Cadê os grandes personagens?

Livros segunda-feira, 18 de julho de 2011 – 11 comentários

Qualquer um que entenda um pouco de literatura sabe que ela está cheia de personagens incrivelmente fodas, que marcam gerações e os infelizes movimentos literários, mas nos últimos anos, o que mais tem aparecido são histórias com fórmulas prontas, feitas para ganhar dinheiro e nada de personagens fodões, cheios de carisma e o caralho a quatro. Porra, é tão difícil assim criar uma mulher que não esteja lá para ficar nua na adaptação pro cinema?

 Milagre que não passou disso…

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O Hobbit (J.R.R Tolkien)

Livros segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 – 8 comentários

Falar de literatura e não citar J.R.R Tolkien chega a ser blasfêmia. Para alguns é impossível separar as duas coisas, já que além de ter escrito um dos maiores sucessos literários de todos os tempos, Tolkien acabou inspirando vários outros escritores, como Stephen King, Christopher Paolini e até C.S.Lewis.

 O mestre.

Aqui no baconfrito, já li todas as análises feitas dos livros dele, mas ainda falta analisar a história que mostra como toda a saga do anel começou: O Hobbit. continue lendo »

Christine (Stephen King)

Livros quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 – 4 comentários

Carros. Porra, eu gosto de carros, preferencialmente os antigos. Uma vez inclusive eu falei aqui em um texto sobre o Opala 85 que foi parte da minha infância. Por esse meu gosto por automóveis e coisas antigas, minha namorada, depois de ler Christine, do Stephen King, só me disse “Cara, cê vai gostar desse livro”.

Dito e feito.

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Clássicos do Horror – Possessões Demoníacas

Clássico é Clássico segunda-feira, 03 de maio de 2010 – 11 comentários

Quando comecei a escrever essas colunas temáticas, nunca imaginei que encontraria tanta divergência, quanto a qualidade, de acordo com os gêneros. Se comecei com o pé esquerdo falando sobre Múmias, hoje eu definitivamente estou pisando com o pé direito. Mas deixemos de enrolação e vamos ver o que o cinema nos traz sobre possessões demoníacas. continue lendo »

A agonia de uma longa espera

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 27 de abril de 2009 – 2 comentários

Gostar de livros escritos por certo autor é algo que todo fã de literatura tem.
Normalmente, os escolhidos são aqueles mais conhecidos, o que não significa que ele seja ruim, já que estamos falando de Stephen King, Luis Fernando Veríssimo, Stephanie Meyer e, por que não? Dan Brown também.
Mas o principal problema de gostar de um autor vivo é que você nunca saberá o que pode ainda vir por ele. Então, quando se ouve um boato sobre ele estar escrevendo algo, nasce dentro de um leitor aquela sensação de ganância, vontade de ler aquele volume que ainda está sendo escrito, a sede por qualquer informação sobre ele, qualquer sinal de que ele está prestes a ser publicado, TUDO é uma boa noticia.
E quando se descobre que o livro já foi mandado para o editor e a data de lançamento é dada? Nossa, eu comparo isso a praticamente um presente de natal gigante, aqueles que são vistos debaixo da árvore e que não podem ser tocados até a hora certa. Se você tem esse costume, deve saber como isso é algo que cria grande expectativa. continue lendo »

A face daquele que escreve

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 24 de novembro de 2008 – 2 comentários

Estava andando por um shopping aqui em Curitiba quando me deparo com uma barraquinha de mágicas bem no meio do lugar. Curioso como sou, parei para dar uma olhada naquelas coisas que eu nunca conseguiria fazer. Um dos balconistas/atendentes/seja lá o que for estava fazendo uma mágica simples, que consistia em fazer uma bolinha sumir de suas mãos ao passar a outra mão por cima. Vi umas 5 ou 6 vezes, tentando entender como que era feito, mas nada de conseguir entender. Já desistindo de olhar aquilo, vou embora e pego a escada rolante que seguia por trás da barraquinha, onde vejo o real segredo, o momento em que o truque é feito, onde realmente a mágica acontece.
E por que contei isso que, à primeira vista, parece não ter nenhum sentido? A sensação de ter descoberto o que acontecia de verdade, a verdadeira mágica, o que estava sendo escondido me fez lembrar de algumas coisas relacionadas à literatura. Se bem que tudo me faz lembrar de algum livro, mas isso é outra coisa.
A coisa que mais ficou na minha cabeça foi aquele momento em que você realmente conhece a cara de seu autor preferido. Muito tempo antes de autores terem suas fotos colocadas nas orelhas dos livros, aliás, muito tempo antes de existirem orelhas em livros, ver a face de quem escrevia seus livros preferidos era algo muito difícil. Sem internet, com acesso a quase nada que pudesse ajudar na pesquisa, isso normalmente ficava só na imaginação dos leitores. Mas estou falando como um velho, que coisa.
Hoje em dia, saber quem escreve aqueles livros que você paga um pau está só ao alcance de uma busca no google. Ainda me lembro muito tempo atrás, quando tinha lido alguns livros de Stephen King e fiquei a imaginar como poderia ser o autor. A imagem que eu havia criado na cabeça era algo como um cara estranho, com olheiras, corcunda cabelo comprido e uma cara que seria impossível de se marcar por muito tempo. Pois é, quando realmente vi a foto dele, fiquei triste e feliz ao mesmo tempo de saber que uma pessoa como eu imaginava não existia.

“As pessoas ficam desapontadas com minha aparência. Dizem:’Você não é um monstro'”.

E tenho que concordar com essa frase.
Outro que me impressionou muito, pelo fato de que ele consegue ser a verdadeira imagem de seus personagens, foi o autor de On the road, Jack Kerouac:

“Se a moderação é um defeito, a indiferença é um crime”

Podem dizer que os escritos dele são realmente inspirados no que acontecia com ele e tudo o mais, mas nem ligo, isso só faz aumentar ainda mais a imagem que tenho dele e de seus personagens.
Mas é claro, não são só autores que me fazem ficar imaginando como eles seriam. Já na época das orelhas dos livros, comprei o livro 100 Escovadas antes de ir para a cama, que tinha numa de suas abas laterais a foto da autora, coisa essa que eu achei muito foda, ainda mais quando terminei de ler o livro, que alguns acham um lixo e outros algo bom, mas o que não é assim?
A foto em questão era a seguinte:

Acho que foi por aí que comecei a realmente ter uma tara por italianas, mas novamente isso é outra coisa. Bom, não há nada mais que eu possa falar sobre ela, até porque nem precisa. Em todo caso, vou deixar mais uma imagem dela só pra… sei lá, não precisa de motivo.

Existem muitos outros autores que me fizeram ficar pensando em como eles seriam, mas a galeria é muito grande, vou deixar só esses três aí pra dar exemplo. Não precisa de mais do que isso, não é?

Desespero (Stephen King)

Livros sexta-feira, 13 de junho de 2008 – 10 comentários

Stephen King.
Só esse nome já lhe causa arrepios e faz suas bolas ficarem do tamanho de ervilhas. Autor consagrado como o McDonalds da literatura (é lixo puro sem nenhum conteúdo saudável, porém delicioso e irresistível) e autor de clássicos do terror, como O Iluminado, Carrie – A Estranha, Christine, Cujo e Cemitério Maldito, cujas adaptações para o cinema preenchiam minhas tardes pré-adolescentes ao assistir o Cine Trash da Band.
Ele não é genial, ele não é subjetivo, ele não é lírico, ele não é um artista das palavras, mas vai saber narrar gostoso assim lá na PQP. Eu sou uma leitora cujos olhos brilham para clássicos como Madame Bovary, O Vermelho e o Negro e A Divina Comédia, mas eu seria hipócrita se não admitisse que devoro todos os livros do King que caem em minhas mãos.
Como eu disse, você NUNCA vai encontrar um escritor com uma habilidade narrativa tão afiada como a dele. Não é reflexivo, nem crítico e muito menos bonito, mas acredite: você vai curtir. Eu não poderia escolher outro autor para resenhar nessa sexta-feira 13.

Tendo confessado meu affair com Mr. King, posso começar a falar sobre Desespero sem parecer uma admiradora sem cérebro. Aliás, antes de começar a resenhar o livro em si, quero dizer que existe uma adaptação cinematográfica desta obra. Quer uma dica? Não assista. Os livros do Stephen King são uma uva se lidos e uma merda se assistidos. As excessões disso são á Espera de Um Milagre; que não é uma estória de horror, apesar de um forte elemento sobrenatural na trama e 1408, adaptação muito bem feita de um conto. Cemitério Maldito e Carrie (os filmes) eu adoro de paixão mas não são bons, eu é que sou trash.
Enfim, vamos ao Desespero:

Xerife:Você tem o direito de permanecer calado. Qualquer coisa que você disser poderá ser usada contra você no tribunal. Você tem o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Eu vou matar vocês. Se você não puder pagar um advogado, um defensor lhe será indicado. Você compreende seus direitos?

(Foi nessa parte do livro, bem no comecinho da narrativa, que os cabelinhos do meu braço se arrepiaram pela primeira vez. Eu também não entendi, só sei que gostei demais da sutil mensagem camuflada na Lei Miranda).

Desespero é uma pequena e abandonada cidade em Nevada, para onde um grupo de pessoas aleatórias – um escritor de meia-idade rebelde, uma família de pai, mãe e dois filhos pequenos, um casal moderninho de Nova Iorque etc. – são levadas após serem paradas na estrada pelo xerife Collie Entragian. Existem uns três personagens fortemente carismáticos nesse livro, o que acaba se tornando um dos grandes trunfos da obra. Dá até dó de saber que eles possivelmente morrerão (eu disse possivelmente). Maldito King sádico e sem coração!
Os viajantes logo percebem o comportamento bizarro e esquisito do xerife. O detalhe sórdido é que a cidade está literalmente abandonada porque o xerife Entragian… ah, não, não dá. Não vou contar a trama para vocês, vai estragar grande parte do prazer de acompanhar a narrativa. Só sei que tudo converge para uma apocalíptica batalha entre o bem e o mal, que falando assim parece tosca e nonsense, mas vale muito á pena você ver como as coisas caminham para esse rumo.

Essa é uma obra que contém imagens perturbadoras, do tipo que chegaram a invadir meus sonhos. Acredite se quiser: enquanto eu lia esse livro, tive dois pesadelos pavorosos envolvendo um ou mais elementos da trama. A minha sorte é que eu gosto de pesadelos e ok, admito que sou uma pessoa facilmente impressionável.
Stephen King é perito em descrever cenas, sentimentos, sensações e reações, geralmente ignorando a minha avidez pelos próximos movimentos das personagens, causando assim sensações fortes no leitor (inclusive fazendo meu braço arrepiar mais de uma vez). O livro peca, como toda obra de King, por parecer meio estúpido se descontextualizado e analisado á luz da lógica. Mas eu te garanto longas horas de prazer com Desespero. Uau, que frase sádica mais sexy…
Enfim, recomendo que você se arme com seus colhões e vá ler esse livro AGORA.

Desespero

Desperation
Ano de Edição: 1996
Autor: Stephen King
Número de Páginas: 540
Editora: Objetiva

O Nevoeiro (The Mist)

Cinema sexta-feira, 13 de junho de 2008 – 5 comentários

Nota do editor: Taí um filme que só sai em Agosto, ainda não sei bem ao certo se sai em DVD ou vai para as telonas. Enfim, feliz sexta-feira 13, frangos. – théo

Tá combinado então! A partir de agora qualquer adaptação da obra de Stephen King terá que passar pelas mãos do cineasta – também roteirista – Frank Darabont. Depois de levar ás telas, obras ditas mais “dramáticas” (Um Sonho de Liberdade e Á Espera de um Milagre) do escritor, Darabont adapta um livro de “monstro” de King, The Mist, conto do livro Tripulação de Esqueletos.

Normalmente as adaptações dos livros de terror de Stephen King pecam (sendo generoso), no entanto, quando se explora o suspense psicológico de seus personagens e tramas temos filmes como Carrie, a Estranha e O Iluminado.

O Nevoeiro (não confundam com A Névoa, recente suspense, fraquinho, com o Superman da série televisiva) recria o suspense de confinamento. Diferentes pessoas de uma pequena cidade ficam isoladas num supermercado devido á chegada de um estranho nevoeiro e com ele tudo que é tipo de criatura (que, obviamente, matam as pessoas), estranha e bizarra que a mente de King permite.

A diferença do texto de Darabont para os demais filmes de monstros de King é a abordagem da dinâmica do grupo presos no mercado. Em meio as incontáveis mortes que, não fogem do óbvio e foram colocadas em ciclos na trama, surge um discurso ambíguo sobre fé e crença (personificada na figura beata e assustadoramente manipuladora de Márcia Gay Hardem), que se mostra mais perigoso do que os monstros do nevoeiro.

Uma pena que neste momento O Nevoeiro se entrega a um moralismo antiquado, perdendo o impacto do angustiante e triste final.

O Nevoeiro

The Mist (126 minutos – Suspense)
Lançamento: Eua, 2007
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont
Elenco: Thomas Jane, Marcia Gay Hardem, Toby Jones, Laurie Holden, William Sandler

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