Radiohead – The King of the Limbs
Parece que a vinda do Radiohead ao Brasil rendeu frutos e mexeu profundamente com seus integrantes. Temo que essas mudanças serão irreversíveis. The King of Limbs, à primeira audição, me pareceu uma tentativa de seguir a lógica de In Rainbows, mas sem conseguir. São oito canções completamente dentro daquilo a que hoje se pode considerar o gênero Radiohead. São, aparentemente, batidas eletrônicas fuleiras disfarçadas de loops e os vocais de Thom Yorke balbuciando qualquer coisa. Depois de ouvir o disco pela primeira vez, e colocar outro pra tocar, instantaneamente desapareceram da minha memória as poucas melodias que tentei me lembrar. Triste.
Depois de todas as experiências e aventuras por território desconhecido, Thom Yorke e companhia parecem ter encontrado o terreno onde se sentem mais confortáveis, deixando de lado tudo que fez deles a banda mais arrojada e inventiva das últimas duas décadas para fazerem um álbum bom, e só desapontam aqueles que estão sempre à espera que eles se reinventem a cada passo que dão. Ou seja, todo mundo.