Confesso que quando fiquei sabendo de Evil Dead Rise, eu não fiquei muito empolgado. E isso porque tinha uma falsa impressão de que o reboot de 2013 se levava a sério demais e a chatice no meu coração gritava que Evil Dead sem Bruce Campbell era golpe. Mas felizmente eu estava errado.
21 Rooms te coloca no meio dum daqueles filmes de terror com uma premissa muito tosca: A ideia de que alguém topa participar de um jogo no qual o perdedor morre. Aliás, como exatamente alguém descobre esse tipo de coisa? Não dá pra anunciar nos classificados. continue lendo »
Já faz um tempo, mas dessas coisas a gente não esquece. Quando a roleta da Netflix bateu em Boneco do Mal (The Boy), longa de 2016, dirigido por William Brent Bell, ecoou pela sala um longo “putz”. Aquele “putz”, acompanhado de facepalm, mas já estávamos cansados de procurar um filme por nossa conta. E, como esse já ficava desfilando no cardápio implorando para ser assistido, por que não? Apesar do nome lixoso, a sinopse até era interessante, sobre uma jovem que foge do seu passado e é contratada para trabalhar em um casarão como a babá de um… Boneco. Eu não consigo pensar em trabalho mais fácil, assumindo, é claro, que gente muito rica é excêntrica e tem muito dinheiro e pouco com o que gastar. Inclusive aceito ofertas. Adoro bonecos. continue lendo »
E não é que, cinematograficamente, o fim de semana foi produtivo? Ficar de molho, com febre alta, tem suas vantagens quando você está atrasada em seus compromissos com a Netflix e o universo cinematográfico em geral. Entre uma dose de Tylenol Sinus e outra de Keflex, conferi Sangre de mi Sangre, A Chegada e Para Elisa. Spoiler: A proporção entre minha melhora e a qualidade dos filmes é inversamente proporcional. Vamos às considerações. continue lendo »
Chegou o momento. Meus dedos estão na linha de chegada dos trinta anos, eu quase posso sentir o cheiro da idade me alcançando. Se ano passado eu achei que ia entrar para o Clube dos 27 e ficar pra valer, agora que (Até então) sobrevivi, estou planejando coisas maravilhosas para essa semana. Dentre elas, uma maratona de filmes com as amigas de infância, afinal, por que não? Era o que mais gostávamos de fazer quando passávamos todos os fins de semana juntas. E se vimos muita, muita bosta, também desenvolvemos uma paixão incondicional por cinema, literatura (A gente gostava de bater papo com a bibliotecária do colégio, que a cada dia proporcionava um microinfarto diferente com seus mood swings) e até problematizações. Imaginem três gurias esquisitas discutindo aborto, eutanásia, casamento gay e religião com o inspetor evangélico, o seu João, todo recreio. The old saying happens to be true: Girls just wanna have fun.
Maratoninha de Halloween é um clássico desde meus sete anos de idade, quando alugava os slashers mais underground do rolê e assistia com minha melhor amiga, enquanto traçávamos estratégias para comer todos os doces da casa (E os salgados) sem meus pais perceberem. Eu era feliz e não sabia, eram tempos mais simples. Pouco sobrou daquele tempo, mas o essencial: A amiga e a paixão pelo horror, que só cresceu. Então a semana do 31 de outubro sempre tem um gostinho especial. É quando os clássicos esquecidos ressuscitam, listas com 40 must see pipocam nos sites e novos longas são lançados. continue lendo »
No primeiro Pânico, de 1996, Ghostface pergunta às suas vítimas: Qual é o seu filme de terror favorito?. Wes Craven começava uma nova era do gênero, uma espécie de metafilme. Não exatamente uma paródia, porque envolvia toda uma trama pensada para não ser óbvia, mas brincava com a invencibilidade dos assassinos e a estupidez dos jovens, marca principal do subgênero que mais ascendeu na década de 1980, os slasher movies. A franquia de Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, lançada no ano seguinte, seguiu a mesma linha. A sequência do original tem uma cena inesquecível. O vilão bola um concurso de rádio e tudo o que a protagonista precisa responder é o nome da capital do Brasil. “Rio de Janeiro!”, exclama animada. E ganha as passagens pra passar uns dias morrendo nas Bahamas com seus amigos. continue lendo »
Hello, party people! Hoje eu vou falar de dois filmes que são bem diferentes e, ainda assim, muito parecidos. Tanto o ritmo, quanto fotografia e atuações me fizeram linkarCoerência e O Convite. A convergência é tão grande que ambos se desenrolam no mesmo contexto: Uma inocente reunião de amigos que desanda espetacularmente.
Eu tentei resenhar cada um separadamente, mas o bloqueio criativo foi tão intenso que parecia mais com um parto de uma gravidez psicológica. De alguma forma, é como se os dois se complementassem, apesar de compartilharem mais diferenças do que semelhanças. Vamos parar com o gerador de lero-lero e cair nas dicas. continue lendo »
Depois que minha resenha sobre Invocação do Mal 2 caiu na boca do povo da minha timeline, deflagrou-se entre meus contatos uma discussão no Facebook sobre a qualidade dos filmes, expectativa vs. realidade, o que o gênero perdeu nas últimas décadas e como eu sou uma pessoa rígida, só porque achei (E repito!) uma bela bosta. Em algum momento, em meio à uma troca bacana de sugestões cinematográficas, caí no canal de David Sandberg e Lotta Losten, casal famoso por produzir curtas caseiros de terror. E eu achei sensacional, porque o horror reside nas pequenas coisas. Você não precisa de uma história grande para provocar medo, apenas uma grande história. E uma dose de esmero na produção.
Esse é mais um Primeira Fila, diretamente do Rio de Janeiro pra você. Eu sou Nelly Kruczan e hoje vou te dar dicas de curtas de terror marotos que humilham esses longas que a gente vê por ai. Pega o cobertor, coloca até o topo da cabeça e não esqueça do dedão do pé pra fora. Nunca se sabe. continue lendo »