Imagino que boa parte de vocês, porcos comunistas, não conheçam Flogging Molly. Afinal, uma banda de punk celta de Los Angeles não tem exatamente a atenção da grande mídia. Se bem que, se você tá lendo isso, você não tá exatamente na grande mídia, mas eu não tou aqui pra falar disso. O que importa é que os caras do Flogging Molly vão vir pro Brasil divultar o último álbum deles, Speed of Darkness, de 2011. continue lendo »
Depois aprender o que é ser um rockstar de verdade, ter escolhido seu instrumento musical (Violão, piano ou seja o que for) e sim cada palavra é um texto VAI LER FDP e até mesmo um pouco de história da música, nada mais natural do que aprender como se portar na hora do vâm vê. O que fazer quando subir no palco, o que dizer pros fãs e qual perfume usar pra pegar vadias no pós-show. continue lendo »
Durante essa última passagem do Bob Dylan pelo Brasil, uma das coisas mais interessantes foi acompanhar a cobertura da mídia em volta do músico e dos shows em si. Indecisos entre a imparcialidade e a opinião, a maioria dos veículos optou por transmitir os fatos com uma certa condescendência. Como se, em toda sua superioridade, perdoassem os “erros” de Dylan, em função da história do artista. Ninguém ousa dizer que realmente não gosta de algo, nem se entrega a um verdadeiro elogio. E o mais grave, ninguém parece tentar, ou mesmo querer, entender porque o show do Bob Dylan é do jeito que é. Enfim, depois de presenciar a apresentação de Porto Alegre, é exatamente isso que eu proponho. E sim, eu tou ciente que esse parágrafo também exala uma boa dose de superioridade, não precisam apontar a ironia.
Ah, o que falar do show do Roger Waters? Parece grandioso demais pra colocar em palavras. Mas vamos ver como as coisas chegaram a esse ponto, enquanto eu tento reorganizar tudo na minha cabeça. Uns anos atrás, quando foi anunciado que o Waters começaria uma nova turnê do The Wall, reeditando os lendários shows que o Pink Floyd fazia há 30, 40 anos, eu costumava dizer: Pô, como seria foda se ele viesse pra cá, né?. Mas na época, essa era uma possibilidade tão longínqua que essas reflexões se perdiam em distantes devaneios. Tanto que eu só acreditei que realmente presenciaria tudo isso no fatídico 25 de março de 2012, na fila pra entrar no estádio. E benditos sejam os atrasos na reforma do Beira Rio, que fizeram com que eu e 999 felizardos, que poderiam ter a vista das cadeiras prejudicada pelas estruturas da construção, pudessem ser relocados pra pista prime sem custo adicional. Momentos depois desse milagre, eu dou uns passos pra frente e acho a espantosa quantia de 5 reais caída no chão. Era o universo dando sinais de que seria um dia iluminado.
Não, eu não sei tirar foto. MAS VÉI OLHA ESSA DISTÂNCIA VÉI
Então, há uns tempos atrás eu acabei indo num show do Seu Jorge, só porque era de graça ele tinha atuado nuns filmes bacanas. Experiencia irrelevante, a principio. Mas dias depois, eu me peguei refletindo sobre a apresentação (Não ter o que fazer é isso aí) e notei que ele conseguiu fazer praticamente tudo o que não se deve fazer em um bom show. Percebendo isso, é minha obrigação como cidadão listar aqui todos esses erros que você, futuro astro do rock, não deve cometer ao se apresentar ao vivo. Utilizando a performance do Seu Jorge como exemplo prático. Tipo o que o Maquiavel fez com a política italiana do século XVI n’O Príncipe, só pra citar um exemplo a altura.
Você, leitor regular do bacon [É, você mesmo. O único], deve se lembrar do texto burocrático sobre o Kyuss que o Chinaski fez. Já vocês, paraquedistas, não tão nem ae, mas eu botei o link porque sempre tem um ou dois curiosos que vão querer saber que merda foi essa. continue lendo »
O Pearl Jam é uma banda curiosa. Teve uma trajetória inusitadamente tranquila pra uma banda que saiu de Seattle no início dos anos 90 e vem tentando desesperadamente não fazer sucesso desde o lançamento do Ten, com discos cada vez mais intimistas e diferentes entre si. Ao mesmo tempo, é uma das poucas bandas remanescentes do último grande movimento do rock e conseguiu pegar o melhor que o grunge tinha a oferecer pra criar um estilo único, que continua evoluindo em 20 anos de carreira. E faz anos e anos que eu ouço e nunca lembro de mencionar quando me perguntam as minhas bandas favoritas. Coisa que provavelmente não se repetirá depois dessa última passagem dos caras pelo Brasil. Sim, depois de passar os últimos anos lamentando por ter perdido o show de 2005, no fatídico dia 11/11/11, eu finalmente pude comprovar de uma vez por todas. O Pearl Jam é, indiscutivelmente, a maior banda em atividade do mundo.
A exatamente uma semana atrás eu ia a um grande concerto do bom e velho rock ‘n’ roll, e minha cabeça ainda não havia esquecido completamente o show do Red Hot Chili Peppers. Para mim, nada tiraria o posto de melhor show que eu vi da banda californiana, mas os vovôs ingleses do Deep Purple me fizeram mudar de opinião.
Como prometido na semana passada, lá fui eu pro Abril Pro Rock fazer a cobertura do festival. Cinco mil babacas virgens headbangers de todas as partes da região Nordeste prestigiaram a primeira noite. O festival trouxe um line-up que agradou as expectativas do público camisa preta. As bandas gringas Misfits e D.R.I. (Dirty Rotten Imbeciles), finalmente em solo pernambucano, detonando. Com o palco dividido ao meio, os shows não deram um minuto de trégua para os rockeiros. A primeira banda, Cangaço, abriu o festival. Como sugere o nome, os pernambucanos misturam metal com ritmos regionais do Sertão. Em seguida, a banda cearense de grindcore Facada esfaqueou quem estava com tédio, pois o pessoal até então estava meio paradão. A roda de pogo começava a mostrar que o pessoal não estava de brincadeira e que a noite seria longa…