Penélope Cruz já é garantia de uma nota alta num filme, isso é fato. Principalmente quando aqueles seios magníficos aparecem, falaí. PORÉM, ainda assim, ela não garantiu a “salvação” do filme. Como assim? Continue lendo a resenha, noob.
O carismático professor David Kepesh (Ben Kingsley) diverte-se com a conquista de jovens e ousadas estudantes, mas nunca deixa nenhuma mulher se aproximar demais. Quando a maravilhosa Consuela Castillo (Penélope Cruz) entra em sua sala de aula, porém, sua camada de proteção se desfaz. A beldade de cabelos negros o cativa e ao mesmo tempo o perturba.
Mesmo que Kepesh considere o corpo dela uma obra de arte perfeita, Consuela é mais que um objeto de desejo. Ela demonstra uma grande autoconfiança e uma intensidade emocional que desafia suas percepções. O desejo de Kepesh por Consuela se torna uma obsessão, mas, por fim, suas fantasias ciumentas sobre traição a afastam.
Arrasado, Kepesh passa a encarar a destruição do tempo, afundando-se no trabalho e questionando a perda de velhos amigos. Dois anos depois, Consuela volta para a vida dele, com um pedido urgente e desesperado que mudará tudo.
Essa tática da escada é genial. Anotem.
David Kepesh é um tiozão daqueles que têm tudo pra comer quem ele quiser, seja a vítima de qualquer idade. Mas é fato que, quando uma Consuela aparece, não há frieza que a afaste. O filme caminha com encontros dos dois, conversas hilárias de David com seu melhor amigo, George O’Hearn (Dennis Hopper) e situações ainda mais hilárias de David perdendo o cabelo (que já não existe) com sua paranóia. Pegar uma garota 30 anos mais nova quando a época de pendurar as chuteiras está chegando dá nisso.
Ben Kingsley, Penélope Cruz e Dennis Hopper fazem o menáge perfeito no filme, não na cama. Atores espetaculares, caíram muito bem em seus respectivos papéis. O fato é que eles arrasam em cerca de 70% do filme, mas depois o filme se perde e as expectativas vão lá pra baixo. Fatal tinha tudo pra ser um dos melhores filmes do ano, mas a necessidade de um drama maior ou simplesmente a perda de saber pra onde correr estragou tudo. Os aproximadamente 20/30 minutos finais chegam a ser estressantes, o que é uma pena enorme, tendo em vista que, segundo a sinopse, era onde tudo seria ainda mais sensacional.
Diálogos geniais. Enredo excelente (tirando o deslize citado acima). Romance é coisa de mulherzinha? Taí um filme que prova que não é bem assim. Eu não digo isso só pelos peitos de Consuela, mas pela personalidade de David, que carrega o filme mostrando a visão de um tiozão em um relacionamento com uma mulher mais nova. Você já viu isso antes, né? Não dessa forma.
Tiozões pegam geral.
O filme vale muito, mas MUITO à pena até a parte da formatura de Consuela. Depois disso, é exatamente o que eu disse acima: A angústia por não estar acontecendo absolutamente NADA é estressante. Pode ser que você goste, mas eu me apeguei muito ao ritmo do filme e sofri com essa “queda”. Mas não sejamos injustos: Apesar do fim, Fatal merece uma conferida. De verdade.
Fatal
Elegy (113 minutos – Drama/Romance) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Isabel Coixet Roteiro: Nicholas Meyer, Philip Roth Elenco: Ben Kingsley, Penélope Cruz, Peter Sarsgaard, Patricia Clarkson, Dennis Hopper
Era uma vez… Um filme que é bom até o desfecho, quando falha miseravelmente ao tentar fazer um final à lá Romeu e Julieta.
O filme Era Uma Vez… tinha tudo pra dar certo, e em partes deu. Foi dirigido por Breno Silveira, que tornou a história dos filhos do Seu Francisco (mais conhecidos como Mirosmar e “Welsinho”) em um dos maiores sucessos de bilheteria no Brasil.
O filme narra a história de Dé e Nina, dois jovens do Rio de Janeiro separados pelas diferenças sociais. Aquela mesma receita de sempre. Enquanto Dé é pobre e mora no morro, Nina é gatinha, gostosinha e mora de frente pro mar em Ipanema. Dé também fica de frente pro mar, vendendo cachorro-quente no seu quiosque, babando sempre que Nina aparece na janela. Loser.
Ae Nina, Já é ou Já era?
A vida de Dé tem mais destaque no filme, mostrando os problemas que ele teve na infância sendo vítima dos soldados do tráfico. A vida de Nina não ganha tanta profundidade. E também nem precisa. Ela só entra efetivamente no filme depois de quase 20 minutos.
A história do filme em si é legal pra caramba. Dé é tímido pra caracoles, e as tentavas dele de se aproximar de Nina são bem engraçadas. Me lembrou dos perrengues que passava há uns anos, quando era gordinho e sem graça. Hoje sou meio gordinho e meio sem graça.
Nina Cocota!
Sim, tem peitinhos no filme. Bem rápido, mas tem, e são da Nina.
Os atores foram muito bem escalados. Esse menino que faz o Dé, o Thiago Martins é um puta ator. O único problema é que já ta marcado pelo papel de favelado. Em todo filme ele é do morro. Isso tira um pouco da capacidade do ator de interpretar novos personagens.
A atriz que interpreta Nina, Vitória Frate, apesar de ser o primeiro grande papel dela também não faz feio.
Os atores coadjuvantes fecham o elenco afiado, incluindo o irmão da Camila “Bebel” Pitanga, Rocco Pitanga interpretando Carlão, irmão do Dé. Além de Paulo César Grande e Cyria Coentro, respectivamente pai da Nina e mãe do Dé.
O Rio de Janeiro continua lindo.
O filme realmente tinha tudo pra ser legal, mas o final foi uma merda gigante. A situação que leva ao clímax foi bem amarrada, mas conseguiram cagar com tudo nos últimos 10 minutos de filme.
Sabe aquela coisa forçada, só pra deixar dramático? Fizeram isso no filme. Não vou dizer o que, mas vai aqui um exemplo: Tem uma bomba. E nessa bomba tem um bilhete escrito “Para desarmar, corte o fio azul”. O carinha do esquadrão antibomba faz o caminho mais comprido possível e ainda corta o fio vermelho. É mais ou menos isso que acontece no filme.
Bastava só uma frase pra resolver a situação, mas nego como é burro faz a maior cagada.
Se você não se importar com esse final de merda, o filme vale a pena ser visto. Não tem nada de inovador. É aquilo de sempre: Rio de Janeiro, Patricinhas da Zona Sul, Meninos do Morro, tráfico, tiroteio e tudo aquilo que você já ta cansado de ver em filme brasileiro. Mas é uma história interessante e com bons atores.
E tem peitinhos, avisando mais uma vez.
Era Uma Vez…
Era Uma Vez (118 minutos – Romance) Lançamento: Brasil, 2008 Direção: Breno Silveira Roteiro: Patricia Andrade, Domingos de Oliveira Elenco: Thiago Martins, Vitória Frate, Rocco Pitanga, Paulo César Grande e Cyria Coentro
Em virtude da discussão da última coluna, resolvi fazer um levantamento dos filmes nacionais previstos para estrear nestes próximos 3 meses e imaginar se algum deles pode reveter o vergonhoso quadro de bilheterias do 1º semestre.
Obs.: as datas são de responsabilidade das distribuidoras e produtores, logo, pode haver mudança das mesmas até o seu lançamento em circuito nacional e ou outros filmes podem ser lançados neste intervalo de tempo que não estejam aqui citados.
A Encarnação do Dêmonio:
Após 30 anos preso, Zé do Caixão (José Mojica Marins) é finalmente libertado. Novamente em contato com as ruas, o sádico coveiro está decidido a cumprir a mesma meta que o levou preso: encontrar a mulher que possa lhe gerar um filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo, deixa um rastro de horror, enfrentando leis não-naturais e crendices populares. Já nasce candidato a cult, não acredito que faça sucesso de público, acredito em mais repercussão pela volta do Zé do Caixão. Diretor: José Mojica Marins Elenco: José Mojica Marins, Milhem Cortaz, Jece Valadão, Giulio Lopes, Luís Melo, Débora Muniz, Rui Resende, José Celso Martinez Corrêa. Terror
Previsão de Estréia: 08/08
Olho de Boi:
Modesto (Genézio de Barros) e seu protegido Cirineu (Gustavo Machado) são peões de fazenda que se embrenham pelo sertão em busca de vingança. Não faço a menor idéia do resultado deste filme, deve passar em branco nos cinemas, espero que não, mas… Diretor: Hermano Penna Elenco: Genézio de Barros, Gustavo Machado, Angelina Muniz, Cacá Amaral. Drama
Previsão de Estréia: 15/08
Nossa Vida não Cabe num Opala:
Baseada em peça teatral de Mário Bortolotto, a história tem início com a morte do patriarca de uma família paulistana de classe média baixa. Ele passa a assistir às reações dos filhos a sua morte e ao desmoronamento da frágil estrutura familiar. Mesmo sem ter nomes muito conhecidos no elenco – globais – a trama parece genuinamente engraçada. Claro que espero que tenha humor negro, e Leonardo Medeiros, estreando em novelas globais atualmente, é um dos melhores atores do nosso cinema. Diretor: Reinaldo Pinheiro Elenco: Paulo César Pereio, Leonardo Medeiros, Milhen Cortaz, Gabriel Pinheiro. Drama
Previsão de Estréia: 15/08
Os Desafinados:
Cinco amigos que formam a banda Rio Bossa Cinco e buscam o sucesso, alimentando o sonho de tocar no Carnegie Hall, a célebre sala de concertos de Nova York que detonou o sucesso internacional de Tom Jobim e da Bossa Nova. Assim, desembarcam em Manhattan e lá encontram uma musa, filha de brasileira com americano, que voltará com eles ao Brasil ditatorial. Além de tocar flauta e clarineta, ela vai se tornar a chave para o florescimento pessoal dos rapazes. Chega aos cinemas cheio de expectativa, fala de música e juventude, e tem no elenco os excelentes nomes de Santoro, Mello e Claudia Abreu. Diretor: Walter Lima Jr. Elenco: Rodrigo Santoro, Cláudia Abreu, Selton Mello, Ângelo Paes Leme, Jair de Oliveira, Alessandra Negrini, Michel Bercovitch, Renato Borghi, Vanessa Gerbelli. Drama
Previsão de Estréia: 29/08
O Mistério do Samba:
A cantora Marisa Monte conduz uma série de entrevistas que formam um painel do cotidiano e as histórias da Velha Guarda da Portela, grupo de veteranos artistas de uma das escolas de samba mais populares do Rio de Janeiro. Atende a públicos alvos. Diretor: Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda Elenco: Depoimentos de: Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Marisa Monte. Documentário
Previsão de Estréia: 29/08
Meu Nome é Dindi:
Dindi é proprietária de uma quitanda á beira da falência num bairro pobre e suburbano no Rio de Janeiro. Sua vida muda completamente quando ela começa a ser perseguida por um homem desconhecido. Não tenho a menor idéia de que caminho esta trama vai seguir, pode ser uma surpresa total ou, mais fácil, cair no esquecimento. Diretor: Bruno Safadi Elenco: Djin Sganzerla, Gustavo Falcão, Carlo Mossy, Nildo Parente, Maria Gladys. Drama
Previsão de Estréia: 05/09
Linha de Passe:
O filme conta a história de quatro irmãos da periferia de São Paulo que, com a ausência do pai, precisam lutar por seus sonhos. Um deles, Dario (Vinícius de Oliveira), vê em seu talento como jogador de futebol a esperança de uma vida melhor. Chega cheio de elogios e prêmios, como o de Cannes, marca o retorno de Walter Salles à filmografia nacional após o decepcionante Água Negra e ao episódio de Paris, Te Amo. Diretor: Walter Salles, Daniela Thomas Elenco: Vinícius de Oliveira, Ana Carolina Dias, José Geraldo Rodrigues, Kaique Jesus Santos, João Baldasserini. Drama
Previsão de Estréia: 05/09
Ainda Orogotangos:
Durante 14 horas, quinze personagens transitam pelas ruas e prédios de Porto Alegre (RS). Japoneses vão ao limite no metrô; duas garotas se beijam em um ônibus enquanto discutem futebol e o saco do Papai Noel; o porteiro de um grande condomínio só pensa na cerveja no fim do expediente; uma mulher nua foge de pombas dentro de seu apartamento; entre outras situações inusitadas. Um dos mais promissores desta safra, trama mosaico, com diversos personagens e situações se cruzando, lembrando recentes sucessos internacionais comom Crash e Babel, ainda se passando em Porto Alegre, por mais que seja bairrismo meu, é sempre curioso ver uma cidade que você conhece na telona. Diretor: Gustavo Spolidoro Elenco: Karina Kazuê, Lindon Shimizu, Artur José Pinto, Kayodê Silva, Janaína Kremer, Renata de Lélis, Nilsson Asp, Arlete Cunha, Letícia Bertagna. Comédia
Previsão de Estréia: 05/09
Orquestra dos Meninos:
Janeiro de 1995. Um integrante de 13 anos da Orquestra Sinfônica do Agreste da pequena cidade de São Caetano (Pernambuco) é sequestrado. O principal suspeito é o criador da orquestra, o maestro Mozart Vieira (Murilo Rosa), o que coloca o trabalho do músico em risco. Não sei, pode ser promissor, mas a trama pode cair facilmente na pieguice e blábláblá social. Diretor: Paulo Thiago Elenco: Murilo Rosa, Priscila Fantim, Othon Bastos, Lais Corrêa, Gustavo Gasparani. Drama
Previsão de Estréia: 05/09
Ensaios Sobre a Cegueira: (co-produção)
Adaptação do premiado livro escrito por José Saramago, mostra uma inexplicável epidemia de cegueira branca que se alastra rapidamente. Todos os cegos são enviados para um hospital psiquiátrico abandonado, onde ficam isolados do mundo. Eu sei que o filme é estrangeiro, no entanto, com Fernando Meirelles na direção vale o comentário. A trama parece bastante densa e pesada e o elenco fantástico, um dos mais aguardados – entre todos – neste segundo semestre. Diretor: Fernando Meirelles Elenco: Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Danny Glover, Gael García Bernal, Sandra Oh, Jorge Molina, Katherine East, Scott Anderson, Danny Glover. Suspense/Drama
Previsão de Estréia: 12/09
Casa da Mãe Joana:
Três amigos de longa data dividem um amplo e antigo apartamento de classe média. Com personalidades completamente diferentes, eles só concordam no estilo de vida festivo. Mas, quando eles correm o risco de perderem o apartamento caso não paguem hipoteca, pensam em voltar a trabalhar. Ou cometer um golpe. Excelente oportunidade de rever Pedro Cardoso nos cinemas, mesmo que seja fazendo um tipo parecido com seu personagem na série A Grande Família; e Hugo Carvana, como diretor, sabe retratar fielmente os famosos malandros nos cinemas. Diretor: Hugo Carvana Elenco: Pedro Cardoso, José Wilker, Paulo Betti, Claudio Marzo, Miele, Laura Cardoso, Juliana Paes, Malu Mader, Arlete Salles, Beth Goulart. Comédia
Previsão de Estréia: 19/09
Última Parada 174:
Versão ficcional da vida do ex-menor de rua, assaltante e sobrevivente da Chacina da Candelária, que cometeu o seqüestro do ônibus da linha 174, em junho de 2000, no Rio de Janeiro. Não sei se havia necessidade de novelizar o excelente documentário de José Padilha sobre este evento trágico, mesmo porque a família Barreto anda devendo um bom filme há anos. Diretor: Bruno Barreto Drama
Previsão de Estréia: 03/10
A Guerra dos Rocha:
A simpática e desastrada velhinha Dina Rocha (Ary Fontoura) tem três filhos adultos – Marcos Vinicius (Diogo Vilela), César (Marcelo Antony) e Marcelo (Lúcio Mauro Filho) que vivem em pé de guerra sobre quem deve ficar com a mãe. Durante uma das muitas batalhas familiares, Dona Dina some e quando os filhos percebem a ausência da mãe, parece que já é tarde demais. O que esperar de uma trama tão farsesca quanto esta? Risos, a princípio, espero que Jorge Fernando tenha melhor sorte do que no inexpressivo Sexo, Amor & Traição, sua estréia na telona. Diretor: Jorge Fernando Elenco: Ary Fontoura, Lúcio Mauro Filho, Taís Araújo, Marcelo Antony, Giulia Gam, Diogo Vilela, Ludmila Dayer, Ailton Graça, Nicete Bruno, Cecília Dassi, Felipe Dylon, Zéu Brito, Angelo Paes Leme. Comédia
Previsão de Estréia: 10/10
A Mulher do Meu Amigo:
Filme conta a história do bem-sucedido homem de negócios Thales (Marcos Palmeira), que está em crise com sua profissão. Casado com a rica, bonita e mimada Renata (Mariana Ximenes), ele trabalha no escritório do poderoso e amoral empresário Augusto (Antônio Fagundes) que, além de chefe, é também seu sogro. Durante uma temporada de férias, desfrutada numa casa de campo com sua esposa e os amigos de longa data Rui (Otávio Müller) e Pamela (Maria Luisa Mendonça), Thales decide que vai parar de trabalhar. A resolução, aparentemente pessoal e intransferível, acaba afetando a vida de todos que o cercam e desencadeando uma série de confusões, como uma improvável troca entre os casais. Não achei a trama muito interessante, mas o diretor Claudio Torres dirigiu um dos filmes mais instigantes dos últimos anos no cinema nacional, Redentor, quem sabe uma surpresa! Diretor: Cláudio Torres Elenco: Mariana Ximenes, Marcos Palmeira, Maria Luisa Mendonça, Otávio Muller, Antonio Fagundes. Comédia
Previsão de Estréia: 17/10
Romance
Ana (Letícia Sabatella) e Afonso (Wagner Moura) são dois jovens atores que se apaixonam durante a montagem teatral de Romance de Tristão e Isolda. Ao mesmo tempo que recriam a história deste casal mítico que está na origem de todos os casais românticos, eles tentam descobrir para si próprios uma nova forma de se relacionar. Será que Guel Arraes volta a acertar a mão depois do incrível sucesso de Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro? Diretor: Guel Arraes Elenco: Wagner Moura, Letícia Sabatella, Andrea Beltrão, José Wilker, Bruno Garcia, Tonico Pereira, Vladimir Brichta, Edmilson Barros, Marco Nanini. Drama
Previsão de Estréia: 21/10
Após uma noite de baderna e bebedeira para comemorar os ganhos em apostas nos cassinos de Las Vegas, Joy e Jack acordam no dia seguinte e descobrem que estão casados. O casal agora faz de tudo para reverter a situação, mas no meio do caminho eles de fato acabam se apaixonando.
Com essa sinopse, você já deve pensar: “Nhé, comédia romântica mimimi eu sou um tanga que não tem gordinha.”
Vá assistir com a mente aberta [Ui] e deixa de ser reclamão, porra!
Eu fui desarmado, só pra rir e passar o tempo, então gostei da bagaça.
A história começa com Joy fazendo uma festa surpresa pro namorado Mason [Que é um bosta, diga-se de passagem], onde ele dá um pé na bunda dela na frente de todo mundo [Que na verdade estava escondido], quando ela esperava uma proposta de casamento. Enquanto isso, na mansão Wayne Jack é demitido pelo próprio pai, já que é um vagabundo que fica vendo jogos de basquete no horário de serviço. [Não é só por isso, mas tudo bem]
A que conclusão os dois chegam, com seus amigos, mas separadamente? GO TO VEGAS, BABY!!!
Lá, no meio de uma confusão no hotel, os dois se conhecem, e resolvem cair na farra juntos, mas bebem tanto, que se casam. No dia seguinte, os dois tão com aquele pensamento: “Eu não fiz isso, vou tentar reverter essa merda.”
Porém, logo depois da discussão, Jack joga num caça-níqueis com uma moeda de Joy, e dá um jackpot, ou seja, 3 mijones de doletas!!!
Enfia esse cheque gigante no cu, eu quero a grana!
Como ninguém quer largar o osso, vão pra um tribunal, onde o juiz, que é um careta fiadamãe, resolve sentenciar os dois a seis meses de casamento forçado.
Até ai, beleza. Mas os dois chegam á seguinte conclusão, praticamente ao mesmo tempo: Se o outro desistir, a bufunfa é toda minha!!!
Agora me fala, você não casaria com qualquer uma?
O resto é o desenrolar da história, onde óbviamente os dois se apaixonam, mas as piadas são foda, não são fraquinhas, mas também não são forçadas… Em algumas cenas, o cinema quase veio abaixo, de tanta risada.
Quer se divertir, dar risada e ainda ver a Cameron Diaz de lingerie? Vai lá que eu recomendo. É clichê? É! Mas e dai?
Jogo de Amor em Las Vegas
What Happens in Vegas… (99 minutos, Comédia) Lançamento: EUA, 2008 Direção: Tom Vaughan Roteiro: Dana Fox Elenco: Cameron Diaz, Ashton Kutcher, Rob Corddry, Lake Bell e Dennis Farina
O filme é baseado no best-seller A Irmã de Ana Bolena, de Philippa Gregory, e conta com um elenco e tanto – tirando, é claro, Eric Bana.
Bom, é basicamente isso: O rei da Inglaterra (Eric Bana) não consegue ter um herdeiro, e é nessas horas que o cara precisa pular a cerca e tentar… ter um herdeiro com uma gordinha qualquer, mas não tão qualquer assim. É quando o tio e o pai de Anne (Natalie Portman) Bolena planejam oferecê-la ao rei, mas o cara se mostra realmente interessado em Mary (Scarlett Johansson) Bolena, irmã de Anne, recém casada. A ambição da família passa por cima do casamento e, Eric Bana, se fosse o Borbs, diria “É tudo nosso =D”.
Obviamente Anne fica revoltada e, após uma viagem (ou após ter sido mandada pra LONGE dali pelos pais), ela volta querendo ter o que era dela (ou o que era prometido para ela). É quando a confusão começa e, as duas irmãs, antes rivais, precisam se unir… enquanto a Inglaterra se divide.
Só faltava serem gordinhas.
Vou ser sincero: um Chow-Chow se sairia melhor do que Eric Bana, mas beleza, agora já foi. O que compensa é a produção FODA da bagaça e o resto do elenco, que é realmente muito bom. Tirando o cara já citado, como dito aqui pela TERCEIRA vez e, bem, as cenas de ansiedade de Scarlett Johansson. Sério, por muitas vezes eu achei que ela iria vomitar no meio do filme.
O enredo é dos melhores, talvez com algumas passagens cansativas e alguns furos (personagens “esquecidos” de vez em quando, por exemplo). Podemos considerar a história como batida, é claro, então os clichês podem ser ignorados quando a qualidade do filme é alta. Bom, a qualidade desse filme é bem alta, mas já a execução…
Olha que cenário DO CARÍI.
Difícil falar sobre um tema batido, mas considero A Outra como um filme “na média” de seu gênero. Se você gosta do gênero, você vai curtir. Agora, me desculpem por ser repetitivo, mas… se fosse outro ator no lugar de Eric Bana, talvez minha opinião mudaria. Não é só por não gostar do cara, mas é pelo fato de que ele é MUITO RUIM, véi. Natalie Portman roubou a cena, óbvio.
A Outra
The Other Boleyn Girl (115 min minutos – Drama / Romance) Lançamento: Inglaterra, 2008 Direção: Justin Chadwick Roteiro: Peter Morgan, baseado em obra de Philippa Gregory Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Kristin Scott Thomas, Eric Bana
Vocês têm o DIREITO de me zoar: Sim, eu assisti a um filme mimimi. Mas olhem pelo lado bom: Desde quando eu venho trazer filme RUIM pra vocês?
Primeiramente, o filme é inspirado em um fato real. Tudo acontece em 1941, em Branagan, Michigan, mas o filme começa já em 1991, em um enterro. Aí começam as lembranças e os jogos de tempo, que são sempre sensacionais. Enfim, Ethel Ann Roberts (Mischa Barton em 41 e Shirley MacLaine em 91) é uma belezinha cobiçada por TODOS da cidade, mas apenas Teddy Gordon conseguiu, de fato, TOCAR (heh) a moça. Tudo é lindo até uns japoneses decidirem atacar Pearl Harbor, e é quando Teddy e seus companheiros Jack Etty (Gregory Smith / Christopher Plummer) e Chuck Harris (David Alpay) são chamados para a guerra. Teddy e Ethel Ann fazem um casamento secreto, com apenas uma aliança, e o cara parte com a velha promessa de amor eterno e algo bizarro: Faz um pacto com Chuck para que ele fique com Ethel Ann caso o pior acontecesse. E, é claro, a aliança vai com ele.
E sim, o pior acontece, dois anos depois. O avião de Teddy bate em uma montanha de Belfast e… o pacto, sem o conhecimento de Ethel Ann, é colocado em prática. E é em 1991 que Chuck morre e a velha Ethel Ann começa a ter uma overdose de nostalgia – afinal, nesse tempo todo ela AINDA pensava em Teddy – que aumenta ainda mais quando um moleque completamente estranho de Belfast encontra a aliança dos dois. Então ela parte para Belfast para decidir o rumo de sua vida, e é quando as coisas começam a ficarem mais… claras.
A cantada foi fraca, deu pra perceber.
Bom, temos aí um romance épico, uma mistura de dois gêneros que não são a minha praia. Mas o enredo, o “jogo de tempos”, o elenco e a Mischa Barton nua chamaram e MUITO a minha atenção. Não quero convencer ninguém do contrário, o filme é realmente “mulherzinha” e conta uma história que você já deve ter visto numa novela da Globo, mas a diferença está BEM na EXECUÇÃO da bagaça.
Citar clichês em um romance épico seria sacanagem, mas apesar do nome, o filme não é tão brega quanto você imagina. Eu pensei que veria algo como Titanic, mas não, o romance é… sóbrio. Melancólico, porém sóbrio. É realmente complicado explicar a sensação, mas a dica é: Chama a sua gordinha pra ver o filme, ela vai gostar. Mas se você é do tipo que ODEIA romances, como eu, passe longe. Mas aí entra a contradição: Eu ASSUMO ter gostado do filme, mas como cinéfilo. Não vi um filme bonitinho, com um final feliz e coisas do tipo. Eu vi uma PUTA fotografia, o jogo de tempos que eu acho do carái, um elenco que fez a lição de casa e MUITO bem – destaque pro novato Martin McCann, que mandou MUITO BEM no papel de adolescente ingênuo e bobão – e um desenrolar de trama que não deixa de ser envolvente MESMO sendo um romance épico.
Quem não fica esperto leva porrada, mesmo.
Um Amor Para Toda a Vida
Closing the Ring (118 minutos – Drama / Romance) Lançamento: Reino Unido / Canadá, 2007 Direção: Richard Attenborough Roteiro: Peter Woodward Elenco: Shirley MacLaine, Christopher Plummer, Mischa Barton, Stephen Amell, Neve Campbell, Pete Postlethwaite, Brenda Fricker, Gregory Smith, Martin McCann
Minha defesa á Ficção Científica já deve estar cansativa, repetitiva até.
Como já disse: nada de espaçonaves ou heróis intergalácticos. Eu falo de gente comum. Como eu. Como você. Somente aí a ficção científica pode funcionar. Somente aí, como alguns diriam, o romance deixa de ser uma previsão desconfigurada do futuro, e torna-se um aditivo á própria realidade. Ao presente. Um presente exagerado, onde nossos defeitos, nossos problemas, e principalmente nossas neuroses tornam-se evidentes.
O real é surreal demais.
O Homem do Castelo Alto é assim. Um soco no seu estômago. Um tapa na sua cara.
O livro, escrito no começo dos anos 60, foge do padrão de Philip K. Dick. Ao contrário da maioria de seus contos e romances, a história passa-se também na década de 60. No presente. Mas em outra realidade.
O Eixo ganhou a Segunda Guerra. O mundo agora é dividido pela influência da Alemanha e do Japão, os novos senhores do planeta. Os próprios Estados Unidos não existem mais como país unificado, tornaram-se três estados separados: ao Oeste a região controlada pelos japoneses; ao Centro (chamado de Rocky Mountain States) uma área indepedente; e ao Leste, em nossa querida Nova York, uma região governada pelos nazistas.
Ah sim, os nazistas. Não se trata de simples fascismo, esse nazismo. Politicamente muito próximo, você aprende a considerar com um simples regime de direita. Mas não é esse o ponto em nosso livrinho. O ponto é a Megalomania, a Loucura da Raça Ariana. Os judeus estão praticamente extintos, os poucos sobreviventes escondem-se com sobrenomes falsos e operações plásticas. A Ífrica foi dizimada, fim dos negros. Os restantes são Escravos nas regiões controladas pelo Terceiro Reich. Já há tecnologia suficiente para ir a Marte, para se viajar de Berlim a São Francisco em Meia Hora. No entanto….não existe televisão. O mundo evoluiu de forma diferente, a Alemanha controla o lobby mundial de plástico e todos os seus derivados. Uma tecnologia megalomaníaca de plástico.
Nos é dado apenas um relance, um pequeno piscar de olhos, dessa nova realidade maluca. Através das pequenas histórias de diversos personagens comuns, entendemos aos poucos o Terror do dia-a-dia num mundo em que o Nazismo é a Regra.
Um judeu designer; o dono de uma loja de antigüidades americanas (linda ironia, os japoneses colecionam antigüidades da cultura americana exatamente da mesma forma como nos sentimos atraídos por espadas samurais em nosso mundo); um importante executivo japonês, chefe de departamento do governo nipônico; um suspeito mercador de borracha da Suécia; uma professora de judô. Todas essas histórias se entrelaçam, conectam-se de forma a criar uma rede de acontecimentos.
E, claro, o ponto alto do romance, a maestria de Philiph K. Dick: The Grasshopper Lies Heavy.
O romance dentro do romance. Um obscuro escritor de ficção científica lança um história, banida nas áreas de influência nazista, sobre uma realidade alternativa, em que os Aliados teriam vencido a Guerra…
Considerado um dos melhores romances de K. Dick, O Homem do Castelo Alto nos oferece uma obscura visão da realidade enquanto torna evidente a catástrofe, única possibilidade de resultado com uma união tão estranha: Uma cultura oriental milenar, influenciada constantemente pelo Taoísmo, Budismo e Xintoísmo…dividindo o mundo de forma “amigável” com o Terceiro Reich, a cultura da Supremacia Branca, a Megalomania, a Pura Maldade SS.
Isso Faz Sentido?
Homem do Castelo Alto, O
Título original: Man In The High Castle, The Ano de Edição: 2007 Autor: Dick, Philip K. Número de Páginas: 304 Editora:Editora Aleph