Destaques da semana em DVD – 14 á 25/07

Cinema quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 2 comentários

Sangue Negro: Um dos mais aclamados filmes do ano, inclusive do Oscar, chega agora em dvd; para mim inédito, pois não estreou nos cinemas da minha “rica” cidade. Na trama, passada na virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia, Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Daniel decide partir para o local com seu filho, H.W. (Dillon Freasier). O nome da cidade é Little Boston, sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático pastor Eli Sunday (Paul Dano). Daniel e H.W. se arriscam e logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza mas também uma série de conflitos.

SICKO – S.O.S. Saúde: Mais recente produção do premiado e polêmico diretor Michael Moore (de Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de Setembro), este filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Mais uma vez, Moore pega algum ponto fraco do governo norte-americano e expõe ao público. Desta vez, ele trata de mostrar as fraquezas do sistema de saúde dos Estados Unidos. Para isso, ele conta a história de vários cidadãos comuns que tiveram as vidas desperdiçadas por causa de um sistema que está cheio de falhas, considerando-se que se passa no país mais rico do mundo.

Traídos pelo Destino: Na trama, Ethan (Joaquin Phoenix) e Grace Learner (Jennifer Connelly) estão voltando para casa com seus filhos, Josh (Sean Curley) e Emma (Elle Fanning). Antes de entrar no carro, Josh pegou alguns vaga-lumes e os prendeu em um pote. Já durante a viagem de retorno ele pergunta á mãe se pode ficar com eles, com ela respondendo que seria melhor soltá-los pois caso contrário morreriam. A família faz uma parada durante a viagem, onde Josh aproveita para saltar do carro para soltar os vaga-lumes. Simultaneamente Dwight Arno (Mark Ruffalo), um advogado divorciado, está voltando para casa com seu filho, Lucas (Eddie Alderson), após assistirem ao vivo uma partida do Red Sox. Dwight perde a direção do carro por um instante e atropela Josh, sem parar para socorrê-lo. Ethan vê o carro e seu condutor em um relance, mas corre para socorrer o filho. O garoto morre, o que faz com que Ethan desenvolva uma obsessão em encontrar e punir o culpado. Como a polícia não consegue encontrá-lo Ethan decide procurar uma empresa de advogados, sendo encaminhado para ser auxiliado por Dwight. Confira a crítica.

Um Jogo de Vida ou Morte: Adaptação de um filme de 1972 chamado Jogo Mortal, esta produção trás os atores ingleses Michael Caine (de Batman Begins) e Jude Law (de Closer – Perto Demais) em uma trama de suspense bem construída e surpreendente. Os dois estão trancados em uma mansão equipada com tecnologia de ponta, onde se enfrentam de forma inteligente, como se fosse um jogo de xadrez, para discutir o problema da esposa de um deles, já que ela se tornou amante do outro. Porém, o jogo em qual se metem vai se tornando cada vez mais perigoso e impiedoso, e a única saída talvez seja o assassinato.

Sem Vestígios: Policial que nada inova ou mesmo acrescenta ao gênero (que mostra sinais de cansaço), previsível ao extremo, ficou inédito nos cinemas. Na trama, uma divisão do FBI atua investigando e condenando crimes praticados através da Internet. Esta produção mostra a ação de uma dupla de agentes que atuam exatamente nessa área. Agora, eles devem enfrentar um grande desafio já que um cruel assassino está exibindo o sofrimento de suas vitimas em um site. Quanto mais visitas a página recebe, mais rápido as vítimas morrem. Porém, esta caçada se torna algo pessoal e os agentes precisam correr contra o tempo para salvar mais uma vida e prender, de uma vez por todas, este cruel assassino.

Paranoid Park: Elogiado filme do sempre experimental, ou quase sempre, Gus Van Sant, teve bastante repercussão no circuito cinematográfico mais alternativo. Na trama, Alex (Gabe Nevins) é um jovem de 16 anos que namora Jennifer (Taylor Momsen) e tem Jared (Jake Miller) como seu melhor amigo. Um dia ele e Jared vão a Paranoid Park, o paraíso dos skatistas. Eles combinam de voltar ao local no sábado á noite mas, de última hora, Jared precisa viajar. Alex decide ir ao local sozinho e lá conhece outros skatistas. Ele aceita o convite de um deles para subir em um trem de carga, sem imaginar o problema que teria.

Jumper: Mesmo sendo somente uma diversão nada conseguiu ser tão vazio e absurdo quanto a trama deste filme, e pensar que pode ser um início de cinessérie: Conta a história de um jovem que tem o poder de se teletransportar para onde bem entender. Só que logo ele descobre que existem outros como ele, o que acaba fazendo com que se veja no meio de uma guerra entre pessoas com a mesma habilidade que ele jamais pensou que existisse. Assim, ele passa a ser caçado por um grupo que pretende eliminar os jumpers. Agora, seu estranho dom pode ser, ao mesmo tempo em que o condena, a sua única chance de sobrevivência. Confira a crítica.

Unidos pelo Sangue: Passou rapidamente pelos cinemas esta produção canadense com elenco multiracial sobre a AIDS. Na trama, três continentes, três histórias, uma experiência inesquecível. Na China, Jin Ping (Lucy Liu) monta um serviço de coleta de sangue móvel e, inadvertidamente, começa uma epidemia que ela deverá conter. Na Ífrica do Sul, Clara (Chlöe Sevigny), uma noviça, inicia uma ajuda ás crianças tendo contra ela as superstições locais e da própria igreja. No Canadá, Denny (Shaw Ashmore), um ator pornô, envolve-se em uma série de eventos que mudará para sempre sua própria vida, assim como a de sua mãe.

Polaróides Urbanas: O ano de 2008 tem sido cruel para o cinema nacional. Com exceção de Meu Nome não é Johnny, os demais têm passado em branco junto ao público. Estréia na direção em longas-metragens de Miguel Falabella, é baseada em uma famosa peça de teatro chamada Como Encher um Biquíni Selvagem. Aqui ele faz uma comédia que tem apelo para agradar o gosto popular, e não difere muito da dinâmica apresentada em especiais para a televisão. Conta a história de cinco mulheres que convivem e tentam resolver seus problemas do dia a dia no Rio de Janeiro. São elas uma jovem em conflito com a mãe, uma terapeuta que não consegue resolver suas próprias questões, uma dona de casa de classe média que perdeu a capacidade de sonhar, uma atriz consagrada que está em decadência e uma mulher que foi escolhida como mãe da filha de sua patroa.

O Olho do Mal: Nova bobagem de Jessica Alba (em inferno astral?) e, pior, ainda é uma refilmagem de um bom suspense chinês, The Eye – A Herança. Na trama, igualzinha, uma mulher é cega desde uma tragédia que ocorreu em sua infância. Ela se submete a um transplante de córnea e recupera a visão. Aos poucos, porém, descobre que está tendo estranhas visões. Sem saber direito se é uma fase de adaptação ou sua imaginação, a garota percebe que estas visões se tornam cada vez mais reais e assustadoras, e passa a desconfiar que, na verdade, trata-se de algo bem mais grave do que pensava. Assim, talvez o doador dos olhos tenha aberto uma espécie de porta para um mundo sobrenatural de onde ela terá que desvendar e escapar.

Paixão Proibida: Passou rapidamente nos cinemas este drama/romance com cara de filme á moda antiga (lembrando o recente Memórias de uma Gueixa). Na trama, Herve Jancour (Michael Pitt, de Os Sonhadores) achava que seria feliz para sempre ao lado da amada Helene (Keira Knightley, de Piratas do Caribe), mas estava enganado: A próspera indústria da sede européia é atingida por uma praga e ele terá que fazer uma perigosa viagem para negociar a mercadoria em uma ilha misteriosa e lendária. Sua jornada o levará ao temido barão local e também á sua concubina, garota misteriosa e dona de uma beleza impressionante. Ela não tem nome. Eles não falam a mesma língua. Mas algo acontece entre os dois que vai mudar a vida de Herve.

Um Plano Brilhante: Suspense de assalto com a sumida Demi Moore e incansável Michael Caine nos papéis centrais. Ela é a executiva dedicada da maior empresa de diamantes de Londres na década de 1960. Ele é um zelador amargurado que trabalha no mesmo local que a executiva. Ambos estão insatisfeitos com o rumo de suas carreiras, já que sempre foram menosprezados no local em que trabalham. Assim, para se vingar, eles se juntam e planejam um grande assalto, mas nem tudo sai como eles haviam planejado. Confira a crítica.

Em Pé de Guerra: Comédia veículo para as peripécias de Sean “American Pie” Scott e o jeito durão de Billy Bob Thorton, somente não sei o que a excelente atriz Susan Sarandon faz aqui. Na trama, John Farley nem sempre foi um bem-sucedido autor de livros de auto-ajuda. Na verdade, demorou até que ele se recuperasse dos abusos sofridos nas mãos do professor de educação física do colégio, Sr.Woodcock. Eis que seus maiores pesadelos se tornam realidade quando, ao visitar sua cidade natal, John descobre que a mãe está de casamento marcado… com o Sr.Woodcock. Obcecado, ele deixa de lado sua filosofia de paz interior para provar ao mundo o verdadeiro mau-caráter que é seu futuro padrasto. Mas Woodcock não é do tipo que vai deixar barato, e promete virar a mesa. A batalha vai começar!

10000 AC: Nova bobagem do diretor Roland Emmerich, diretor de Independence Day e de O Dia Depois de Amanhã, que mostra que sabe trabalhar com produções grandiosas e traz esta aventura ambientada em uma época em que os mamutes sacudiam a superfície e espíritos místicos moldavam o destino dos humanos. Este espetáculo de efeitos especiais enche somente os olhos do espectador (a trama nem vou me atrever a discutir, imaginem os detalhes históricos) contando a história do primeiro herói da humanidade, que embarca em uma arrojada jornada para salvar sua a amada, que foi seqüestrada e condenada a um profético destino. Lutando contra um tigre dente-de-sabre e outros predadores pré-históricos, ele cruzará regiões desoladas e totalmente desconhecidas, formará um exército e descobrirá uma civilização perdida bem á frente de sua época. Lá, ele liderará uma batalha pela libertação de sua amada – e se tornará campeão em um período lendário.

Traídos pelo Destino (Reservation Road)

Cinema quinta-feira, 27 de março de 2008 – 2 comentários

O filme é baseado na obra Reservation Road de John Burnham Schwartz, mas não espere por uma crítica comparativa.

Ethan Learner (Joaquin Phoenix), um professor universitário, está assistindo com sua família ao recital de violoncelo de seu filho de 10 anos em uma noite de Setembro – até aí tudo bem. O fato é que, na volta para casa, ao pararem em um posto de gasolina, seu filho é atropelado e morto na hora. Nessa mesma noite, o advogado Dwight Arno (Mark Ruffalo) e seu filho de 11 anos estavam em um jogo de baseball de seu time favorito, o Red Sox. Voltando para a casa, em um pequeno momento de distração, Dwight atropela uma criança. Sem reação e ao ver que seu filho nem havia se dado conta do acidente, o cara foge. Mais pra frente, os dois pais se encontram, mas Ethan ainda não sabe da verdade. Ainda. E é aí que um certo suspense toma conta do filme.

Olha, uma boa definição para o filme é: Clichê. Nos primeiros 15 ou 20 minutos de filme após o acidente, é só aquela choradeira de pais desesperados após a morte do filho. Achei realismo demais, até porque a atora Jennifer Connelly, que vive Grace (a mulher de Ethan), chora alto demais. Por um momento você se encontra surdo na sala do cinema, e até mesmo distraído – o filme perde relativamente o foco logo no início, voltando a se estabilizar mais tarde. Como assim? Bom, são duas histórias paralelas, cada uma envolvendo cada pai e sua família. Eu diria que não souberam administrar isso muito bem, tendo em vista alguns furos – que podem passar despercebidos – no roteiro em alguns momentos do filme.

Momentos previsíveis tomam conta de boa parte do filme.

A história não é inovadora e os personagens também não contribuem muito. Porém, o filme conta com pontos positivos também.

Enredo

Como eu disse, a história não é inovadora e o desenrolar da trama é levemente confuso em uma pequena distração. Você sabe o que vai acontecer, algumas cenas são exageradas, mas uma coisa é certa: por muitos momentos a história é envolvente. O final é totalmente inesperado, mas também não deixa de ser o auge do clichê.

Personagens

Joaquin Phoenix (O Johnny Cash de Johnny e June) e Mark Ruffalo (O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças) fizeram papéis sensacionais, ou pelo menos na medida certa. Basicamente o filme inteiro é focado nos dois, e isso é uma vantagem – Jennifer Connelly (em um papel… infeliz, e também em Diamante de Sangue) e cia. se encontram em papéis quase que completamente secundários. O ator mirim Eddie Alderson (Lucas, filho de Dwight) também merece congratulações e é o terceiro personagem que recebe maior atenção no filme. Já sua mãe, a atriz Mira Sorvino (Ruth Wheldon, ex-mulher de Dwight), foi quase uma figurante.

Bom, esse é um filme para quem gosta de Dramas com um toque de suspense. Eu não confiaria na minha resenha se gostasse de filmes assim. Então, assistam; vai ver eu estou errado.

Traídos pelo Destino

Reservation Road (102 minutos – Drama)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Terry George
Roteiro: Terry George, John Burnham Schwartz
Elenco: Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jennifer Connelly, Mira Sorvino

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