instituição enraizada na mente popular e diálogos feitos com TESÃO, PORRA!, distribua por 66 histórias e 6 especiais e você terá uma das melhores HQs jamais criadas.
Preacher é uma ótima leitura para aqueles com um estômago forte e que não vêem problemas em ter suas crenças zoadas em nível estratosférico. Garth Ennis (roteirista) e Steve Dillon (ilustrador) fazem dos quadrinhos de Preacher uma janela para a podridão do mundo ao nosso redor.
Preacher
Preacher Lançamento:1995 Arte: Steve Dillon Roteiro: Garth Ennis Número de Páginas: Varia de acordo com o volume Editora:DC Comics, selo Vertigo
Essa edição começa em 1939, na Íustria, com um grupo de cientistas nazistas mandando Ernst Oeming para o espaço. Literalmente. Sessenta e seis anos depois, vemos a história da morte de Ernst ser contada, e o que a Gestapo fez com seus restos: Os levou pro topo do castelo Hunte, que explodiu tempos depois. E agora, uma cápsula nazista está voltando, justamente pro castelo. Então, Hellboy e Roger são mandados pra lá, tendo Laura Karnstein como guia. Só que um burocrata conta algo pro vermelhão, que fica emputecido: Eles consideram Roger descartavel, e colocaram uma bomba incendiária dentro do cara, e entregaram pro Hellboy, que é amigão. Bando de FDP. Enquanto vão ao castelo, Laura conta a lenda de Rübezahl, o gigante metamorfo, para os dois agentes. E ele aparece logo em seguida, e toma um soco na fuça do Hellboy, por estar vestido de nazista. Chegando perto do castelo, começam a tomar pipoco de uma metranca. Depois de destruir a atiradeira, ele adentra no castelo, quando é derrubado por um gigante misterioso.
Agora, Hellboy tá preso e recebendo tratamento de eletrochoque, ministrado por Herman von Klempt, antigo inimigo, que quer vingança, torturando o sem-chifre. Ele começa a contar sua história, tudo que deu errado, e todo aquele chororô de vilão. Enquanto isso, Roger encontra ajuda, e vai ao resgate. Porém, nos laboratórios nazistas destruidos, Roger encontra vários “irmãos”, que resolvem pegar sua força emprestada, por assim dizer. Enquanto isso, Oeming está prestes á pousar. Roger se recupera, e libera Hellboy, mesmo que indiretamente, que acha um espírito disposto a ajuda-lo a deter Oeming, que chegou.
E chegou liberando um gás mortal, que ferrou com os operários nazistas que tavam lá, além de algumas aberrações. Roger e Hellboy caem na porrada, mas o vermelhudo leva a pior, já que Klempt ejeta a cabeça e usa um raio tr00 from hell nele, que cai junto de vários corpos decompostos que lutam. E perdem. Oeming, então, já se tornou o Verme Vencedor do título do arco, que na verdade só serve pra destruir tudo. Até que eles descobrem um ponto fraco fatal no verme, e o utilizam da forma que podem. Quem acaba salvando tudo é Roger, não Hellboy. Mas quem salva Roger, esse sim, é Hellboy.
Hellboy – O Verme Vencedor
Hellboy: Conqueror Worm Lançamento: 2005 Arte: Mike Mignola Roteiro: Mike Mignola Número de Páginas: 148 Editora: Mythos
A primeira parte, entitulada Os Anos Dourados, mostra três histórias: Panquecas, a primeira, bem curta e divertida, mostra Hellboy comendo… panquecas [D’oh] pela primeira vez, em 1947. Não tem muito o que falar. Vão lá ler.
Em seguida, começa A Natureza da Fera, história que mostra o capetoso em 1954, sendo chamado pra matar um dragão: O Monstro de São Leonardo, um bicho que assombrava a floresta de Horshaw, matando quem quer que entrasse lá. Um dia, um monge foi lá e matou o bicharoco, mas também foi gravemente ferido, e onde pingasse sangue do monge, nasciam lírios. Hellboy foi chamado porque “uma fonte confiável” informou que o dragão reapareceu, fazendo com que uns tios desconhecidos chamem Hellboy pra rancar as bolas do bicho fora. Inclusive entregam uma lança que supostamente foi usada pelo conde de Warwick contra o dragão. Apesar de tudo, o vermelhão tá meio cético quando á existência do dragão… Até achar uma estátua cercada por lírios, e o próprio dragão, que é mais um jacaré metido a besta. Depois de uma rápida luta, o dragão é morto, com uma ajudinha da sorte. Os tios, que não tem seus nomes ou origens explicados, notam que seu esperimento fracassou, já que não obtiveram os dados que queriam. E quando o sangue do capetoso cai no chão, nascem lírios.
Depois dessas duas, Rei Vold: Em 1956, Hellboy é convidado á auxiliar o professor Aickman em algumas pesquisas na Noruega. Aickman é um grande amigo de Trevor Bruttenholm, pai adotivo do tinhosinho. Chegando na Noruega, algumas lendas locais são apresentadas á Hellboy pelo professor Aickman. Cansado de lenga-lenga, o diabrete pergunta pro professor o que eles vão fazer, que é esperar o Rei Vold, um atormentado rei que sofreu uma maldição por gostar de caçar. O porém é que o professor só quer lucrar em cima do fantasma, já que ele costuma pagar quem o ajuda em ouro. Hellboy fica meio grilado com isso, já que a ajuda é cuidar de um lobo do rei. Que não é nem um pouco bonzinho, e dá um cacete no Anung Un Rama. Quando Vold volta, o professor Aickman recebe seu prêmio: Moedas de ouro, que perfuram sua mão e se trasformam em pedras.
Na segunda parte, Os Anos da Maturidade, são contadas mais três histórias: Cabeças, sobre um vilarejo em Kyoto onde todos sumiram. Investigando por lá em 1967, Hellboy é acordado de sua soneca no meio da floresta por um camponês, que o convida a pernoitar na sua casa, com outros viajantes. O porém é: Eles são demônios que desprendem sua cabeça do corpo. O garoto do inferno faz o que, quando acha os corpos sem cabeça? Manda tudo pro fundo do lago! Quando as cabeças atacam, ele brinca de baseball até o sol raiar, fazendo com que elas pereçam.
Adeus, Sr. Tod se passa no Oregon, em 1979. Uma moça, Mary Ann Glozek, pediu ajuda no Bureau, pois seu patrão, um médium físico conhecido como Sr. Tod conjurou uma criatura abissal, além do seu limite. Como tais conjurações usam fluidos do conjurador, o Sr. Tod secou, e a criatura ficou presa aqui na Terra. Mas Hellboy sabe como resolver isso, é só queimar um ramo de Írbuto. E a criatura foi embora, junto com o Sr. Tod.
O Vârcolac se passa em Yorkshire, em 1982. Hellboy encontra, dentro de uma casa abandonada, a condessa Ilona Kakosy, depois de mais de seis anos de buscas. Mas quando ele vai empalar o coração da criatura do mal, o chão cede. Chegando lá embaixo, ele encontra amiguinhos que querem se alimentar do vermelhudo, mas a condessa os impede, pois o Vârcolac, o mestre de todos os vampiros, se levantou para visitar as cidades dos mortos. A bicharada decide então levar o homem do chifre cortado pro mestre. Mas é claro que ele não concorda em ser entregue assim de bandeja. Só que o bicho já chegou muito perto. E é tudo uma alucinação criada pela condessa. E quando se toca disso, ele enfia a estaca nela sem dó.
E na terceira parte, homônima do arco, temos mais duas histórias: A Mão Direita da Perdição, que começa com um encontro entre Hellboy e o padre Adrian Frost, filho do professor Malcolm Frost, que passou seus últimos anos tentando matar Hellboy. E tudo porque ele acreditava que o garoto capeta era do mal. [Por que será, hein?] O padre Adrian então, entrega um dos poucos escritos que seu pai não queimou, que mostra um esquema da sua mão direita, escrito em Lemuriano Ancestral. Em troca de tal papel, o padre quer ouvir a vida do Hellboy. E ele conta, recapitulando o que nós já vimos nas outras edições.
Ai o padre pergunta: “E essa mão?” Ao que nem Hellboy sabe responder. O máximo que dá pra saber é que outra pessoa poderia usar, e de forma muito ruim.
Já em A Caixa do Mal, vemos o sr. Heath explicando á Hellboy o que aconteceu na noite passada: Ele ficou todo travado, e um baixote feioso invadiu sua casa, com um castiçal em forma de mão. Passou reto por ele, foi até a lareira, deu uma quebrada na parede e tirou uma caixa de metal e uma pinça gigante. Deixou o castiçal do lado de Heath e foi embora. Abe estuda o castiçal, e vê que é uma mão verdadeira, ou seja, uma “mão gloriosa”: A mão de um enforcado, ressecada e preservada em cera, pra servir de vela, e com poder de abrir qualquer porta e paralizar todos em uma casa. Logo, Hellboy descobre que havia uma pintura de São Dunstan na parede quebrada. E que Heath teve uma visão quando o gordola passou por ele: a visão de uma casa decrépita. Que é onde se passa a próxima seqüência, onde três velhos conversam sobre a caixa. É uma negociação. Que no final não dá muito certo: O demônio se apossa dos negociadores. Ou quase todos: O gordinho tava esperto e se antecipou, se protegendo do bicho. E dando um jeito de domina-lo. Atraidos até lá pela visão, Hellboy e Abe chegam e são subjugados. O demônio fala sobre a mão direita de Hellboy, que precisa ser amputada com vida para conservar o poder. Só que, com uma reviravolta SENSACIONAL, Hellboy e Abe se livram e descem o couro no demônio e no macaco. [Eu citei que tinha um macaco? Então agora citei] E se eu falar mais, vai ser spoiler, e blá blá blá.
Hellboy – A Mão Direita da Perdição
Hellboy: The Right Hand of Doom Lançamento: 2004 Arte: Mike Mignola Roteiro: Mike Mignola Número de Páginas: 148 Editora: Mythos
O Longo Dia das Bruxas é uma série clássica de mistério do Batman. Se Chris Nolan bebeu de Ano Um para fazer Batman Begins, ele sugou (Uhhh) O Longo Dia das Bruxas para fazer O Cavaleiro das Trevas. E curiosamente, li esta HQ como uma continuação não tão próxima de Ano Um. Lá está a confiança de Batman e Jim Gordon crescendo, Harvey Dent se sacrificando para acabar com a corrupção de Gotham e a transformação da cena criminalistica da cidade. Parte do roteiro do filme está ali.
A princípio, quando a pergunta “Quem é Feriado” é levantada, eu achei que seria esperto, que acharia a resposta fácil. Pois é, só que a HQ deu três viradas e eu fiquei ali, com cara de tacho. Orra, é uma fantástica história de Batman, muito recomendada. Trata de uma boa fase do morcego e mostra que até mesmo o “maior detetive do mundo” pode falhar quando se envolve pessoalmente com os suspeitos. E os criminosos famosos? Estão lá os alucinados Coringa, Chapeleiro Louco, Espantalho…
Não, ele não estava menstruado.
E Mulher-Gato. A ladra acrobata azara o morcego por todos os oito volumes, sem dizer se é heroína ou vilã. A dualidade do mundo do Homem-Morcego se mostra mais uma vez presente, praticamente em todos os personagens. Batman se divide entre crer em seu novo amigo, Harvey Dent, e em Jim Gordon; Harvey Dent literalmente está entre a Justiça e a Vingança; Selina Kyle procura manter a vida dupla ao lado de Bruce Wayne e Batman. Essa brincadeira entre bem e mal, os dois corruptos, conduz sub-tramas pela HQ enquanto vai se montando o cenário que culmina em mudanças de atitude de Batman, Harvey e cia.
Tem gente que se borra de medo por pouca coisa
A realidade é que a HQ não só é bem desenhada como bem conduzida. As pontas soltas que ficam ao final são intencionais, não para uma continuação, mas para enquadrar a história dentro do universo Batman. Obviamente foram tomadas liberdades quanto aos rumos que certos personagens tomam, mesmo assim não alteram suas características pessoais já fixadas nos quadrinhos.
Batman – O Longo Dia das Bruxas
A Long Halloween Lançamento: 1998 Arte: Tim Sale Roteiro: Jeph Loeb Número de Páginas: 48 páginas Editora:Editora Abril
Essa edição, que em tese seria a continuação d’O Gigante Infernal, não tem ligação direta, do tipo que peça releitura.
Tudo começa em um pequeno vilarejo nos Balcãs chamado Griart. Um padre, novo no local, vai até a igreja, que está abandonada faz muito tempo. Lá, ele encontra um desconhecido, que não se apresenta, mas conta a história do local, que era a capela particular de uma familia. O maluco mata o padre, depois de mostrar um detalhe em particular para ele. Nove dias depois, Hellboy está lá, junto com Katie. Eles foram investigar o assassinato de 167 pessoas: Todos os moradores da cidade. Homens, mulheres e crianças. Todos mortos, pelo que parece, por grandes animais carnívoros. Todos perto de suas camas, exceto um: O padre Edward Kelly, que Hellboy conhecia de exorcismos passados. Enquanto rondavam procurando pistas, Katie descobre algo interessante: Que a cidadezinha na verdade se chamava Santo Augusto. E lembrou da lenda dos Lobos de Santo Augusto: sua familia mais abastada, Grenier, foi amaldiçoada por um monge, por adorar um deus pagão, e com isso começaram a sofrer de licantropia, que esconderam. Mas depois de um tempo foram descobertos e mortos, e a cidade mudou de nome, para evitar perseguições da Inquisição. Depois de contar tudo isso ao capetoso, os dois vão investigar mais um pouco, quando Katie cai num buraco, e encontra o fantasma de uma das crianças Grenier. Depois disso, ela se lembra que havia uma versão levemente diferente, que dizia que um garoto, William Grenier, havia sobrevivido. E que ele se tornou um lobisomem velho pra dedéu. E depois de uma cena de luta espetacular, começa uma outra historinha: O Caixão Acorrentado, que mostra que o aparecimento de Anung Un Rama naquela igreja destruida não foi algo tão aleatório quanto a gente [No caso, eu] supôs. Basicamente, a narração se dá por uma carta que Hellboy mandou para Abraham, contando sobre uma viagem que ele fez até a tal igreja, pela primeira vez depois de muito tempo. Depois de investigar um pouco, ele dorme no local, e sonha. E nesse sonho, muita coisa é esclarecida. Mas é claro que vai ser um big fucking spoiler, vocês foram avisados.
Uma mulher pede o perdão de Deus á um padre e uma freira, seus filhos, e que eles a coloquem em um caixão acorrentado, já que ela vendeu sua alma ao tinhoso e ela não queria cumprir com sua parte no trato. Eles assim fazem, e quando o próprio Diabo vem busca-la, eles tentam defender a mãe. São sumariamente eliminados, e o chifrudo pega seu pagamento: A mulher que irá gerar seu herdeiro. Que, pelo que se mostra, é dono da revista.
Esse número pra mim foi o melhor, já que mostrou ação, porrada mesmo, e explicou alguns pontos obscuros do passado.
Hellboy – Os Lobos de Santo Augusto/O Caixão Acorrentado
Hellboy: The Chained Coffin and Others Lançamento: 2001 Arte: Mike Mignola Roteiro: Mike Mignola Número de Páginas: 52 Editora: Mythos
Esse arco é meio que a seqüência de O Despertar do Demônio, e começa mostrando Liz Sherman em um hospital, e os médicos explicando que ela está mal, apesar de não sofrer de nada aparente. Somos remetidos ás ruinas do castelo Czege, oito dias atrás, onde a agente Sherman e o agente Waller procuravam por Vladimir Giurescu. Eles não o acharam, mas sim um corpo inerte. Ou era o que eles pensaram até Liz toca-lo, quando o corpo então ganhou vida, sugando o poder dela, e fugiu. Enquanto isso, na Romênia, Hellboy e a professora Katie Corrigan investigam o sumiço de centenas de corpos enterrados há pouco tempo. Ao conversar com alguns nativos, eles descobrem que um monstro roubou uma cruz e fugiu pras montanhas, onde ele encontra um semelhante, apesar de achar que era único. Com isso, rola uma explicaçãozinha sobre a origem dos dois e sobre o que aconteceu quando Liz o tocou. Enquanto isso, a investigação de Hellboy continua, e ele acha um castelo dito assombrado, onde acha um forno gigantesco, mas não pode investiga-lo pois tem de salvar Kate, que foi levada, e a si próprio, que despencou no subsolo, onde recebe uma ajuda inesperada. Os dois irmãos chegam ao laboratório onde o mais velho trabalhou por anos e anos, onde também está Kate, presa. O vilão maníaco explica seu plano, e seu irmão se revolta, ao mesmo tempo em que Hellboy consegue chegar. O doido vira um gigante [O do título]. E eu vou parar por aqui antes que vocês me batam por fazer spoiler.
A idéia de Mignola era matar Liz, mas foi dissuadido por um editor, que gostava da personagem.
O arco insere um novo personagem: Roger, que vocês tem que ler pra saber quem é.
Hellboy – O Gigante Infernal
Hellboy: Almost Colossus Lançamento: 2001 Arte: Mike Mignola Roteiro: Mike Mignola Número de Páginas: 52 Editora: Mythos