Por conta de uns pontos que eu tinha por ter estourado feito umas comprinhas no cartão de crédito, resolvi resgatá-los para não perdê-los e deixar o banco de Santo André mais feliz do que já é. Eis que me deparei com três opções: Box com toda temporada de 34 capítulos da Corrida Maluca e trilogias de O Senhor do Anéis e Matrix.
Obviamente que escolhi a primeira opção, e ainda peguei 2 ingressos para o cinema.
Por conta disso, resolvi fazer um top-qualquer-coisa sobre a Hanna-Barbera. Como o universo de animações desse estúdio é gigante, decidi fazer um Top 5 de desenho que vêm à minha cabeça da Hanna-Barbera.
Falando com um amigo essa semana, comentávamos sobre os desenhos misturados com atores reais e, como faz tempo que não aparece um nesses moldes, bom. Aliás, acho que faz tempo que não aparece um filme/desenho (Como eu chamava), desse tipo.
Sei que é um desenho, mas…
Só para constar que não considero Scooby Doo, Garfield e Alvin e os Esquilos filmes do gênero. Apesar dos personagens serem feitos em computador, a ideia ali é simular personagens reais, o que na minha modesta opinião não caracteriza a fusão das duas mídias. continue lendo »
Lembro que ia falar sobre isso dias atrás, mas acabei me deixando levar por outros assuntos e esqueci completamente. Até ver uma matéria a respeito e lembrar com fúria disso: Hollywood quer acabar com nossos clássicos!
O assassinato da moda é em relação ao Speedy Gonzalez, ou Ligeirinho, como ficou conhecido por aqui. A história sobre o rato mais veloz do México iria para a tela grande talvez em formato CG ou animação digital mesmo, como em A Lenda de Beowulf. continue lendo »
Faz tempo que não faço uma lista, aí estava vendo que em alguns desenhos existem personagens insuportáveis, daqueles que praticamente quase estragam o desenho.
Resolvi, sem pesquisar muito, puxar alguns de cabeça e ver quais os personagens mais malas do mundo da animação.
Se ficar bom, faço outra só com personagens chatos dos longas-metragens.
E cá estou eu, em mais uma quarta-feira, para falar sobre o que anda pegando no mundo das animações.
Bem, é daquelas colunas que suei um pouco para pensar em algo diferente, pesquisei no Google, fui à bibliotecas, li enciclopédias, estudei a vida de grande gênios da animação, entre outras coisas mentirosas.
Foi então que reparei que um dos cachorros mais famosos do mundo da animação estava completando 40 anos!
A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.
Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.
Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.
Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera
Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.
O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.
Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.
Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos
Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.
Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.
Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?
Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.
Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.
Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA
A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.
Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.
Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem
Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.
Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.
Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
SIM, eu gostei do filme. Isso não o torna bom o suficiente. NÃO, eu não gostei do que fizeram depois, tipo a nova série que vive reprisando no Cartoon Network (E que inferniza minha vida quando nada tenho a ver na tevê). SD foi uma ótima idéia, só que teve vários deslizes: O irritante cachorro virtual é um deles. O maior talvez.
“Argh!!! Scooby, ou faz alguma coisa ou sai daí detrás!”
Claro que não tira a vantagem para as crianças, o real público de um filme que deveria ser homenagem à gente com 40 anos: Assistir a um quase desenho, com atores reais, que vai diverti-los e fazê-los ter brinquedos para comprar. É nesse sentido que Scooby Doo é melhor. É um produto que vende, é interessante e desrespeita só um pouco a mitologia da história original.
Mais uma cena genérica de “Vamos nos separar!”
O melhor ator do filme é exatamente aquele que aparece pouquíssimo. Rowan Atkinson, o eterno Mr. Bean, faz um papel curioso e excêntrico… Só pra variar. Depois dele está Matthew Lillard, que ganha pontos por passar 50% do filme falando com o nada, vulgo Scooby Doo, e por pegar a apetitosa Isla Fisher, e sua dupla inseparável, o insonso Freddy Prinze Jr., que até ganhou uma série interessante mais tarde. Completam o elenco Sarah Michelle Geller e Linda Cardellini, as outras duas colírios ao lado de Isla e que compensam em seus papéis. Geller pode até aproveitar parte do que aprendeu quando Buffy, já que Daphne aparentemente cansou de ser sempre apanhada e começou a bater também. Bizarro? Veja o filme.
E tem gente que jura que eles só estavam preparando um sanduba vegetariano
A pior parte foi o flashback com o Scooby Loo. Ele já estava bem zoado, aquela cena, que talvez só tenha servido para mostrar o elenco com as roupas originais dos personagens (E Geller num vestido ainda mais apertado), era desnecessária. Poderia ficar no vácuo, apenas uma frase de algum personagem explicando sua indignação. Mas eu sou crítico-telespectador, não roteirista… Ainda bem, Hollywood.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Ok, a maioria dos filmes da parte ruim deste NTop são continuações dos filmes da parte boa. Não me culpem, culpem Hollywood! São eles que autorizam qualquer roteiro que vêem pela frente. SD 2 é a ovelha negra do NTop. Sabe qual o maior defeito de Scooby Doo 2? Ser a continuação de Scooby Doo. Acontece que, por mais idiota que pareça, este filme merecia ser o primeiro, aliás, o único dos dois. É uma homenagem á série original, ao contrário do primogênito.
Vê se essa aí te lembra a nerd gordinha e baixinha…
A trama, mais cartunesca, é bem parecida com um dos desenhos produzidos no final da série original, fazendo sátira de si mesma e ao mesmo tempo tentando renovar o velho sistema: Entram numa fria, apresentam todos os suspeitos, plano que dá errado do Fred, Velma resolve tudo. A novidade fica por parte dos monstros, todos tirados de episódios clássicos, que agora são reais, no mesmo estilo que o primeiro filme, porém, com uma explicação que, se não menos fajuta, ao menos não é tão besta quanto os demônios antigos aprisionados na ilha.
“Er… Sarah? Não estamos no set de Buffy!”
Mais centrados em seus papéis e menos em aparecerem nas cenas solo, os atores conseguem convencer como Fred, Daphne, Velma, Salsicha e, vejam só, Scooby Doo. O papel de chato da vez fica com Seth Green, que interpreta um pretenso namorado da Velma e que não faz muito como personagem, mas que tem importância para a trama. A conclusão do filme, por outro lado, é de lascar, sendo, no máximo, engraçadinha.
Ainda me espanto em terem o mesmo dublador… Shoots!