Já ocorreu à vocês que, em algum momento do futuro, pode ser que não tenhamos mais a Rede Globo? Pois é, pode acontecer. Claro que há empresas com centenas de anos, mas ei, tudo acaba, cedo ou tarde. E se a Globo acabar lá por 2050? Quero dizer, você estará velho, careca, provavelmente usando fraldas, mas ainda vai estar aqui… E aí?
Caso você, assim como eu, tenha dado a sorte de ter uma infância decente, com certeza reconhece que alguns programas de TV formaram seu caráter, e te ensinaram muito mais do que a escola: TV Cruj, TV Globinho, Castelo Rá-Tim-Bum, Senta que lá vem a História e, claro, O Mundo de Beakman.
Tento não parecer muito saudosista nas colunas, mas é batata que a gente sempre vai reclamar que na nossa infância/adolescência tudo era melhor que hoje. Além de ser natural, afinal guardamos as boas lembranças e ficamos putos com o que acontece no agora, também há o lance da memória afetiva, afinal, nessa época, éramos crianças mimadas que os pais faziam de tudo e mais um pouco para agradar, sem preocupações com contas, cheque especial, projetos no emprego, e se aquele filho mala chato que você não cuida direito não vai rachar a cabeça correndo por aí.
Explicação dada, para justificar o saudosismo de hoje, uma coisa que sinto falta nos desenhos de hoje são os curtas-metragens, desenhos com até 10 minutos que raramente vemos em circuito comercial (TVs aberta ou fechada) hoje em dia.
Mais uma vez vou começar uma série que, provavelmente, não levará a lugar nenhum.
Aliás, para falar a verdade, quero ver se alterno com desenhos atuais e outros assuntos, já que a ideia aqui é comentar, quando der na telha, sobre desenhos legais que passavam na TV e que hoje, mais pela patrulha do politicamente correto do que por outros motivos, não teriam espaço nas grades das emissoras.